quinta-feira, março 13, 2014

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“É um governo que paga o preço de sua arrogância”
Aécio Neves, presidenciável pelo PSDB, ao criticar também a ineficiência da era Dilma


AÉCIO APROVEITA CRISE E SONDA O PP PARA VICE

Beneficiário da crise da base aliada com o governo Dilma, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pediu a interlocutores para sondarem apoio do PP nas eleições presidenciais, a quem seria oferecida a vaga de vice na disputa pela Presidência. Muito atuante, a senadora Ana Amélia seria a preferida, mas, forte candidata a governadora do Rio Grande do Sul, dificilmente ela se encantaria com o aceno de Aécio Neves.

VICE NORDESTINO

A cúpula do PSDB lembra a Aécio que o maior desafio de sua candidatura é o Nordeste, por isso deve procurar seu vice na região.

OPÇÃO PIAUIENSE

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que rejeitou o Ministério das Cidades, é uma das opções para vice de Aécio.

NA PISTA

Lideranças do PP sinalizaram ao tucano que o partido está aberto a negociações, apesar de compor a base aliada da presidente Dilma.

EM CASA

Além do tempo de TV, Aécio tem no PP um grande aliado: seu tio, ex-presidente do partido e atual senador Francisco Dornelles (RJ).

CASO FONTENELLE: 50 TONS DE JUSTIÇA NO ITAMARATY

O embaixador Américo Fontenelle ficará três meses sem salário, e só. Foi tudo o que recebeu de punição nas acusações de assédio moral e sexual no consulado-geral do Brasil em Sydney (Austrália). Apenas foi suspenso por 90 dias, “punição” já cumprida. É a segunda vez que o corporativismo o protege, apesar de falar mal dele. Quando foi cônsul em Toronto (Canadá), também saiu impune de alegações idênticas.

ESPECIALIDADE DA CASA

Celso Amorim garantiu a pizza de Fontenelle em Toronto. No caso de Sydney, os pizzaiolos foram Antonio Patriota e Luiz Alberto Figueiredo.

O QUE FICA

Apesar de o Itamaraty haver aliviado sua barra, Américo Fontenelle perdeu o bem mais preciso para um diplomata de carreira: o respeito.

BELA PUNIÇÃO

Considerado culpado por favorecimentos em sentenças, o juiz Sérgio de Carvalho, da Paraíba, foi “punido” com aposentadoria compulsória.

TODO OUVIDOS

O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) acompanhou do gabinete do vice Michel Temer a derrota do governo na Câmara, que aprovou uma comissão externa para investigar a Petrobras. Depois, teve de ouvir (calado, claro) uma bronca monumental da presidente Dilma.

REVEZAMENTO

PT garantiu retorno à presidência da Câmara dos Deputados, em 2015, por um acordo de revezamento com o PMDB a cada 2 anos. Henrique Alves será substituído por um petista, em fevereiro.

BEDELHO

Aloizio Mercadante resolveu meter o bedelho no PROS: para ele, com o número de candidatos da base aliada no Rio, o melhor caminho para o deputado Miro Teixeira (RJ) seria disputar o Senado.

NEGOCIAÇÃO

Para arrefecer os ânimos, o presidente do PT, Rui Falcão, se reunirá na próxima semana com a cúpula do PROS para costurar possível apoio a candidatos do partido a governos estaduais.

CATENGA, NÃO

O líder do PROS na Câmara, deputado Givaldo Carimbão (AL), reclamou do tratamento do governo ao Congresso. “Sendo da base, não quero ser ‘catenga’ do Planalto”. É como chama a lagartixa, que movimenta a cabeça como se concordasse com tudo.

EM CIMA DO MURO

O deputado Antônio Reguffe (PDT-DF) adora o papel de donzela galanteada: “Tenho 40% de chance de disputar o governo, 40% de tentar o Senado e 20% de não sair candidato a nada”.

LIÇÃO DE MATEMÁTICA

Alvo de terrorismo, americanos e europeus renovam passaporte a cada dez anos, com identificação biométrica. No Brasil, o prazo é de cinco anos, com R$ 156,07 de taxa de renovação.

COPA PARA QUEM?

A “Copa das Copas” parece não andar muito bem. A Fifa devolveu a metade dos 27 mil quartos de hotel que reservou. Motivo: reduzida demanda. Em abril, prazo contratual, avaliará se entrega mais.

PERGUNTA NA CÂMARA

Será que a comissão que investigará a Petrobras terá autossuficiência de vontade para concluir a missão?


PODER SEM PUDOR

IRMÃOS, SIM, MAS ELEITORES...

O lendário José Maria de Alkimim não relaxava na arte de fazer política a cada instante. Certa vez estava com dois deputados quando encontrou um sobrinho de nome Alberto, que se fazia acompanhar dos pais. Apresentou primeiro o sobrinho. Quando ia apresentar os pais do rapaz, foi interrompido por um dos deputados:

- Qual dos dois é seu irmão, ministro?

Alkimim respondeu na maior cara de pau do mundo:

- Alberto é meu sobrinho duas vezes. Sou irmão do seu pai e de sua mãe. Um é irmão biológico, o outro é irmão por afinidade...

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