domingo, janeiro 19, 2014

Rumo aos 4 milhões - ANCELMO GOIS

O GLOBO - 19/01

Neste fim de semana, mais de 1.200 salas de cinema do país, quase 50% do total, estão exibindo filmes brasileiros.
É um fato histórico.

Nos separe...
Aliás, o filme “Até que a sorte nos separe 2”, dirigido por Roberto Santucci, bateu os três milhões de espectadores e caminha para alcançar a marca dos quatro milhões.

Que Copa, hein!
Dilma anda preocupada não só com eventuais manifestações populares durante a Copa como também com a segurança dos chefes de Estado que estarão por aqui.
O russo Vladimir Putin, por exemplo, já mandou avisar que vem ao Brasil em julho para promover a Copa em seu país, em 2018.

No caso dele...
Putin deve ser recebido por um forte esquema de segurança por causa da lei russa proibindo “sexo não tradicional”, que irritou os gays, e também pela recente prisão dos ativistas do Greenpeace.
Entre os presos, estava a bióloga gaúcha Ana Paula Maciel.

Por falar em...
A Anac vai colocar mil pessoas trabalhando durante a Copa do Mundo.
Na operação do final do ano, a agência mobilizou 315.

Vingança
Uma madame entrou, quarta passada, num salão do Downtown, na Barra, com uma toalha enrolada na cabeça e chorando muito.
Ela havia demitido sua empregada. Mas a moça, antes de ir embora, colocou água oxigenada no xampu 
da patroa. O cabelo, antes negro, ficou totalmente descolorido.

Os escravos brancos
A ABL acaba de relançar “Crônicas”, de Artur Azevedo, publicadas na revista “A vida moderna”.
Em um trecho, escrito em 1886, dois anos antes da abolição da escravidão, o escritor e dramaturgo surpreende ao falar de “escravos brancos” no Brasil.

Diz assim...
“A Câmara Municipal acaba de distribuir, por mão da Sereníssima Princesa Imperial, nada menos que quarenta cartas de liberdade. Entre os escravos havia dois que eram brancos. Sua Alteza admirou-se muito de que houvesse escravos de sua cor.”

Mistura de raça...
Para a historiadora Mary del Priore, Azevedo se refere à mestiçagem no Brasil, resultado dos frequentes casos de concubinato entre senhores brancos e escravas.
— Estes casos eram considerados uma desfaçatez. Havia uma campanha grande contra esta prática pela Igreja.
Mas não adiantou.

Luta contra o crime
Teve comerciante da favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, ameaçado por traficantes para não vender “nem uma garrafa de água” para os policiais da UPP.
Aliás, UPP eu apoio.

Acabou em samba
Os 50 anos do Golpe de 1964 serão lembrados pelo Cordão do Prata Preta em seu desfile, na Gamboa. O tema é “Ditadura nunca mais”.A camiseta do bloco, veja, além da frase traz o,desenho de um preso político sendo torturado no “pau de arara”.

Vendo o sol quadrado...
Aliás, a Editora José Olympio, por conta dos 50 anos do golpe, vai relançar o livro “Reminiscências do sol quadrado”, de Mário Lago (1911-2002).
O ator e compositor de “Amélia” e “Atire a primeira pedra”, ligado ao Partido Comunista desde a juventude, conta sua prisão no dia do golpe.

Salvem os livros!
A Livraria São José, há 74 anos no Centro do Rio, fecha as portas em março.
O sebo, frequentado pela nata dos advogados da cidade à procura de livros jurídicos raros, não aguentou o aumento do aluguel na loja que ocupa na Rua Primeiro de Março. Pulou de R$ 8 mil para R$ 20 mil.

Sashimi chique
O grupo Trigo, dono do Spoletto e do Koni, de comida fast-food, vai investir num mercado mais sofisticado. Abre, no Fashion Mall, o japonês Gurume, com projeto do arquiteto Thiago Bernardes.

Quitutes na Igreja
Começa a engatinhar por aqui a prática de servir comidinhas em missas de 7º dia, a exemplo do que acontece nos velórios nos EUA.
Outro dia, na Igreja Santa Inês, na Gávea, no Rio, o bufê 3naCozinha foi contratado para servir quitutes para 150 pessoas depois dos pêsames.

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