quarta-feira, setembro 11, 2013

ÍNDICE DAS POSTAGENS DE HOJE NO BLOG

Frances Ha: uma homenagem aos errantes - MARTHA MEDEIROS

ZERO HORA - 11/09


Anda difícil ser jovem. O leque de opções é farto e isso deixa qualquer um indeciso. E, até quando se decide com alguma convicção, pouco adianta: onde foram parar os empregos, onde estão os amores, o que fazer quando as coisas não saem como o esperado?

De uma coisa a protagonista de 27 anos do filme Frances Ha sabe: “dar certo” é algo muito relativo – e restrito. Existem poucas vias para o sucesso e inúmeras para o fracasso. A única maneira de conseguir vaguear pela vida sem lamentar as tentativas frustradas é reconhecer que a normalidade também pode ser manca, vesga e fanha. Mesmo quando tem chance de acertar, Frances prefere apostar no azarão: “Gosto das coisas que parecem erros”.

E já que ela revela isso com um sorriso no rosto, e não resmungando, subverte a questão e mostra que o “erro” pode ser um estilo de vida aceitável, é só cuidar para que ele não provoque isolamento nem nos conduza ao “ai de mim”. Arriscar com graça e autenticidade pode ser um acerto do avesso.

Nem todos querem ser campeões em tudo. Os errantes não aparecem nas colunas sociais nem são exemplos de virtude, mas têm um jeito próprio de se expressar e de existir, lutando para manter sua identidade mesmo na contramão do que se estabeleceu como “certo”. Conheço, por exemplo, quem prefira dias nublados e chuvosos, o que soa como errado, ainda que um erro poético.

Só que a poesia não tem nada a ver com essa preferência. Um dia, essa pessoa me confessou que gostava de dias nublados porque era quando não se sentia cobrada a “aproveitar a vida lá fora”. Ela aproveitava a vida por dentro, e o clima fechado era seu cúmplice diante de uma sociedade que decretou como certo que todas as pessoas devem frequentar parques e praticar exercícios ao ar livre. Quando chovia, ela tinha a rara oportunidade de se sentir enquadrada.

Há caminhos bem sinalizados para se ter uma vida plena, saudável e com garantia de receber uma estrelinha dourada ao final da jornada, mas há quem se sinta tentado pelos desvios. Qual o problema de não querer ter filhos ou de não desejar fazer parte da diretoria? Lembro de uma passagem divertida de um livro de Martin Page. O personagem recebe uma promoção e a recusa, questionando. “Por que sou obrigado a evoluir?”. O patrão insiste: “Mas você faz um trabalho excelente!”. E ele: “Não faço isso de propósito”.

Há quem não queira mais responsabilidades do que já tem, mesmo que isso implique ganhar menos dinheiro. Quem decretará que isso é falta de rumo?

Errantes somos todos, em algum aspecto. Fazer besteira para chamar a atenção é contraproducente, mas optar por alternativas não abençoadas pelo senso comum pode ser apenas uma maneira de levar a vida como se gosta.

Intelectuais pela liberdade - RUY CASTRO

FOLHA DE SP - 11/09

RIO DE JANEIRO - Se o Brasil conhece hoje a sua história no século 19, devemos isso aos biógrafos que se debruçaram sobre a vida dos homens que nos governaram por mais de 80 anos naquele período. Alguns desses estudiosos foram Oliveira Lima, autor de "D. João 6º no Brasil" (1908); Octavio Tarquínio de Sousa, de "A Vida de d. Pedro 1º" (1952); e Heitor Lyra, de "História de d. Pedro 2º" (1938-40).

Sem entender a vida de nossos monarcas, não entenderemos o país --porque este refletia o que se passava sob as coroas dos dois primeiros e a cartola do último. Aliás, graças aos biógrafos, sabemos que foi Pedro 2º quem trocou a coroa pela cartola --mais civil, moderna e democrática. Suponha agora que alguém da família Orleans e Bragança (ainda com representantes de peso no Rio e em São Paulo, Petrópolis, Paraty e Paris) considere tal informação desprimorosa para com o seu ilustre. Sob o artigo 20 do Código Civil, ele pode tirar essa biografia de circulação ou até impedir que seja publicada.

O mesmo está ao alcance dos herdeiros de Joaquim Nabuco, Getúlio Vargas, Oswaldo Aranha, Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, Carlos Lacerda, Celso Furtado ou de qualquer homem público. Mas esses nunca fariam isso, porque são pessoas esclarecidas e sabem da importância de seu parente para a história --inclusive no que, possivelmente, ele cometeu de errado.

Não se pode também escrever a história moderna do Brasil sem falar na música popular, no futebol, na televisão e em seus homens e mulheres. Hoje existem restrições legais a isso. Mas é fatal: um dia, todas as histórias serão contadas. O futuro está cheio de biógrafos.

Sábado último, na Bienal, li com orgulho um manifesto assinado por 49 importantes intelectuais, pedindo liberdade para as biografias no Brasil. Não deveríamos esperar pelo futuro.

Esconjuro! - ZUENIR VENTURA

O GLOBO - 11/09

Ilusão achar que os Black Blocs possam se sensibilizar com algum apelo civilizatório. O projeto ideológico deles não é o anarquismo, mas o simples vandalismo


Encontro-me nos EUA, mas ao contrário do que o querido Moreno anda espalhando não vim para preparar a viagem da Dilma, até porque nem ela sabe ao certo se vai haver. Também não é para promover as pazes dela com Obama, interrompidas desde que ele foi apanhado bisbilhotando a vida de nossa presidenta por meio de seus serviços de espionagem, uma prática muito feia do governo do companheiro Barack. Entende-se a irritação de que ela foi tomada, segundo assessores, ao saber que não só segredos de estado foram devassados, mas sua própria intimidade, pela invasão de e-mails e telefonemas. Lula tem razão, o seu ex-colega americano deveria ter tido a “humildade de pedir desculpas”, confessando o erro. Antes de ser uma obrigação diplomática era um dever de elegância que ele precisava ter cumprido senão como presidente, pelo menos como cavalheiro, por se tratar de uma dama. No recente encontro do G20, na Rússia, os dois discutiram a relação. Uma foto deles conversando cara a cara, lembram-se? parecia não deixar dúvidas. Mas se nem assim chegaram a um acordo, quem sou eu para tentar o reatamento desse casal político? De qualquer maneira, ainda resta uma esperança, pois expira hoje o prazo que ela lhe deu para tentar explicar a suposta traição. Será que ele vai conseguir? É difícil, porque quando se quebra a mútua confiança num relacionamento, é quase impossível restabelecê-la. Que desculpas ele dará? _ que não sabia de nada? que isso foi obra de uns aloprados? que vai tomar “enérgicas providências”? Nada será como antes.

Na verdade, vim de férias, e essa é a boa notícia: vocês vão estar livres de mim nessas próximas duas semanas. Só espero que não aconteça com Mary e comigo o que costuma acontecer com Lucia e Luis Fernando Verissimo, que andam por aqui também. Sempre que passam pelo país em setembro, alguma tragédia acontece. Em 1989, no dia 22 desse mês, foi o furacão Hugo, que causou bilhões de prejuízo e muitas mortes. Em 2001 foi _ e esse trágico episódio dispensa apresentação _ o atentado às torres gêmeas do World Trade Center. Foi cometido há exatos doze anos, contados dia a dia. Só falta agora uma guerra.

Esconjuro!

***

Ilusão achar que os Black Blocs possam se sensibilizar com algum apelo civilizatório. O projeto ideológico deles não é o anarquismo, mas o simples vandalismo. Suas máscaras não devem ser comparadas às do carnaval; têm mais a ver com as toucas ninjas usadas por grupos de extermínio.

Adoção - ROBERTO DaMATTA

O ESTADÃO - 11/09

"Eu quero mesmo é ser adotado". Essa foi a frase de despedida de um amigo muito amado. Eu sabia do seu drama. Envolvera-se com uma mulher que depois de amá-lo, maltratava-o; tudo agravado por um filho adotivo mentalmente perturbado com o qual não se preocupou. A culpa era dele, era dela, era do mundo em que vivemos. Todos estamos envolvidos e alienados — ou você leitor, tem alguma dúvida? — em tudo. Enxergamos com microscópio o que ocorre com o irmão e, no entanto, somos impotentes para mudar o seu malogrado destino.

Desta tragédia anunciada — aliás, o que não é anunciado neste nosso mundo onde o fim é a única certeza, como elaborou Garcia Marques num livro extraordinário? — ficou na minha mente a adoção como projeto.

Ser adotado é um gigantesco anseio que todos temos, mas poucos manifestam. Num nível profundo, a adoção como o internamento, a filiação a um partido, a crença absoluta ou a prisão domiciliar — esse privilégio nacional — trás o benefício de não se preocupar mais com a dureza de tomar decisões. Sobretudo da decisão paradoxal de não-decidir a qual só pode ser assumida de modo legitimo quando se decide.

Regimes escravocratas têm como base a adoção involuntária definitiva de uma pessoa (o escravo) por outra (o senhor) a qual incorporava o adotado na sua pessoa jurídica, tirando-lhe a representatividade e fazendo cair sobre ela todos os deveres, sobretudo o de trabalhar — esse ato que, no Brasil, até hoje promove alergias e designa inferiores.

Uma adoção completa, arrasa a liberdade e a responsabilidade como é o caso dos menores. Uma criança, embora tendo direitos inalienáveis, não decide por si mesma e nem deve fazê-lo sob pena de irresponsabilidade dos pais.

Lembro-me de um caso assombroso. Numa família de seis filhos (duas meninas e quatro meninos) ocorreu uma manifestação. Os filhos queriam alterar a rotina da casa por meio do voto direto e secreto. Do lado dos filhos, autodenominados de "povo" e "manifestantes" estavam os amigos de colégio e um jovem tio; do lado dos pais, lidos como "opressores" e "autoridades", haviam avós dilacerados e pelo menos um juiz de direito aposentado, amigo da casa. A proposta dos rebentos era de tomar sorvete todo dia; dormir depois da meia-noite da noite e, eis o ponto chave, terem o direito de beber e fumar tanto quanto o pai. Surgiu também a proposta de jamais tomar banho frio e um dos meninos anonimamente propôs a prerrogativa de comer a atraente empregada o que deixou o pai furioso.

A eleição, deu ganho de causa aos filhos por seis a dois! Um embargo e uma "questão de ordem" impediu empregada de votar. Uma das filhas, cuja bandeira era chegar em casa mais tarde do que os irmãos, argumentou que o direito ao voto só caberia aos membros da família. O filho caçula, surfista e louco pela doméstica e pelo direito de fumar baseados a seu bel-prezar, invocou um outro embargo preliminar; o qual foi seguindo de um outro embargo e, no final, a mãe queria anular o processo reclamando da forma da urna.

A discussão evoluiu para o berro e o pai num surto de impaciência e — reza o caso — de bom-senso, pegou um cinturão e acabou com que chamou de "palhaçada parlamentar familística" porque voto não era para a casa. "Quando vocês puderem se sustentar, seus putinhos — disse ele furibundo — vocês vão poder fumar e beber à vontade!"

O caso joga luz no valor das rotinas. Se temos polaridades (homens e mulheres, velhos e jovens, crianças e adultos, animais e humanos, etc...) temos também um conjunto de intermediários. A dificuldade de decidir surge precisamente porque as diferenças promovem múltiplas perspectivas. Ademais, há dentro de cada um de nós, um infante querendo votar e um adulto cansado de fazê-lo.

O problema não é bem querer ser adotado, é impedir a adoção. Pois todos nós somos inescapavelmente adotados por alguma entidade — uma língua, uma ideologia, um momento histórico e uma coletividade, por exemplo. É impossível escapar da adoção porque ninguém entra neste teatro de horrores escolhendo livremente todos os seus papéis. Do mesmo modo, é impossível gozar da liberdade absoluta a qual, como advertia a antropóloga Margaret Mead, torna inviável um mundo sem rotinas. De fato, um sistema no qual todas as decisões seriam tomadas em assembleias e manifestações, seria imobilizado por suas próprias regras. Uma consciência absoluta leva a paralisia. Como disse muito bem o antropólogo Roberto Kant de Lima, quando um pequeno grupo impede uma multidão de ir e vir, o direito de manifestação tem que se entender com o direito de ir e vir o qual, por sua vez, também tem que se haver com outros direitos... O que não é fácil num país no qual o poderosos sempre tomam as decisões.

Na minha opinião (que não resolve nada) seria preciso retomar aquele bom senso primordial do dar, receber e retribuir que Marcel Mauss ensinou e que nós, ignorantes mas estufados na nossa santa arrogância individualista, esquecemos.

Porta dos fundos - MARCELO COELHO

FOLHA DE SP - 11/09

Um dos feitos do grupo humorístico está em ter descoberto uma saída no país da piada pronta


"Valdo, você sabe quem eu quero ajudar?", pergunta um político ao seu colega. "Quem?", pergunta Valdo. "O povo brasileiro...", responde o primeiro. O outro se indigna. "Não fode, Laércio! Não fode!"

Um pouco mais adiante no vídeo, Valdo estende-se na indignação. "O teu caseiro entrando no Facebook... é isso o que você quer?" "Não", responde o outro. Eis aí. Valdo reforça o ponto. "Porque parece que é isso que você quer!"

Transcrevo um dos diálogos de "Porta dos Fundos" (editora Sextante), livro que reproduz, com fotos e comentários, mais de 30 esquetes humorísticos de Gregório Duvivier, Fábio Porchat, Antonio Tabet e seu grupo, sucesso incendiário na internet.

Um dos muitos feitos de "Porta dos Fundos" está, a meu ver, em ter descoberto uma saída --passou o trocadilho-- para fazer humor num país em que, como diz José Simão, já se vive a piada pronta.

Depois de ver no noticiário normal importantes personagens políticos enfiando dinheiro na cueca, o grau de explicitude necessário para produzir surpresa e riso tinha de ser elevado a níveis para lá de escandalosos.

E isso não se resume aos costumes de Brasília. Para lembrar outros tempos, Juca Chaves fazia muita graça, nos anos 1970, com uma publicidade de seus próprios shows em que dizia apenas: "Ajude o Juquinha a juntar mais um milhãozinho", ou coisa parecida.

O mero fato de agir com o propósito de ficar rico surgia como algo desabusado e audacioso naquela época. Hoje, palestras sérias defendem o que a pensadora americana Ayn Rand sistematizou como "a virtude do egoísmo", e o humor de Juca Chaves, nesse ponto, esvaiu-se no real.

O cinismo clássico não abala mais ninguém. É como se, diante dos gritos do menino do conto de fadas, o rei respondesse: "Sim, eu estou nu mesmo, e quem não está?". Enquanto os humoristas de "Pânico" reagem pelo desespero, como que tentando arrancar em público as roupas dos alvos de sua sátira, os de "Porta dos Fundos" encontram alternativas mais sutis.

Já que o rei está nu, trata-se de explorar a sua intimidade. Que seja retirado da praça pública e da rua, e levado de volta à esfera do cotidiano, do particular. Assim o encontraremos, diante do computador, em nossa casa, reproduzindo os nossos próprios preconceitos de classe.

Sem os embaraços da televisão, os atores de "Porta dos Fundos" podem desprezar uma série de marcas populares. O guaraná Kuat, as bolachas Mabel, tudo o que for coisa "de pobre" será identificado como tal. Para nada falar do Orkut, que até como piada já ficou velho.

A graça com os pobres não se faz sem violência. É o caso do famoso esquete em que a mocinha procura uma lata de Coca-Cola com o seu nome no rótulo. A estratégia de marketing apelava a consumidores que se chamassem Rodrigo ou Tatiana. Mas ela se chama Kelly.

"Isso é nome merda!", diz Fábio Porchat, na pele de um atendente de supermercado. Para atenuar a coisa, ele mesmo confessa se chamar Uélerson. Mas a graça já foi feita.

Como apontou com razão Vinicius Mota, na coluna "São Paulo" desta segunda-feira, o universo de "Porta dos Fundos" é o da "velha classe média". Estamos rindo "de um estilo em transformação, à medida que novos atores batem na porta da frente".

Não cabem mais piadas contra negros, índios ou nordestinos. Sintomático disso é o quadro em que Fábio Porchat é o líder de uma seção da Ku Klux Klan. Os convocados para a reunião tiram as máscaras: são todos negros, a começar do que se chama Denzel.

Os humoristas, na verdade, é que tiram a própria máscara. Não é cinismo; o tom é de denúncia. Por vezes, o obsceno social ganha tradução para a esfera do sexo. A mulher, na hora da sobremesa, explica para o marido que não quer "fazer amor".

"O que eu quero é foder, Mário Alberto... Fo-der". A mesma lógica faz o chapeiro de uma lanchonete dizer à cliente que não servem este ou aquele sanduíche. "Temos rola. Rô-la". O efeito é de vandalismo verbal.

No segredo do iPad ou do computador, a verdade surge explosiva. O formato, sem controle nem as imposições do ritmo de produção da TV, evita aquela repetição de personagens e situações que levava Chico Anysio e Jô Soares ao esgotamento.

Os segredos da copa, da cozinha, da suíte e do lavabo, assim como tudo o que nos cega nos supermercados e salas de reunião, não acabam nunca de sair por essa porta dos fundos.

GOSTOSA


Dinossauro e Radical Chic - ARTUR XEXÉO

O GLOBO - 11/09

Três meses depois de o Brasil ir às ruas reivindicando ações contra a corrupção e melhores condições de saúde e educação, já dá para avaliar o que o Black Bloc provocou no movimento popular: ele exterminou as manifestações espontâneas que pareciam sinalizar para um novo país. Durante um pequeno período tempo, ainda era possível dizer que parte das manifestações eram pacíficas. Hoje, não. A classe média se afastou das ruas e só sobrou a violência. Ou os Black Blocs.
Como tudo que cerca este movimento... bem, eles não se consideram um movimento, embora ajam da mesma maneira em todo o mundo e com os mesmo objetivos. Como se fossem técnicos de futebol, eles se dizem uma tática, seja lá o que isso possa significar. Tanto na boca de Black Blocs quanto na de técnicos de futebol. Então, corrigindo, como tudo que cerca esta tática e seus coirmãos — a ONG Fora do Eixo (será mesmo uma ONG?) e o grupo de videomakers Midia Ninja — não há nada de novo nesta atitude. Um adendo: há quem diga que os Mídia Ninjas são a primeira demonstração de democratização da notícia. Isso dá até preguiça. Alguém acredita mesmo que, com a internet no ar há mais de 20 anos, a transmissão de um evento ao vivo pode ser considerada uma novidade? Há sempre o contra-argumento da imparcialidade, da transmissão sem interesses, diferentemente da mídia tradicional. Mas, vem cá, alguém acredita mesmo que a Midia Ninja é imparcial nas suas coberturas? Que ao
transmitir o confronto entre manifestantes e policiais ela não o faz demonstrando para que lado está torcendo?
Mas o assunto aqui é Black Bloc e, mesmo que o movimento, ou melhor, a tática se confunda com a da Midia Ninja — pelo que entendi, pela coluna de Caetano Veloso do domingo passado, os dois grupos frequentam o mesmo apartamento na Zona Sul —, fiquemos nos pseudorrevolucionários de preto. Nos Estados Unidos, os Black Blocs também acabaram com o movimento Occupy Wall Street. Não há dúvidas das semelhanças entre o Occupy e a ida às ruas de três meses atrás. Um e outro gabavam-se de não ter líderes. Um e outro diziam-se espontâneos. Um e outro não aceitavam comandos partidários. Um e outro não tinham um objetivo claro. Um e outro receberam a simpatia da população. Um e outro foram inchados pelos mascarados vestidos de preto. Um e outro acabaram.
No começo do ano passado, quando o Occupy Wall Street já dava mostras de fraqueza, os ativistas que participaram dele definiam a participação do do Black Bloc no agito. "Os anarquistas do Black Bloc são o câncer do movimento Occupy", escreveu o jornalista Chris Edge em sua coluna no website "TruthDig". Hedges ganhou o Pulitzer em 2002 como um dos integrantes da equipe do "New York Times" que produziu uma série de reportagens sobre o terrorismo global. Por suas declarações públicas contra a invasão do Iraque, recebeu uma reprimenda do jornal e acabou pedindo demissão. No fim de 2011, ele estava entre os participantes do Occupy que foram detidos pela polícia nova-iorquina. "Eles (os black blocs)
confundem atos de vandalismo com revolução", acrescentou. Ativista do meio ambiente que estava entre os manifestantes do Occupy Oakland em novembro de 2011, Derrick Jenssen afirma que "o Black Bloc pode dizer que está atacando policiais, mas, na verdade, ele está destruindo o movimento Occupy".
Integrantes do Black Bloc dizem que estão nas passeatas para defender os manifestantes contra a polícia. Como a polícia é agressiva e armada, e os manifestantes são ingênuos e desarmados, estão lá para protegê-los. Nas manifestações do 7 de Setembro, eles "protegiam" exatamente quem, já que nas ruas só havia Black Blocs ou derivados?
Até essa definição de força de segurança de manifestações dá preguiça. Nos anos 60 do
século passado, esta também era a justificava, nos Estados Unidos, dos Black Panthers, os Panteras Negras. Na verdade, o nome original do grupo era Partido Pantera Negra para Autodefesa. A ideia era "patrulhar guetos negros para proteger os residentes dos atos de brutalidade da polícia". Como acontece aqui agora, os Black Panthers também tiveram o apoio de celebridades da época, o que rendeu uma obra-prima do new journalism assinada por Tom
Wolfe, "Radical Chic".
Ninguém duvida de que há exageros da polícia. E nem precisa acompanhar o Mídia Ninja para constatar isso. Basta ver o "Jornal Nacional" mesmo. Como há mais brasileiros com acesso à TV (93,7% dos lares do país têm um aparelho) do que com acesso à internet (30,7%), o "Jornal Nacional" é muito mais democrático do que a Mídia Ninja. Mas há algo intrigante na ação policial. Por que, nos recentes encontros dos professores, dos quais o Black Bloc não tomou
parte, não houve violência policial? Por que na última passeata contra a homofobia, na qual o Black Bloc não compareceu, não houve reação da polícia?
De qualquer forma, é tudo muito velho. No Brasil, com mais de 30 anos de atraso, ganhamos nossas Panteras Negras e nossos Radicais Chics. Historicamente, eles estão condenados à extinção. Mas até lá vão provocar muitos estragos. Como os dinossauros.

Ueba! Vou sair no Black Brócolis! - JOSÉ SIMÃO

FOLHA DE SP - 11/09

Burricy, a volta do Jurassic Park! O Emburreci Ramalho! Na primeira derrota do São Paulo, vira Esmoreci!


Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! E ontem fui ao supermercado e dei de cara com "brócolis ninja". Ninja? É o Black Brócolis! Vou sair no Black Brócolis. #vemprosacolão! Rarará! Vou botar o brócolis na rua!

E olha essa do supermercado Continente, em Portugal: "Desconto de 25% em todas as aves frescas. EXCETO O COELHO". Em Portugal, coelho voa! Rarará.

E sabe como é e-mail em Portugal? Carta voadora! Obama está espionando as cartas voadoras da Dilma!

E como diz uma amiga minha: "Se o Obama quiser me espionar, me avisa, que eu ligo a webcam". Rarará!

E atenção, novo técnico do São Paulo: Burricy, a volta do Jurassic Park! O Emburreci Ramalho! Na primeira derrota do São Paulo, vira Esmoreci!

E o site Futirinhas revela por que o Muricy realmente aceitou ser técnico do São Paulo: "É que eu nunca ganhei uma série B. Tô tentando completar o meu currículo".

O Burricy vai pra série B! B de Bambi! Rarará! Vai ser assessor do Ceni!

E como dizia o Nelson Rodrigues: todo técnico é burro. O cara pode ser um gênio, virou técnico, virou burro!

E o melhor técnico da história do futebol brasileiro foi o Feola. Porque dormia no banco!

E diz que, na realidade, o Obama tá espionando o pré-sal. O pré-sal e a sem sal. Rarará! O pré-sal e a pré-rereca! Tem pré-rereca no pré-sal.

E a Dilma vai dar um pré no salco do Obama! Rarará!

E essa: "Espionagem do pré-sal causa tensão". Errado. Pré-sal causa hipertensão!

E a verdadeira definição do pré-sal: primeiro vem o oceano, depois a camada de sal, depois o pré-sal. E aí vem o São Paulo! E mais embaixo o Palmeiras! Rarará! Entenderam ou querem que eu desenhe?

E já tem tanto protesto que tem até protesto de vacas: "Cala a boca, Tony Ramos". Rarará.

É mole? É mole, mas sobe!

Os Predestinados! Essa é a predestinada da semana! A escritora americana de livros eróticos Sylvia Day! Day, Dou e Darei! Rarará.

E uma vez perguntaram pro Caymmi: "Se você fosse mulher, o que você seria?". "DADÊRA!", ele respondeu na hora!

Nóis sofre, mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

Avaliações cardiológicas são realmente necessárias? - LUIZ FERNANDO KUBRUSLY

GAZETA DO POVO - PR - 11/09

Ainda está na minha memória a panaceia criada por um de nossos governos passados, exigindo que todo veículo automotivo tivesse um estojo de pronto-atendimento, que na verdade era mais um estojo de curativos domésticos. Dava a impressão de que, ao encontrar um acidentado na estrada com um traumatismo craniano ou afundamento de tórax, qualquer um de nós desceria do nosso veículo munido de uma gaze, um rolo de esparadrapo e um frasco de antisséptico local para heroicamente salvar a vida daquela pobre criatura. Mas o fim cumpriu-se: milhares de pequenos e inúteis estojos de “curativos domiciliares” foram vendidos. Estamos nos acostumando a solicitações das autoridades sem que sejam ouvidos os profissionais de competência.

Diariamente pessoas procuram seus médicos para uma avaliação cardiológica e liberação para prática de exercícios, exigências de academias que seguem a orientação dos órgãos públicos. As avaliações acabam em um exame clínico, em geral associado a um eletrocardiograma em repouso. De porte da tal avaliação, o indivíduo de 18 ou 60 anos inicia a prática das atividades, nem sempre tão moderadas como deveriam ser. Poucos meses depois, pode acabar em uma corrida de rua de 5 ou 10 quilômetros – afinal, o exame clínico afirmou aptidão. Só que não tão raro ficamos sabendo de casos de morte súbita em pessoas relativamente jovens durante a prática de atividade física. Recentemente aconteceu em Curitiba, mas isso é frequente em todo o mundo.

A história clínica e o eletrocardiograma são muito úteis, mas, infelizmente, são incapazes de descobrir toda doença cardiológica. Quando alterados, são precisos no diagnóstico. Mas, quando normais, não permitem excluir a doença, deixando o indivíduo sem a certeza de que não haja risco na prática das atividades, em especial as mais intensas. O coração, diferentemente de outros órgãos, pode alcançar cinco ou sete vezes seu consumo de oxigênio nos picos de exercício. Isso é suficiente para que pequenos problemas em estado de repouso transformem-se em risco imediato de vida nos momentos de exercício muito intenso.

A avaliação cardiológica deve ser adaptada principalmente ao programa de exercício que se pretende para cada pessoa. Se olharmos um jovem de 25 anos que quer exercícios de desenvolvimento muscular e moderada atividade aeróbica, sua avaliação será totalmente diferente daquela do indivíduo acima de 45 anos pretendente a fazer um programa de corrida de rua. Neste último, até um teste de esforço simples pode ser insuficiente, dependendo de sua história genética. A decisão compete a um cardiologista – se possível, dedicado à área esportiva.

No início deste ano, a Câmara Municipal de São Paulo alterou a lei que obrigava os alunos a apresentar atestados médicos para se matricular em academias. A medida dividiu a opinião de médicos e foi, obviamente, apoiada pela entidade que representa os donos dos estabelecimentos. O novo texto prevê que apenas pessoas fora da faixa etária entre 15 e 69 anos apresentem o atestado médico no ato da matrícula. Os demais deverão responder a um questionário, que tem como finalidade identificar a necessidade de realizar exames antes do início da prática.

Ficam aqui meus conselhos: Primeiro, os exercícios têm por finalidade trazer o bem-estar físico e mental, além de prevenir a maioria das doenças cardiovasculares. Não os transformemos em perigosas armas contra nós mesmos. Segundo, atestados para prática de exercícios não são vacinas que por si só conseguirão evitar doenças. E, por fim, estojos de curativo são absolutamente inúteis em automóveis.

Substituição correta - TOSTÃO

FOLHA DE SP - 11/09

Achei correta a substituição de Autuori por Muricy. Autuori estava perdido, e Muricy volta para casa


Melhorou o futebol coletivo no Brasileirão. Algumas equipes, como Cruzeiro e Botafogo, trocam muitos passes, fazem muitas triangulações e marcam muitos gols, pelo chão e pelo alto. Não confundir essas jogadas aéreas, de bolas passadas ou cruzadas das laterais e da linha de fundo, com os chutões e os chuveirinhos, que continuam frequentíssimos. É raro um zagueiro, no Brasileirão, ter um bom passe.

O Cruzeiro tem quase dois times do mesmo nível. Éverton Ribeiro evoluiu nos últimos jogos. Está mais agressivo, objetivo, finaliza mais e melhor. Antes, driblava e saía pouco do lugar. Há pedidos para convocá-lo. É cedo. Jornalistas esportivos adoram fazer lista dos melhores, indicar nomes para a seleção, fazer previsões e comentar o futuro.

Apesar de tantos motivos para dar errado, continua dando tudo certo no Botafogo.

Os meninos entram e jogam como gente grande. Até o mediano Elias fez gol de placa. Só falta seu reserva Alex fazer outro.

O Atlético-PR vai continuar entre os primeiros até o fim da competição? Não sei. A equipe ganha e agrada. É a chance de Vágner Mancini recuperar o prestígio. Muitos torcedores do Cruzeiro disseram que ele foi um dos piores técnicos que já dirigiram a equipe. Vários torcedores do Atlético-MG falaram o mesmo de Tite, quando o Galo foi rebaixado. Luxemburgo foi chamado de mago, grande estrategista. Felipão, de ultrapassado no Palmeiras, é agora referência, padrão Felipão. O mundo e o futebol dão muitas voltas.

Corinthians, Grêmio e Inter, com bons elencos, podem crescer no segundo turno. Os dois times, com sistemas táticos diferentes, jogam como na época em que seus treinadores eram atletas. Não evoluíram.

Achei correta a saída de Paulo Autuori. Ele estava perdido, e Muricy volta para casa. Mas os problemas no São Paulo não são apenas de técnico, de falta de confiança e de mau-olhado. É também de pouca qualidade individual.

São Paulo e Fluminense acabaram com seus bons times. É ilusão achar que bastam dois ou três excelentes jogadores para formar uma boa equipe. Isso só ocorre se houver conjunto e bons coadjuvantes.

A contratação de Ganso para a mesma posição de Jadson derrubou todos os técnicos. Todos tentaram escalar os dois juntos e não conseguiram. E todos ficaram insatisfeitos de ver um no banco. Esse é o grande desafio de Muricy.

O Flamengo, em campo, parece um time pequeno, arrumadinho, certinho, disciplinado. Ameaça ganhar e perde.

Um repórter de TV perguntou a um torcedor do Atlético-MG se ele gostava de Luan de volante. Pela expressão e entonação da voz, esperava uma resposta bem afirmativa. O torcedor olhou para ele e respondeu com outra pergunta: "Um jogador que só corre de cabeça baixa pode atuar no meio-campo"?

APAIXONA POR EU... - ANCELMO GOIS

O GLOBO - 11/09

Carolina Dieckmann, carioca, 34 anos, posa toda-linda para a revista “Quem” que chega hoje às bancas. Com 20 anos de carreira, a atriz fará sua primeira novela de época em “Joia rara”, nova trama dasseis da TV Globo. Dieckmann, na entrevista, fala sobre maturidade e amor: “Sou uma mulher apaixonada pelo marido num grau indescritível”.

Austregésilo e a ‘milicagem’
O escritor Austregésilo de Athayde (1898/1993), que presidiu a ABL por 37 anos, não sai, digamos, muito bem neste “Diário de um ano de trevas”, segundo volume das cartas de Alceu Amoroso Lima para sua filha Maria Teresa. O livro será lançado amanhã Numa carta de 10 de janeiro de 1969, Alceu conta à filha sobre o discurso que havia feito uma semana antes na Academia contra a censura na ditadura militar. E como tinha sido aplaudido pelos imortais.

Só que...
“Na ata de ontem, na Academia, o meu protesto da outra sessão ficou reduzido assim: ‘Alceu Amoroso Lima manifestou sua tristeza (sic) pela falta de liberdade de pensamento, sem a qual não há verdadeira cultura ( ... ).’”
Alceu prossegue. “Nada mais. O A. de A. (Austregésilo de Athayde) não quer histórias com a milicagem.”

Enfermeiras portuguesas
Deu no “Financial Times”,jornalão de economia inglês. 
No atual grande êxodo de mão de obra qualificada portuguesa, o British National Health Service, o SUS britânico, tem recrutado enfermeiras experientes em Lisboa.
Ninguém pensou nisso em Brasília para o programa Mais Médicos.

Sabe o Eike?
André Esteves anda falando mal do seu antigo parceiro Eike Batista pelas costas.

É do Brasil
A imigração americana implicou com a documentação do querido coleguinha Galvão Bueno, segunda, no aeroporto de Boston, aonde foi narrar o jogo entre Brasil e Portugal.
Teve que gastar saliva com os gringos para ser liberado.

A morte de Victor Jara
O documentário “Setenta”, dirigido por Emília Silveira, com roteiro de Sandra Moreyra, traz o depoimento de Jaime Cardoso, um dos 70 presos políticos brasileiros trocados pelo embaixador suíço Giovanni Bucher, em 1970.
Jaime estava no grupo que ficou no Chile.

Diz ele que...
Quando Salvador Allende foi derrubado pelos militares, há 40 anos, Jaime acabou preso no Estádio do Chile.
Ele conta do silêncio que tomou conta dos prisioneiros quando correu a notícia de que o músico Victor Jara tinha sido assassinado pelos militares a poucos metros deles.

A professora
Nelson Rubens Kunze, editor da revista “Concerto”, esclarece que a informação de que o pianista Eduardo Frias foi aluno de Cristina Ortiz foi divulgada pela assessoria de Frias.
Como saiu aqui, Ortiz garante que nunca foi professora do pianista.

Sexo e rock
Nos dias de Rock in Rio, a Secretaria de Saúde vai distribuir na Cidade do Rock 250 mil preservativos. Para os homens, virão em dois tamanhos: 4,9 e 5,5 centímetros.
De diâmetro, claro.

A questão Dulce
Continua dando a maior polêmica a demissão de Dulce Pandolfi do Cpdoc, da FGV. Até ontem, 1.330 pessoas já tinham assinado o documento na internet contra a saída da historiadora.
Ontem à noite havia uma articulação para que o diretor Celso Castro revogasse a decisão. Melhor assim.

Di em leilão
O quadro “Sacada brasileira”, de Di Cavalcanti, será leiloado no dia 18, no Atlântica Business Center, no Rio, em evento organizado por Soraia Cals.
O lance mínimo é de R$ 1,2 milhão.

Paulinho e Beatriz
Paulinho da Viola gravou uma faixa do primeiro CD da filha Beatriz Rabello, no estúdio Toca da Raposa, em Santa Teresa, ontem.
Em “Só o tempo”, Beatriz fez duo com o pai. No meio da gravação, ela chorou. E Paulinho não entendeu:
— Beatriz, você já participou de várias gravações.

Segue...
Beatriz explicou: “Mas é a primeira vez que você canta pra mim.”
Não são fofos?

PORTA ABERTA - MÔNICA BERGAMO

FOLHA DE SP - 11/09

Menores de idade apreendidos com pequena quantidade de maconha não podem ser privados de sua liberdade. A decisão é do ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), que concedeu habeas corpus a um jovem de 17 anos que foi apreendido com 2 g da droga.

PORTA 2
O menor cumpria pena havia três meses na Fundação Casa em Barretos, no interior de SP. A libertação já havia sido negada tanto pelo Tribunal de Justiça do Estado quanto pelo Superior Tribunal de Justiça. Barroso concordou com o argumento da Defensoria Pública de SP de que, se porte de drogas não acarreta privação de liberdade nem para maiores de idade, no caso de um menor a medida é ainda mais imprópria.

TOGA JUSTA
Ao decidir sobre embargos infringentes numa ação penal, a AP 409, em abril de 2012, o ministro Celso de Mello, do STF, escreveu: "A cláusula regimental em questão foi recebida pelo vigente ordenamento constitucional, achando-se, por isso mesmo, impregnada da plena validade e eficácia jurídicas". O texto integra a jurisprudência da corte e deve ser invocado hoje, por advogados e magistrados, na sessão que decidirá se tais embargos valem no mensalão.

TOGA JUSTA 2
Mello pode ser o voto decisivo, caso haja empate entre os demais ministros. Ele será o último a dar o seu parecer na questão, que pode reabrir parte do julgamento. Declarando-se a favor dos infringentes logo nas primeiras sessões do mensalão, o magistrado passou recentemente a uma fase que definiu como "reflexiva" sobre o tema.

TOGA JUSTA 3
Na ação citada, a AP 409, o Ministério Público Federal opinou que os infringentes não deveriam ser aceitos no caso pois não havia "quatro votos divergentes pela absolvição do acusado, conforme exige o parágrafo único do artigo 333 do regimento [o que prevê os embargos]". O STF concordou. A condenação foi mantida.

CANCELADO
José Dirceu desmobilizou os amigos que iriam à sua casa hoje para ver a sessão.

LOUSA VAZIA
A consulta pública da Prefeitura de SP sobre a reestruturação do ensino municipal recebeu 2.300 contribuições. A rede tem 914 mil alunos e 63 mil professores.

LOUSA VAZIA 2
O número de acessos ao texto não chega a 25 mil pessoas --também abaixo do esperado pela prefeitura.

FAZENDO A CABEÇA
Para 29% dos brasileiros, só uma ruptura na vida pessoal ou profissional justifica mudança de visual; 23% mantêm o cabelo do mesmo jeito há anos. A pesquisa é da LeadPix Survey para a feira Beauty Fair.

APROVADO
Homens que implantam prótese peniana fazem sucesso com as parceiras, segundo pesquisa com 99 pacientes de 45 a 83 anos e suas companheiras em São Paulo. O levantamento mostra que a satisfação das mulheres com a vida sexual subiu de 18% antes da cirurgia para 82% depois. Entre eles, o índice ficou em 72%.

VIDA NORMAL
O levantamento foi realizado ao longo de dois anos pelo Centro de Referência em Saúde do Homem. A unidade da Secretaria da Saúde é recordista nacional do SUS em cirurgias para implante de prótese do tipo semirrígida: são oito por mês, em média. A indicação é para homens com disfunção erétil grave. Com a operação, eles podem manter relações sexuais normais.

TROPA DE ELITE
José Junior, que vive cercado por seguranças e policiais --inclusive do Bope--, diz sofrer as consequências por ser "a primeira pessoa talvez na história a dizer que não ia seguir ordem" do narcotráfico.

"Não posso mais fazer nada sem escolta", afirma o coordenador do AfroReggae à revista "Trip". Ele e a família estão sob ameaça de traficantes do Rio. "Minha mulher me perguntou até quando isso vai durar. Eu respondi: talvez para sempre."

SHOW DO OGRO
A cantora Negra Li, com a filha, Sofia, e a atriz Caroline Bittencourt, com Isabelle, estiveram na pré-estreia de "Shrek, o Musical", anteontem, no teatro Bradesco. A diretora do núcleo infantil do SBT, Silvia Abravanel, e a ex-miss São Paulo Francine Pantaleão também assistiram ao espetáculo.

TUDO JUNTO E MISTURADO
A artista plástica Debora Muszkat recebeu convidados na abertura da exposição "Fusões", feita junto com o namorado e também artista plástico Gregório Gruber, anteontem, no Centro da Cultura Judaica. A novelista e escritora Maria Adelaide Amaral e o humorista Juca Chaves foram à mostra.

CURTO-CIRCUITO
O Espaço Parlapatões festeja sete anos com show do grupo Vlad Retro Satanás, hoje, às 21h30. Livre.

Jards Macalé bate papo com o público e se apresenta no projeto Notas Contemporâneas, hoje, às 20h, no MIS. Livre.

O projeto Cine Materna abre hoje, às 14h, sessões gratuitas para mães com bebês de até 18 meses, no shopping Vila Olímpia.

O Instituto Alana lança amanhã o livro "Publicidade de Alimentos e Crianças: Regulação no Brasil e no Mundo", às 10h, na Casa das Rosas.

Rolando Lero - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 11/09

A presidente Dilma está insatisfeita com a atitude de Obama diante da espionagem americana no Brasil. Sem um gesto satisfatório, ela suspenderá a viagem aos EUA em outubro. Reunida com políticos no Planalto, inconformada, relatou o que Obama lhe disse no G-20: “Dilma, você compreende, não sei de tudo, essas coisas passani” E completou: “Entre nós dois, não ganhamos nada, só perdemos:’ 

Preparativos para o embate 
O advogado-geral da União, Luis Adams, relatou que já está funcionando “um acompanhamento especial” de ações que venham a ser ajuizadas contra o leilão do campo de petróleo de Libra. Acrescentou que essa ação também está voltada para as concessões que serão abertas, em futuro próximo, de “rodovias, aeroportos e ferrovias’ No caso de Libra, o TCU já deu aval, reconhecendo que não há problema com o leilão. No momento, a AGU está estudando a jurisprudência sobre o assunto e, quando o edital de Libra for publicado, vai monitorar as audiências públicas e se preparar para cassar, nos tribunais, eventuais liminares que venham a ser concedidas. 


“Há um retardamento nas certificações das assinaturas que não é ocasional. Marina (Silva) está sendo punida por trabalhar com correção” 
Miro Teixeira 
Deputado (PDT-RJ), integrante da força-tarefa que atua na Justiça Eleitoral para viabilizar a Rede 

Bota fora 
O governo brasileiro tem carta em que o senador boliviano Roger Pinto, que pediu refugio ao Brasil, antecipa que pretende voltar ao seu país em 2015 para disputar as eleições. Isso vai ser usado para dificultar sua permanência no Brasil. 

O rumo das coisas
O PPS vai dividido para as eleições presidenciais. Uma ala, integrada por Roberto Freire (SP) e Arnaldo Jardim (SP), tende a apoiar Eduardo Campos (PSB). Outra, integrada por Stepan Nercessian (RJ), na foto, e Humberto Souto (MG), vai de Aécio Neves (PSDB). Há ainda os que preferem, como Arnaldo Jordy (PA), apoiar Marina Silva (Rede). 

Um novo imposto 
A PEC dos Jatinhos já está na Comissão Especial. Inspirador da emenda, o Sindifisco pressiona os partidos para indicar seus representantes. O objetivo dela é cobrar IPVA de aeronaves e barcos de passeio. A receita vai para o transporte urbano. 

Quem manda 
O PSDB não leva a sério a ação do deputado Ronaldo Caiado, candidato ao governo de Goiás, para que o DEM dê apoio a Eduardo Campos (PSB). Os tucanos dizem que “quem dá a linha” do partido aliado é o presidente, senador José Agripino (RN) e o prefeito de Salvador, ACM Neto. E, que, ambos estão com Aécio Neves. 

Haja luz 
Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilma, e que acaba de voltar ao PDT, fez críticas ao PT em reunião dos trabalhistas ontem à noite. Disse que o PDT deve aproveitar para recuperar filiados porque a estrela do PT se apagou. 

No mesmo barco? 
O presidente do PSB do Maranhão, José Reinaldo Tavares, que apoia Eduardo Campos ao Planalto, anda dizendo que “Campos vai marchar junto com o Flávio” (Dino), presidente da Embratur e candidato do PCdoB ao governo estadual. 

A CRIAÇÃO do PROS, que ontem recebeu sinal verde do TSE, animou Paulo Pereira da Silva, do Solidariedade, e Marina Silva, da Rede. 

Os infiltrados - VERA MAGALHÃES - PAINEL

FOLHA DE SP - 11/09

Aliados relataram recentemente a Dilma Rousseff "incômodo" da base aliada com a permanência de indicados de Eduardo Campos no primeiro escalão enquanto o governador de Pernambuco sobe o tom do discurso contra o governo. À presidente, foi detalhado o acordo de palanques duplos entre Campos e Aécio Neves (PSDB) nos Estados. Além disso, causou grande desconforto no Planalto a foto dos dois postulantes à cadeira de Dilma confraternizando em jantar há dez dias.

Sem-teto 1 Fernando Haddad (PT) decidiu demitir o presidente da Cohab, companhia de habitação da Prefeitura de São Paulo, Luiz Carlos Antunes Corrêa, indicado por Paulo Maluf (PP).

Sem-teto 2 O prefeito estava insatisfeito com o desempenho do setor. O secretário de Habitação, José Floriano de Azevedo Marques, vai acumular o comando da companhia até que um novo presidente seja escolhido.

Upgrade Haddad encomendou estudo sobre a possibilidade de conferir status de secretário ao presidente da SPTuris, empresa municipal de turismo, pleito de dirigentes do setor. O prefeito tem dito que a proposta não contempla criação de novos cargos ou aumento de custos.

Tréplica O ministro Ricardo Lewandowski, defensor de que cabem embargos infringentes no mensalão, contesta jurisprudência levantada por colegas do STF contrários aos recursos.

Ginástica "Como a súmula 211 não trata de ação penal originária, a 294 e 597 cuidam de mandado de segurança, a 368 de reclamação e a 293 e 455 de matéria constitucional, aplicá-las ao julgamento dos infringentes criminais seria, como já se disse no plenário, dar um salto triplo carpado hermenêutico".

Tijolaço Demitido do Ministério do Trabalho para alocar aliado de Carlos Lupi, Brizola Neto reclamou com Carlos Araújo, ex-marido de Dilma e pedetista, dos elogios da presidente a André Figueiredo (PDT-CE), anteontem, durante evento no Planalto.

Onde pega Figueiredo é do grupo de Lupi, que venceu disputa interna no PDT e conseguiu trocar Brizola Neto por Manoel Dias na pasta.

Passe livre O governo de São Paulo recebeu parecer da Procuradoria-Geral do Estado que libera a contratação da Técnica Construções, subsidiária da Delta, do empresários Fernando Cavendish.

Em todas A decisão sobre a contratação ainda não foi tomada. A Técnica apresentou a melhor proposta para obra de R$ 60 milhões na SP-304 e integra consórcio que se classificou na frente para PPP de R$ 3,8 bilhões para construir piscinões.

Divisão A PGE entende que a criação da Técnica foi regular e que o veto à contratação da Delta pela União não vale para outras esferas. Já a Corregedoria-Geral da Administração diz que a Técnica não pode disputar licitações.

Leque A Assembleia de São Paulo aprovou pedido do PT para que o secretário David Uip (Saúde) explique a compra de equipamentos médicos da Siemens, pivô de denúncias de formação de cartel na área de transportes.

Vitamina Ciro Gomes vai assumir a Saúde do Ceará com uma boa notícia: relatório da Unicef cita três municípios cearenses como "cases" de redução de mortalidade infantil em 20 anos.

Visita à Folha Ruy Martins Altenfelder Silva, presidente do Conselho de Administração do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), visitou ontem a Folha. Estava com Luiz Gonzaga Bertelli, presidente-executivo do CIEE.

com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

tiroteio
"Apesar do preconceito, da intolerância e da torcida da oposição contra o Brasil, Dilma continua a crescer nas pesquisas."

DO PRESIDENTE NACIONAL DO PT, RUI FALCÃO, sobre a aprovação da presidente Dilma Rousseff e do programa Mais Médicos na pesquisa CNT/MDA.

contraponto


Moral e cívica
Deputados que participavam de uma cerimônia na Câmara, ontem pela manhã, não conseguiram se entender quando o Hino Nacional começou a tocar.

--Temos que ficar voltados para a bandeira do Brasil --orientou Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP).

--Não! Não podemos dar as costas ao público. Fiz curso de atualização cívica e aprendi que o povo é superior ao símbolo --reagiu Onofre Santo Agostini (PSD-SC).

Chico Alencar (PSOL-RJ) optou por uma solução salomônica. Na primeira parte do hino, voltou-se para a plateia. No segundo trecho, para a bandeira.

A volta da faxina - LUIZ CARLOS AZEDO

CORREIO BRAZILIENSE - 11/09

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, se depender da presidente Dilma Rousseff, permanecerá no cargo. Estava mais para rainha da Inglaterra do que para São Jorge de Cabaré. Já o secretário secretário executivo, Paulo Roberto dos Santos Pinto, pediu exoneração do cargo, ontem, em carta enviada ao ministro. Saiu rapidinho, antes de uma vassourada pública da presidente. Ele é um dos investigados pela Polícia Federal na Operação Esopo, que apura desvio de recursos públicos.

As investigações se concentram em fraudes em licitações de prestação de serviços, construção de cisternas e produção de eventos turísticos e artísticos. O coordenador de contratos e convênios da pasta, Geraldo Riesenbeck, e o ex-subsecretário de Planejamento do ministério Antônio Fernando Decnop foram presos na segunda-feira. Paulo Roberto Pinto prestou depoimento e foi liberado em seguida. O Ministério não mantém convênio com o Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), mas com municípios e governos no Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Ceará, Amapá, Paraná, Roraima e Pernambuco, além do Distrito Federal, que contrataram a instituição.

Manoel Dias há tempos queria se livrar da equipe, mas era impedido pelo presidente do PDT, Carlos Lupi. Vivia a mesma situação de seu antecessor, o deputado Brizola Neto (PDT), que acabou afastado do cargo por pressões de seu próprio partido. Até agora, não há indícios de envolvimento de Lupi no esquema. Mesmo assim, sua influência no ministério será reduzida a zero. Com isso, abre-se uma disputa pelo controle do PDT entre o ministro do Trabalho e o presidente da legenda.

Rombo
De acordo com a Polícia Federal (PF), o desvio de verbas no Ministério do Trabalho por meio do esquema chegou a R$ 400 milhões

Espionagem
Os integrantes da CPI do Senado sobre a espionagem norte-americana querem ouvir o jornalista Glenn Greenwald e representantes da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e da Petrobras na próxima terça-feira para avaliar se o fabuloso leilão de petróleo da camada pré-sal do poço de Libra deve ser mantido. Greenwald é o responsável por divulgar dados secretos coletados pelo técnico Edward Snowden, ex-funcionário terceirizado da agência de segurança nacional dos Estados Unidos. A presidente Dilma Rousseff e a Petrobras foram alvos da espionagem.

Técnicos
O relator da CPI da Espionagem, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), apresentou as linhas gerais do plano de trabalho do colegiado, que deve contar com a colaboração de técnicos dos ministérios da Justiça, da Defesa, das Comunicações e das Relações Exteriores. Ferraço considera o leilão do poço de Libra o assunto mais urgente a ser tratado.

Não vai
Em café da manhã com o governador petista da Bahia, Jaques Wagner (foto), a presidente Dilma Rousseff disse que não faltará à Assembleia Geral da ONU, cuja tribuna pretende ocupar para registrar sua reclamação contra a espionagem dos EUA , principalmente agora, que atingiu a Petrobras. Na mesma conversa, Dilma Rousseff revelou que cancelará sua visita de estado à Casa Branca. Salvo se até lá os esclarecimentos de Obama forem satisfatórios.

Boné na mão
O discurso de balanço do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (foto), ontem, na assinatura do termo de compromisso do Programa Água para Todos, que beneficia municípios do semiárido brasileiro em estado de emergência por causa da estiagem, foi considerado uma despedida do PSB do governo. A presidente Dilma não esconde mais a insatisfação com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Prestígio/ Surpreendeu a votação recebida pelo novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros, no Senado. Seu nome foi aprovado por 60 votos a favor e 4 contra. Entra no lugar de Roberto Gurgel. Mineiro, de 56 anos, é especialista em direito comercial e foi secretário de Direito Econômico no Ministério da Justiça em 1994.

Sesmarias/ Na reunião com líderes do Senado ontem de manhã, a presidente Dilma Rousseff garantiu ao senador Gim Argello (PTB-DF) que os itens retirados, a pedido do Planalto, do texto da MP 615, poderão ser incluídos em outras medidas provisórias que vierem a ser editadas em breve. Foram excluídos o direito à hereditariedade de concessões de feiras, bancas de jornais e quiosques, mas, principalmente, a autorização de venda direta de terrenos ocupados por igrejas no DF.

Só craques/ A MP 620/2013, que altera a Lei Pelé e define regras mais transparentes para a destinação de verbas públicas para entidades esportivas no Brasil, mobilizou grandes nomes do desporto nacional. Foram ao Congresso ontem pressionar os parlamentares para que mudem as regras do jogo Ana Moser, Raí, Gustavo Borges, Ricardo Vidal, Pipoka e Carmen de Oliveira, entre outros.

Pra inglês vir/ O cientista político Murillo de Aragão realiza palestra hoje sobre o Brasil na Câmara dos Comuns em Londres. O evento é promovido pelo The Foreign Policy Center e visa a esclarecer investidores sobre a situação do Brasil.

FLÁVIA OLIVEIRA - NEGÓCIOS & CIA

O GLOBO - 11/09

FUNDO SOCIAL GARANTE RENDA DE EDUCAÇÃO E SAÚDE
Quase 75% da renda de royalties e participação especial que serão destinados à educação e saúde, ainda este ano, virão do Fundo Social. Anteontem, quando a presidente Dilma sancionou a Lei 12.858/2013, o Palácio do Planalto estimou em R$ 770 milhões o total de repasses já em 2013. É dinheiro que chega com o Fundo Social, incluído no projeto de lei pelos parlamentares.

Na origem, apenas a renda dos campos de óleo e gás com declaração de comercialidade e contratos assinados a partir de 3 de dezembro de 2012 estaria vinculada a investimentos em educação e saúde. Em todo o ano passado, o Fundo Social recebeu cerca de R$ 479,5 milhões, segundo dados oficiais da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Este ano, até julho, entraram mais R$ 665,3 milhões. Como metade dos recursos do Fundo, agora, estão atrelados à educação e saúde, a verba disponível passa de R$ 572 milhões. É a parcela restante, menos de R$ 200 milhões, que virá dos novos contratos de exploração de óleo e gás. Nas contas do governo, em 2014, educação e saúde terão R$ 1,8 bilhão de renda adicional oriunda do setor de óleo e gás. Em 2020, os recursos passarão de R$ 20 bilhões.

12 ÁREAS COMERCIAIS
De 3 de dezembro de 2012 até agora, a ANP recebeu uma dúzia de declarações de comercialidade de áreas de exploração e produção de petróleo e gás. Metade delas está na Bacia de Campos. 


É rock 1
A CVC, operadora oficial do Rock in Rio, já vendeu 8.500 pacotes turísticos com ingressos para o festival, que começa na 6ª. O resultado já bateu em 41% a previsão inicial, de seis mil pacotes de viagens, contou uma fonte. Falta vender cem.

É rock 2
O Visit Britain, órgão do turismo britânico, vai promover programas de estudos no Reino Unido, na Rock Street. Em 2012, 1.270 brasileiros cursaram pós e graduação com apoio dos governos dos dois países. Estima ter o triplo este ano.

É rock 3
A Taco terá estande de 260m2, o dobro da filial da edição de 2011. Espera vender 40% mais. Já as Lojas Americanas montarão loja de conveniência no festival. Venderá de CDs a chocolates, de pilhas a artigos de higiene. A filial terá 60m2. É outra que duplicou de tamanho.

É rock 4
O Sorvete Itália investirá R$ 500 mil em quatro estandes. No 1º dia do evento, quem adivinhar sabor de picolé surpresa ganhará outro de brinde. Quer vender 20% mais.

É rock 5
A chef Monique Benoliel vai cuidar da alimentação da equipe de produção do Rock in Rio, de dois palcos e de cinco áreas VIP. Contratou 150 funcionários. Prevê alta de 10% nas receitas.

Emprego 1
Cresceu em 20% a intenção de contratação de empresas do Rio para o 4º trimestre, diz estudo do Manpower Group. O saldo ficou pouco acima da média nacional, alta de 19%.

Emprego 2
A rede de supermercados Guanabara vai contratar mil funcionários neste semestre. Vão para unidades de Rio, Niterói, Itaguaí e São Gonçalo

Patrocínio
A Secretaria estadual de Cultura do Rio patrocinou nove filmes selecionados para a mostra Première Brasil, do Festival do Rio. Destinou R$ 1,730 milhão às obras.

É JOIA
A atriz mirim Mel Maia, sucesso em “Avenida Brasil”, estrela um dos anúncios da campanha para mídia impressa de “Joia Rara”, novela das sete que a TV Globo estreia na próxima segunda. A ação começa a circular hoje. É criação da área de Comunicação da TV Globo.

DOAÇÃO
Bruna Linzmeyer, jovem atriz de “Amorà vida”, participa da campanha “Doe seu look”, que o movimento #RioEuTeAmo e o aplicativo de moda Dujour lançam amanhã. É ação em benefício do Retiro dos Artistas, no Rio. Jorge Bispo também fotografou as atrizes Fernanda Paes Leme, Fiorella Mattheis e Juliana Knust, além da promoter Ca rol Sampaio. As imagens vão circular nas redes sociais.

RENOVADA
A Taeq, marcado GPA, ganha nova logomarca e embalagens para seus 600 itens.
A campanha, criada pela PA, estreia em TV fechada, amanhã. Traz a assinatura “Conquiste sua vida”. Prevê aumentode 20% em vendas.

É PRATA
O designer Antonio Bernardo lança coleção de joias em prata. As peças chegam às lojas no fim desta semana. Amanhã, estreia a campanha em mídia impressa, com o anel Ocean (foto); dia 23, em mobiliário urbano. A marca está presente em dez cidades no Brasil.

Residencial
A João Fortes Engenharia lança, até o fim do mês, o West Vintage Residence and Service, no Recreio. Terá 204 apartamentos e 20 atrações de lazer. A previsão é somar R$ 100 milhões em vendas

Eventos
A Golden Rio, de eventos e serviços, prevê faturar R$ 2 milhões em 2014. É quase o triplo do estimado para este ano, de R$ 700 mil. Entrou em operação mês passado.

NA PRAIA
A Gaoli, multimarcas de moda praia, põe na rua hoje a nova campanha. Brunno Rangel fotografou as modelos Priscila
Cavalieri e Carol Mendonça. As imagens vão circular na internet e em impressos. Dona de loja no Forum Ipanema, a multimarcas fechou com quatro marcas internacionais: Boys and Arrows, Love Brand & C o., White Sands e Carmina Campos.
A previsão é faturar até 50% mais.

Livre Mercado
ACNI abre hoje inscrições para o Prêmio de Inovação. Distribuirá R$ 900 mil ao pré-aprovados no edital Senai Sesi de Inovação.

O Sebrae vai detalhar no site o processo para obtenção de selo de indicação geográfica e marca coletivas. É convênio com INPI.

A Binder ganhou a conta da CEG.

Pedro Fragoso Pires, do LCCF Advogados, orientou a HRT no acordo com Erickson Air-Crane.