terça-feira, maio 14, 2013

Pedra no meio do caminho - ANCELMO GOIS

O GLOBO - 14/05

Volta e meia surgem rumores, sempre negados pelos dois, diga-se de passagem, que Carlos Jereissati e Sergio Andrade querem vender sua participação na Oi.

Só que uma eventual venda teria que ser aceita pela Previ, também sócia. E o fundo de pensão do BB não quer se desfazer da telefônica.

Guerra é guerra
Dilma decidiu ir até o fim para a aprovação da MP dos Portos. Pediu a lista de todos os apadrinhados por Eduardo Cunha no governo.

Pelo menos dois vice-presidentes da Caixa são vinculados ao deputado que atrapalha a vitória do governo na Câmara: Geddel Vieira Lima e Fábio Ferreira Cleto.

Igreja Universal
O Senado vai mandar uma delegação de seis senadores para visita do Papa, inclusive os três do Rio.

Mas o senador Eduardo Lopes (suplente de Marcelo Crivella) cedeu sua vaga a um colega. É que ele é da Igreja Universal do Reino de Deus.

Boletim médico
Luis Favre, o publicitário franco-argentino que foi casado com Marta Suplicy, está internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

O seu estado inspira cuidado.

Não é nada, não é nada...
Com o anúncio da saída de Nelson Barbosa da Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, não há mais nenhum Nelson na cúpula do governo.

Antes já saíram Nelson Jobim, ministro da Defesa, e Nélson Hubner, da Aneel.

Aliás...
Para a vaga de Barbosa ainda não há definição. Mas deve ser alguém de fora do governo.

Samba, amor e carnaval
Paulinho da Viola está escrevendo uma música para o novo CD de sua filha, Beatriz Rabello.

Em “Samba, amor e carnaval”, Paulinho também fará uma participação especial.

Prosa simples
O livro “Se eu fechar os olhos agora”, de Edney Silvestre, ganhou elogios do site britânico Mail on line.

Diz o crítico que o autor tem uma prosa que parece simples, mas que transmite, com toda força, o horror do drama vivido pelos personagens.

Família Amorim
Mais um filho do ministro Celso Amorim investe no cinema.

Depois de Vicente, diretor de longas como “Corações sujos”, o caçula, Pedro Amorim, estreia no segundo semestre como diretor. Seu primeiro filme é “Mato sem cachorro”.

À boa mesa
Fernando Henrique Cardoso almoçou, semana passada, na casa do governador Sérgio Cabral, no Rio.

Infância marcada
O Juizado da Infância e da Juventude do Rio, depois de receber denúncias, constatou ontem que crianças e adolescentes sofreram graves agressões no Centro Municipal de Recepção Taiguara, no Centro.

O processo será encaminhado hoje ao Ministério Público.

Operação Cristo
A prefeitura vai modificar o acesso ao Cristo Redentor a partir do dia 21.

Além de fazer uma grande operação para retirar os cambistas, vai proibir a venda de ingressos na estação. Agora, os bilhetes serão comercializados pela internet, em casas lotéricas e na Caixa.

Segue...
A outra novidade, segundo o secretário Rodrigo Bethlem, é que haverá um transporte oficial no Largo do Machado e no Leblon, que levará os turistas até a estação.

Porta anticliente
A 4ª Câmara Cível do Rio condenou o banco Itaú a indenizar por danos morais, em R$ 5 mil, uma cliente.

A mulher foi impedida pelos seguranças de ingressar numa das agências do banco após a porta giratória apitar e travar.

Arraial do Rio
O São João Carioca, festão que Flora e Gilberto Gil organizam na Quinta da Boa Vista, está de mudança.

Será no Parque Madureira, na Zona Norte, no dia 29 de junho.

Faz sentido
O advogado Lucas Bittencourt Moreira telefonou, na tarde de ontem, para o Detran. Queria agendar a renovação de sua habilitação.

Depois de uns minutos de espera, ouviu a mensagem: “Libere o cruzamento, para que a sua mãe não seja lembrada pelos outros condutores.” É. Pode ser.

Burgueses e artistas - JOÃO PEREIRA COUTINHO

FOLHA DE SP - 14/05

Vive como um burguês para que possas reservar toda a radicalidade para a tua arte


Vive como um burguês para que possas reservar toda a radicalidade para a tua arte. Eis o espírito de uma conhecida frase de Flaubert. Haverá conselho mais sábio para qualquer artista ou candidato a? Duvido. Ele transporta duas grandes verdades --e uma grande inferência.

Comecemos pelas verdades. Não existe arte, grande arte, sem ordem, grande ordem. Não falo apenas de um mínimo de ordem pessoal, embora isso ajude: escreve-se melhor quando não existe a angústia suplementar de não haver dinheiro para pagar o uísque das crianças.

Mas também se escreve melhor quando não existe a angústia suplementar de podermos ser perseguidos, presos ou mortos. Exceções? Sempre houve: casos pungentes de criatividade humana no meio do lodaçal. Mas quem deseja ser essa exceção?

Como dizia o estimável Saul Bellow, eu não conheço o Tolstói dos zulus. Ou o Proust do Sudão. Ofensivo, dizem as brigadas politicamente corretas. Pena que não apresentem esse Tolstói ou esse Proust. Sem provas, ofensiva é a inteligência das brigadas.

Os artistas "boêmios", ou pretensamente "boêmios", só marcham contra a civilização burguesa precisamente porque existe uma. Sem uma civilização burguesa, o lugar deles era a irrelevância, o anonimato ou coisa pior.

E não existe imagem mais patética do que ver o ódio do artista rebelde contra o exato mundo burguês (ou capitalista, tanto faz) que sustenta e promove a sua rebeldia. Flaubert, que nunca morreu de amores por esse mundo, teve pelo menos a honestidade de expressar a sua ambivalência perante ele.

Mas a frase de Flaubert transporta uma segunda verdade: é a tua arte que conta, não a tua vida. É a arte que deve ser julgada, não a tua relação problemática com o sabão ou com as maneiras.

Anos atrás, lembro-me de um velho professor de estética que me contava, maravilhado, que a primeira vez que conhecera o grande escritor e artista português Almada Negreiros, o autor estava sentado no sofá da sala, assistindo ao noticiário, como qualquer "pater familias" depois de mais um dia de labuta.

Almada, o modernista Almada, o futurista Almada, que pintou Fernando Pessoa e deixou "Nome de Guerra", um dos mais primorosos textos do século 20 lusitano --de pantufas em casa! Quem nunca escreveu de pantufas, ou de robe, ou até de pijama, não pode saber o que existe de conforto espiritual no exercício. Recomendo, recomendo.

E recomendo uma inferência suplementar a partir de Flaubert: se não fores um gênio, não te esforces tanto por parecer um. Os gênios não se esforçam. Eles são. A essência precede a aparência, não o contrário. Quando se começa pelo fim, normalmente é porque não há grande coisa no princípio.

Conheço casos. Gente que acredita que a ausência de um livro recomendável, de um quadro recomendável ou de um filme recomendável pode ser compensada com a pose certa de escritor, pintor ou cineasta.

Não pode, meu bem. Quando não existe obra digna desse nome, não é boa ideia uma pessoa apaixonar-se pelo próprio nome. Até porque há paixões que podem não ser correspondidas.

É por isso que o destino usual do artista falsamente inusual é um poço de ressentimentos. Ou, melhor dizendo, a exigência infantil de que o mundo em volta reconheça o tamanho do seu ego. Risível. Não é o ego que tem de ser grande. É a obra. Sempre a obra. Só a obra.

Vive como um burguês para que possas reservar toda a radicalidade para a tua arte. Que o mesmo é dizer: abandona a tua pose no latão de lixo. Não simules conhecimento que não tens. Aprende com quem sabe. Não queiras ser "transgressivo" na tua vida. Aprende primeiro a usar os talheres. E quando quiseres ser "transgressivo", vai lavar os pratos (e os talheres). Isso passa.

Não esperes que o mundo se curve à tua passagem. És tu que te deves curvar à passagem do mundo. E antes de abrires a boca para te rires do que não entendes nem és capaz de fazer --"Woody Allen está a ficar repetitivo, não?"--, cala a boca, ri de ti próprio e pergunta quando foi a última vez que fizeste um filme razoavelmente decente. Ou um romance. Ou um quadro.

E se achares que já fizeste esse filme, ou esse romance, ou esse quadro, então esquece. Podes ir buscar a tua pose no fundo do latão.

Nossa miséria não está na miséria - ARNALDO JABOR

O GLOBO - 14/05

Os privilegiados têm de se reformar


Assisti horrorizado à facilidade com que dois sujeitos cobertos de suspeitas em julgamento conseguiram destruir em minutos a medida provisória para modernizar nossos portos. Não tenho espaço para exibir a longa lista de irregularidades de que são acusados os deputados Garotinho e Eduardo Cunha. Eram amigos coloridos e deixaram sua marca na paisagem política do Rio: de Furnas, Cehab, Cedae, Telerj, hidrelétricas, Propinoduto, ONGs sem endereço até o célebre escândalo de milhões de fraldas geriátricas, lembram? Agora são inimigos e, no vexame na Câmara outro dia (conscientemente ou não) conseguiram invalidar uma das mais importantes medidas que o governo tenta para nosso crescimento. Na briga, os dois se xingaram muito, e os dois tinham razão. Vejam as fichas dos dois no Google. Estudar suas vidas políticas explica bem o Brasil. Há séculos, homens como esses impedem o desenvolvimento do país e transformam o Poder Legislativo no maior inimigo do povo. Aliás, nossa miséria não se explica pelos arcaicos “culpados” tradicionais: imperialismo e latifúndio, como quer a velha ideologia simplista. Para entendermos o horror que nos envolve, temos de analisar as classes dominantes, a estrutura patrimonialista do país, a formação torta do Estado, a tradição histórica de nosso egoísmo. Livros e filmes devem ser feitos mostrando como nós mesmos construímos nosso atraso. Parafraseando Nelson Rodrigues: “Nossa miséria não se improvisa; é uma obra de séculos”.

Transformar a miséria em bandeira política, sem nos incluirmos nela, é uma atitude miserável. A miséria está nas emendas do orçamento, está na sordidez do sistema eleitoral, na falsa compaixão dos populistas, nos ideólogos chavistas preparando o novo gigantismo do Estado disfarçado de “desenvolvimentismo nacionalista", nas caras cínicas e “lombrosianas” dos ladrões congressistas, está na Lei arcaica e sem reformas, está na atitude gelada dos juristas impassíveis , está nos garotinhos na rua e nos garotinhos da política.

Temos de entender como a miséria está “dentro” de todos nós. Para nós, os bacanas, a miséria é apenas um incômodo “existencial”, uma sujeira na paisagem.

Há alguns anos, tolerávamos tristemente a miséria, desde que ela ficasse longe, quieta, sem interferir na santa paz de nosso escândalo. A miséria tinha quase uma... “função social”.

No entanto, ela é uma construção minuciosa por um sistema complexo. A miséria não é absurda, é uma produção.

A trágica doença brasileira continua intacta, a não ser na propaganda oficial e no papo. As reformas essenciais que qualquer governo moderno conhece nunca foram realizadas e não serão — está ficando claro. O conservadorismo ideológico do PT e o pior fisiologismo do país não permitirão, de mãos dadas na aliança reacionária que o Lula inventou.

Uma vez, escrevi sobre um menino pobre que fazia malabarismo na rua, diante de meu carro, e muitos se emocionaram, em cartas e e-mails. Tive uma sensação de culpa por fazer sucesso com a miséria dos outros. De certa forma, eu lucrei. O menininho malabarista (onde estará ele agora?) enobreceu-me. Ou seja, a miséria me deu assunto e lucro. Ali, no carro blindado, diante do menino, eu fazia parte da miséria. Não basta sofrermos com o “absurdo” da miséria; é preciso explicá-la.

Com a indústria de armas, as drogas,. a internet, a miséria foi tocada pela evolução do capitalismo. A violência é até uma trágica “modernização” da miséria. Ninguém sabe o que fazer com a neomiséria; por isso, a invenção das UPPs foi tão oportuna e original diante do óbvio. Hoje, a miséria é grande demais para ser erradicada — temos de incorporá-la. Temos de conviver com ela, pois também somos miseráveis na alma, em nossa amarga alegria, em nossa ignorância política, em nossas noites vazias nos bares, em síndromes de pânico, no narcisismo deslavado entre as celebridades, nas liberdades irrelevantes. A miséria está até na moda — vejam este texto de um catálogo “fashion”:

“Use uma calça bacana, toda desgastada, bata na calça com martelo, dê uma ralada no asfalto, atropele seu jeans, passe por cima dele com o carro. A moda pede peças puídas, como ficam depois de um ataque das traças ou baratas. E, se você tem algo a dizer sobre a vida, diga com sua camiseta, nas estampas com frases no peito...”

Somos vítimas da miséria pelo avesso, porque poderíamos ter um país muito melhor se fôssemos mais generosos. Menos egoísmo seria bom para o “mercado”. Mas a “tigrada” do poder só pensa a curto prazo.

Antes, só falava de miséria quem não era miserável, em “fome”, quem comia bem. Agora, os miseráveis já falam de nós.

Assim como a corrupção nos abre os olhos, denunciando a urgente reforma do poder judiciário paralítico, a violência prova o fracasso da administração pública. Não resolveremos nada. Os miseráveis é que vão fazer isso, aos poucos. E estão se expressando em movimentos de afirmação das periferias. Os marginalizados vão sair do horror para serem fontes de expressão vital. A miséria está nos educando.

E o problema é que ninguém sabe o que fazer. Cada vez mais o mundo vive a dor de um “mal” difuso e sem culpados claros. Zygmunt Bauman, o filósofo polonês, estudioso da sociedade contemporânea, criador do conceito de “modernidade líquida”, diz coisas excelentes em um diagnóstico do mundo atual.

Mas, como sempre, na hora das “soluções”, surge a impotência cheia de esperanças. O que fazer?

Aí, ele propõe três caminhos para diminuir a pobreza no mundo:

1- conscientizar as pessoas de que crescimento econômico tem limites; 2- mudar a lógica social dos governos, para que os cidadãos enriqueçam suas vidas por outros meios que não apenas bens materiais; e 3- convencer os capitalistas a distribuir lucros não apenas segundo critérios financeiros, mas em função de benefícios sociais e ambientais.

Ótimo! Boa ideia! Agora só falta combinar com Wall Street e psicanalisar os governantes das nações poderosas.

Neymar! Volta pro Wellaton! - JOSÉ SIMÃO

FOLHA DE SP - 14/05

O Neymar tem que pintar o cabelo de novo! Volta pro pica-pau loiro. Pinta um moicano de azul!


Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador Geral da República!

E "Salve Jorge" tem tanto merchan do carro Kia que devia se chamar TUR-KIA! E como não é uma novela, mas um UFC, deviam chamar o Cigano, o Minotauro e o Anderson Silva!

E a Marcha da Maconha em Ipanema? O problema não é a marcha, é a fumaça. Camiseta da Marcha da Maconha: "EU FUI?". Foi, mas se lembra vagamente. Rarará! E dizem que o único efeito colateral da maconha é quando a polícia chega.

Aliás, tem outro efeito colateral: a larica. Quando bate a larica, abre a geladeira e come feijão gelado com calda de pêssego. Traça aquele pavê da padoca que tá na geladeira desde anteontem. Rarará!

E maconheiro não oferece perigo algum. Já viu algum maconheiro ser fã do Restart? Rarará!

E Brasília? A MP dos Portos vai naufragar? MP do Titanic! O PMDB, Partido das Mutretas dos Barcos, quer negociaçõe$! Tem que rolar um men$alão.

Se eu fosse a Dilma, eu dava 10 mil pra cada um. E dizia: "É pouco, mas é de coração". Rarará!

E Santos X Corinthians! Joguinho mequetrefe. Jogador brasileiro agora só joga jogado no chão. Parecia aquele bate-bate de parque de diversão!

E o site Futirinhas disse que o Tite devia ter dado um presente pra zaga do Santos. Uma mãezona! E o Neymar? O Neymar tem que pintar o cabelo de novo! Volta pro Wellaton! Volta pro pica-pau loiro. Pinta um moicano de azul!

E o CornetaFC com o Neymar: "Pelo menos com o cabelo pintado me achavam em campo!". Rarará!

Tivemos dois acontecimentos importantíssimos para a nação: Marcha da Maconha em Ipanema e o Dia do Orgasmo em Esperantina, no Piauí. A Esperantina é a última que morre. Projeto do vereador Arimatéia que diz que só 28% das piauienses têm orgasmo. E como ele fez essa pesquisa? Rarará! E o que você fez no Dia do Orgasmo? Passei o dia tendo-os!

Aí aparecem aqueles tipos de orgasmo. O orgasmo da homicida: "Se você parar, eu te mato!". E o orgasmo da desinformada: "Aiiii, meu Deuuuus, o que é isso? Aiiii, o que é isso?". E o orgasmo da mulher casada há dez anos: "Xi, a empregada esqueceu de limpar o lustre". Rarará!

Nóis sofre, mas nóis goza!

Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

Garfaram o pedestre - BRUNO THYS

O GLOBO - 14/05
Engarrafado dia destes na pista lateral da Avenida Brasil, sentido Centro, em frente à Fiocruz, prestei atenção numa cena banal: um monte de gente subindo e descendo a passarela de número 6, para cruzar a Avenida Brasil. Entre centenas de pessoas havia um casal idoso, cheio de embrulhos, que ia bem devagar, sob um sol de lascar, num esforço fenomenal para conseguir chegar ao alto da passarela. Por razões óbvias, quem deveria passar por cima ou por sob a pista seria o carro, não o pedestre. Mas o óbvio nem sempre fez parte do planejamento urbano do Rio - e das demais cidades brasileiras - especialmente a partir do chamado "Rodoviarismo", movimento que rasgou cidades já consolidadas do mundo inteiro para abrir espaço ao automóvel. Em muitos países, porém, houve a preocupação de se preservar os direitos do pedestre.

Nas cidades americanas, por exemplo, quando não há pontes ou túneis para que o plano da calçada seja garantido ao transeunte, são instaladas passarelas com escadas rolantes e esteiras, que atenuam o esforço - o sobe e desce do cidadão - para atravessar uma rua. Aqui, no entanto, o Rodoviarismo foi devastador. O automóvel reinou absoluto: calçadas foram griladas e passarelas interpostas em ruas e avenidas, algumas bem íngremes e de dimensões olímpicas como estas da Avenida Brasil. Ao mesmo tempo, sinais foram ajustados para o fluxo do trânsito. Sobrou para o pedestre. Garfaram o cidadão.

Em Copacabana, por exemplo, bairro notadamente de população idosa, chega a ser cruel o tempo oferecido para os moradores atravessarem as principais vias. Quem arvora-se em driblar o esforço que é subir uma passarela e atravessar a rua no plano horizontal é tachado de louco, de suicida! E quem não consegue atravessar a Rua Barata Ribeiro no curtíssimo tempo oferecido pelo sinal é xingado pelos motoristas. Uma absurda inversão de princípios básicos da cidadania. Difícil atribuir toda a responsabilidade ao automóvel pela desumanização do espaço público. De um lado da rua, há décadas de insensibilidade do gestor público e, do outro, a passividade do cidadão, certo de que a prioridade na cidade é o trânsito de veículos, não o de pedestres. Ninguém chia. No entanto, há em curso neste momento no Rio uma louvável tentativa de se domar o trânsito: ônibus para um lado, em faixa exclusiva, carro para o outro, e ciclofaixas que, aliás, não representam garantia plena de segurança à turma da bicicleta.

Faz parte deste processo a reconfiguração de importantes espaços na área central do Rio; vão ser redesenhados como áreas de pedestres. É um bom momento para se colocar o pedestre na discussão e ressarci-lo, ao menos em parte, do que lhe foi garfado: instalar escadas rolantes nas passarelas, se não for possível levantar as pistas, e oferecer mais tempo nos sinais de trânsito para que possa exercer o direito básico de ir e vir de um lado ao outro da rua, literalmente sem atropelos.

Ainda em marcha à ré - JOSÉ PAULO KUPFER

O Estado de S.Paulo - 14/05

Deflagrada por disfunções no lado financeiro da economia, a crise global produziu impressionantes impactos nos volumes de ativos e em seus fluxos. Cinco anos depois da quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, convencionada como o marco zero da crise, o retrato das finanças globais ainda revela uma cena de contração no ritmo das operações e de expressivas mudanças de direção nos fluxos financeiros ao redor do planeta.

O volume de ativos financeiros em circulação não chegou a encolher, em termos absolutos. Mas, além de sofrer enxugamento relativo, passou a se movimentar em ritmo muito mais lento. Houve também uma marcha à ré na globalização financeira, na direção das fronteiras locais.

Em números absolutos, o estoque total de ativos financeiros - depósitos bancários, financiamentos, títulos de dívida privada e pública, ações de companhias - alcançou, na metade de 2012, volume recorde de US$ 225 trilhões. O fato de que esse montante representa quase 10% mais do que o registrado em 2007, no entanto, pode enganar.

Quando se observa em termos relativos, o que se verifica é que tem se dado um contínuo encolhimento. Para confirmar isso, basta saber que, se hoje a soma expressa relação equivalente a 312% do total da produção global, há cinco anos equivalia a 355% do PIB.

Estas são informações extraídas da edição de 2013 do relatório do McKinsey Global Institute, braço de pesquisas da consultoria global McKinsey, sobre o mercado financeiro global. O relatório, com dados até fins do ano passado, referentes a 183 países, é o mais recente de uma série anual iniciada em 2005, que permite acompanhar, passo a passo, a evolução das finanças globais e seus reflexos na economia real (http://migre.me/ex4ec).

São visíveis as indicações de que o processo de globalização econômica deu uma estacionada - se não recuou. Em comparação com 2007, pico do último ciclo de crescimento acelerado da economia e das finanças globais, pode-se verificar, em 2012, uma redução de 60% nos fluxos de capital estrangeiros entre países e um corte de US$ 3,7 trilhões nos financiamentos dos bancos da zona do euro fora da região. A circulação de ativos financeiros entre economias caiu de US$ 11,8 trilhões, em 2007, o equivalente a 20% do PIB global na época, para menos de US$ 5 trilhões, em 2012, não mais do que cerca de 6% do PIB.

Em paralelo ao encolhimento relativo dos fluxos, ocorreu também uma alteração importante na direção deles. No ano passado, um total de US$ 1,5 trilhão em investimentos estrangeiros globais foi direcionado a economias emergentes. O valor equivale a 32% do total de investimentos externos no ano, e em 2000 essa cifra não passava de 5% do total. Outra novidade é o aumento dos investimentos de países emergentes em economias maduras e o avanço nos fluxos de investimentos estrangeiros entre emergentes, na direção "sul-sul".

Embora os fluxos de investimento direto externo tenham sofrido uma contração de 15%, em 2012, o fato positivo é que tem aumentado a participação deles no total dos fluxos de ativos estrangeiros em circulação. A estimativa é que esses recursos tenham respondido por cerca de 40% do total, no ano passado.

Ao analisar o estado das finanças globais em perspectiva, os autores do relatório do McKinsey Institute projetam cenários. Para que a situação revertesse, teria de ocorrer uma mudança nos portfólios financeiros, com ênfase menos em empréstimos bancários do que na ampliação do papel dos mercados de capitais. Mantidas as tendências atuais, porém, o mais provável é que, até por volta de 2020, o volume de ativos financeiros globais, em relação ao PIB, permaneçam nos níveis de hoje ou até encolham um pouco mais.

Cartas na mesa - IGOR GIELOW

FOLHA DE SP - 14/05

BRASÍLIA - Ao proferir sua opinião de que os embargos infringentes não podem ser considerados para discutir sentenças do julgamento do mensalão, Joaquim Barbosa colocou na mesa cartas que podem definir os rumos da conflagração que domina o plenário do Supremo, entre ministros que se dizem legalistas e os mais, digamos, ativistas.

Os tais embargos são recursos permitidos pelo regimento do STF a réus cuja condenação teve ao menos quatro votos divergentes. O impacto político é evidente: bem-sucedida a apelação, em hipótese, José Dirceu poderia ter uma de suas condenações, a por formação de quadrilha, anulada. Escaparia assim do regime fechado.

Quem defende os embargos, incluído aí o decano Celso de Mello, vê neles a garantia de uma "segunda instância" para casos que já começam na mais alta corte possível.

Barbosa aponta o problema: não existe previsão na lei para os embargos e, a rigor, eles contrariam a ordem das coisas no Judiciário. O esperado recurso à sua decisão levará a mais embates no plenário.

É bom que seja assim. Mantendo-se a civilidade tantas vezes deixada de lado, o debate aberto é bem melhor que a chicana de fofocas e intrigas patrocinada pelos envolvidos.

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A saída de Nelson Barbosa da Fazenda explicita uma particularidade do modo Dilma de governar. A presidente colocou gente de sua confiança no cargo de número dois de alguns ministérios, como Fazenda, Previdência e Minas e Energia.

Agora, por motivos diversos, ela perde o segundo de Mantega, tenta manter Alessandro Teixeira (Desenvolvimento) e vê Beto Vasconcelos com data para deixar a Casa Civil.

Véspera de eleição sempre foi a hora em que os secretários-executivos buscavam se cacifar para um eventual novo governo. Agora, são justamente os mais próximos de Dilma que pedem para sair.

Lembrar a verdade - LUIZ GARCIA

O GLOBO - 14/05

Funciona em Brasília um órgão que atende pelo curioso nome de Comissão da Verdade. Pessoas cínicas e maldosas poderão insinuar que ela é assim chamada porque outras comissões estabelecidas na capital não teriam compromisso com os fatos, um fenômeno não muito raro neste planeta.

No caso, a verdade em questão refere-se a fatos ocorridos durante o falecido regime militar, com especial dedicação ao tratamento dado aos adversários do poder. Ou seja: está em questão o uso da tortura na defesa do regime.

Na semana passada, a comissão se dedicou aos métodos usados pelo DOI-Codi em São Paulo no tratamento de seus prisioneiros. O coronel, hoje reformado, Carlos Alberto Brilhante Ustra, produziu uma explicação curiosa. Primeiro, negou ter participado de sessões de tortura. Mas fez questão de afirmar que sempre agiu cumprindo ordens. Quem deveria estar sentado em seu lugar, disse ele, era o Exército Brasileiro.

Pode-se traduzir essa defesa, sem malícia, como uma confissão de que havia tortura, mas não por sua iniciativa pessoal. "Nunca ocultei cadáver, nunca cometi assassinato", disse ele. Mas há muita gente por aí que não pode dizer o mesmo.

Faltou no depoimento de Ustra uma afirmação direta de que não houve tortura por sua ordem ou com seu consentimento. Como o tratamento dado aos inimigos do regime militar é de conhecimento público, é aceitável que Ustra pode não ter mentido - e realmente não há provas de que tenha cometido o crime do assassinato de prisioneiros - mas não parece haver dúvida de que tinha pleno conhecimento do que acontecia aos acusados de terrorismo.

Não é possível esquecer que o combate aos inimigos do regime incluía muitos que o enfrentavam apenas politicamente. E muitas vezes a repressão não fazia distinção entre adversários políticos pacíficos e inimigos do regime dispostos a derrubá-lo pela violência.

Depoimentos como o de Ustra são obviamente importantes. A história do regime militar precisa mesmo ser recordada, e obviamente por personagens de todos os matizes. A Comissão da Verdade (que talvez tenha esse nome para diferenciá-la de outras iniciativas de Brasília) pode prestar um serviço especialmente relevante: há muitos momentos, na história de qualquer país, que não podem ser esquecidos, quanto mais não seja para evitar que se repitam.

É verdade que não há, no panorama político do país, o menor indício da possibilidade de uma volta aos anos de chumbo. Mas, principalmente na vida pública, precaução demais nunca é de menos. E a Comissão da Verdade está nesse caso.

São árabes? Que se matem - CLÓVIS ROSSI

FOLHA DE SP - 14/05

Passividade ocidental ante o desastre na Síria permite supor que nem todas as vidas têm o mesmo valor


Timothy Garton Ash, um dos mais respeitados acadêmicos do planeta, desconfiava tempos atrás, em artigo para "El País", que a passividade do Ocidente ante o morticínio na Síria escondia, "no pior e mais vergonhoso dos casos, que, para os europeus, a vida de um árabe não tem tanto valor como a de um europeu".

É triste ter que concordar com ele, se se estender a suspeição ao Ocidente de modo geral.

Só assim se explicariam dois anos de passividade diante de um desastre humanitário de proporções inacreditáveis.

Já deveria ser suficiente para justificar uma intervenção o fato de que o número de mortos está chegando a 100 mil, se se somarem aos 82 mil mortos os 12 mil desaparecidos.

Mas há mais, conforme relata Robert Mardini, chefe de operações da Cruz Vermelha para o Oriente Próximo e Médio: "Centenas de civis são mortos ou feridos todos os dias. Milhares de pessoas continuam detidas ou desaparecidas. Os ataques aos estabelecimentos e aos profissionais médicos continuam".

"Famílias inteiras estão constantemente se mudando, em busca de lugares mais seguros. Quatro milhões de pessoas já se deslocaram até o momento dentro da Síria, e 1,2 milhão de outras tiveram de atravessar as fronteiras para outros países --e essa tendência continua. As pessoas que permaneceram em algumas cidades ou aldeias não têm quase nada e vivem com medo e angústia constantes".

"Cerca de 25% de todos os sírios que trabalham perderam o emprego desde o início do conflito. A produção agrícola está em queda livre, uma vez que milhares de agricultores não têm condições de cultivar com segurança as suas terras ou obter os insumos agrícolas de que necessitam. A inflação está descontrolada. Uma pesquisa de mercado recente indica que o preço de uma cesta de alimentos padronizada aumentou mais de 50% desde março de 2011. Em áreas sitiadas e em zonas de conflito, em particular, a alta demanda e a baixa oferta levaram a um aumento dos preços das necessidades básicas, como pão, de mais de 1.000%."

"Em termos mais gerais, o preço dos alimentos, do combustível e dos remédios disparou, e o poder aquisitivo dos cidadãos comuns está severamente debilitado, fazendo com que um segmento cada vez maior da população geral esteja economicamente inseguro".

Chega? Tem mais: "O governo deixou de funcionar em aproximadamente 85% do país e luta para prestar serviços mesmo nas áreas que controla completamente. A infraestrutura física e administrativa da Síria foi dizimada", afirma Stewart Patrick, diretor do programa de Instituições Internacionais e Governança Global do Council on Foreign Relations.

Bem feitas as contas, está ocorrendo na Síria, sem a intervenção internacional, tudo o que se dizia que aconteceria se a intervenção se desse, lá atrás: desde o desastre humanitário até o contágio aos países vizinhos (vide atentado na Turquia), passando pelas reiteradas suspeitas do emprego de armas químicas.

E o mundo assistindo, como se fosse um videogame de guerra.

A quem possa interessar - RUBENS BARBOSA

ESTADÃO - 14/05

Poucos no governo, e mesmo no setor privado, parecem estar atentos às profundas mudanças que estão ocorrendo no comércio internacional e às suas consequências sobre o setor externo brasileiro. Com a eleição, agora, de um brasileiro para o comando da Organização Mundial do Comércio (OMC), talvez surja maior interesse nas implicações desse novo cenário sobre a economia brasileira, em especial sobre nossa política industrial e de comércio exterior.

Em termos geoeconômicos, está ocorrendo a transferência do eixo econômico e comercial do Atlântico para o Pacífico, com a emergência da China como o maior importador e exportador global. Nos próximos anos, por causa da produção de empresas estatais chinesas, sobretudo na África, a China será uma exportadora líquida de produtos agrícolas e de minérios.

As transformações no processo de globalização estão sendo aceleradas pela tendência de concentração da produção de manufaturas em poucos países. Em futuro não distante haverá apenas um reduzido número de países com grande produção industrial: EUA, Alemanha, Japão e China.

Enquanto ocorre essa forte concentração, a fragmentação da produção de bens industriais em diversos países fez surgir o comércio das cadeias produtivas, iniciado pelas empresas multinacionais. Algumas consequências dessa tendência podem ser identificadas:

A dinâmica do comércio das cadeias produtivas globais leva à exclusão de países e à fragmentação da produção, com consequência negativa sobre o comércio de manufaturas;

a capacidade de cada país de vender passa a depender da capacidade de compra do resto do mundo, como mostra a Embraer;

fora do circuito das cadeias produtivas globais, a maioria dos países em desenvolvimento está concentrando suas exportações em commodities.

A lógica do comércio tradicional é diferente da do comércio de cadeias produtivas. Enquanto no primeiro a produção interna é vendida a outro país e as barreiras existem nas fronteiras (tarifas e restrições não tarifárias), no segundo os países produzem para as cadeias produtivas, no marco dos novos acordos comerciais com regras próprias que regulam políticas internas de investimento, de propriedade intelectual e de compras governamentais.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a OMC estão propondo que as estatísticas do comércio internacional sejam computadas pelo comércio de valor agregado. Em outras palavras, os números do intercâmbio comercial deveriam medir a contribuição industrial e de serviços que cada país agrega ao produto industrial final.

Estamos assistindo a uma proliferação de mega-acordos regionais e bilaterais de comércio. Nos últimos anos, dos 543 acordos de livre-comércio em negociação, 354 entraram em vigor. Dois mega-acordos estão em marcha: a Parceria Trans-Pacífico, na Ásia, e a Parceria Transatlântica, entre EUA e Europa, envolvendo um terço do comércio mundial. Japão e China mudaram sua política e passaram a negociar acordos bilaterais. Na América do Sul, países como Chile, Colômbia e Peru assinaram acordos comerciais com EUA e Europa e estão negociando acordos na Ásia.

Esses acordo estão criando diferentes normas sobre investimento, compras governamentais, serviços, regra de origem, competição, salvaguardas, propriedade intelectual e sanitárias à margem das discussões multilaterais da OMC, com profundas consequências para os países em desenvolvimento. Enquanto a OMC procura regular e facilitar o intercâmbio tradicional, novas regras do comércio das cadeias produtivas começam a ser definidas de forma ad hoc nos acordos regionais, tratados bilaterais de investimento e por reformas unilaterais dos países em desenvolvimento. Esse fato está ocasionando a perda de importância da OMC, que, paralisada nas funções de negociação multilaterais, assiste a essa multiplicação de regras que vão além das hoje existentes na Organização.

A revolução energética nos EUA, em consequência do aproveitamento do folhelho (gás de xisto), está acelerando o processo de reindustrialização. Esse fato deverá acarretar profundas modificações no mercado de óleo e gás e de manufaturas no mundo inteiro. A renovada agressividade comercial dos EUA vai propiciar a abertura de mercados para os produtos americanos e aumentar a pressão para que os países adiram às novas normas. Isso foi bem exemplificado por recentes propostas do National Foreign Trade Council (NFTC) ao Congresso, em Washington, no curso das discussões para renovação da Trade Promotion Authority (TPA). Propõe o NFTC, entre outras medidas, que sejam fortalecidas as regras internacionais contrárias a leis e procedimentos que condicionam o acesso ao mercado nacional a investimento local, aquisição de suprimentos locais ou transferência de tecnologia.

Nunca a influência de fatores alheios ao comércio esteve tão presente nas negociações comerciais. Considerações de natureza geopolítica estão se sobrepondo a diferenças internas para permitir a prevalência de interesses concretos, como no caso do acordo EUA-UE e no da Ásia. Esses acordos claramente visam à contenção da China e ao estabelecimento de regras e padrões (standards) que os demais países deverão seguir se quiserem exportar para aqueles mercados.

Finalmente, a desvalorização competitiva das moedas, com a manipulação das taxas de câmbio, permite ganhos comerciais e, no caso de muitos países, anula a proteção legítima representada por tarifas estabelecidas pela OMC.

O Brasil, sem estratégia de negociação comercial e com dificuldades para criar um mercado regional para seus produtos, integrando os demais países num intercâmbio de cadeia produtiva, a exemplo do que ocorre na Ásia e na Europa, está cada vez mais isolado. E se persistir a política de ignorar o que ocorre no mundo, dificilmente poderá associar-se às novas tendências do comércio internacional.

AMIGOS NO PALCO - MÔNICA BERGAMO

FOLHA DE SP - 14/05

Seu Jorge, Marcelo D2 e Marcelo Yuka vão se juntar no novo projeto musical Ao3 (Ao Cubo). A preparação e o registro do espetáculo darão origem a CD, DVD, site, aplicativo para celular e livro. As apresentações acontecerão em São Paulo e no Rio.

AMIGOS 2
Os shows podem ocorrer ainda neste ano. As datas ainda não estão marcadas porque a produção precisa antes captar R$ 2,4 milhões, via leis de incentivo, para realizar o projeto.

NO FORNO
A cúpula do PT recebeu recado do comando do PSB: Eduardo Campos ainda quer ser candidato à Presidência em 2014, mas a empolgação esfriou. A resistência entre governadores da legenda à candidatura, antes explicitada de forma clara apenas por Cid Gomes, do Ceará, aumentou. A pressão do governo e do PT sobre eles também.

NO FORNO 2
O governador Camilo Capiberibe, do Amapá, por exemplo, recebeu recado do PT: o partido, que fez aliança com ele em 2010 e indicou a vice de sua chapa, pode abandonar seu barco se Campos sair candidato. Há alguns dias, Capiberibe disse à coluna: "Não pretendo abrir mão da aliança com o PT, a não ser que venha uma imposição". Ainda que Campos saia candidato, ele abrirá palanque também para Dilma Rousseff.

NO FORNO 3
Outro governador do PSB, Wilson Martins, do Piauí, já disse preferir que o partido só tenha candidato à Presidência em 2018. E na Paraíba ficaria praticamente sepultada a possibilidade de o governador do PSB, Ricardo Coutinho, formar aliança com partidos da base de Dilma --como PT, PMDB e PP, que tem o paraibano Aguinaldo Ribeiro no comando do Ministério das Cidades.

SAINDO DA TOCA
Reynaldo Gianecchini e Maria Fernanda Cândido atuarão juntos no teatro. Os dois começarão a ensaiar "Toca do Coelho", de David Lindsay-Abaire. A direção será do ator Dan Stulbach. A previsão de estreia é setembro, em São Paulo.

A TODO VAPOR
E Gianecchini estreia na quinta, no Rio, "Cruel". O ator estava fazendo o espetáculo em SP quando descobriu um câncer, em 2011.

DATA VÊNIA
Fernando Haddad fará palestra no Iasp (Instituto dos Advogados de SP) na sexta. Ele falará sobre as perspectivas para a cidade e as políticas de sua gestão. O evento, fechado, será no Jockey.

"BBB" FILOSÓFICO
Luiz Felipe Pondé, colunista da Folha, ganhará um programa que mistura reality show e discussões filosóficas na TV Cultura. "Peripatético" será ambientado em uma casa onde o filósofo receberá um grupo de pessoas e debaterá temas como vaidade, casamento, sexo e fé.

CARINHOSO
Três músicos internacionais já acertaram participações especiais no novo álbum do bandolinista Hamilton de Holanda: o cubano Chucho Valdés, o italiano Stefano Bollani e o francês Richard Galliano.

Holanda viaja a Nova York na próxima semana para finalizar o disco "O Mundo de Pixinguinha", dentro do projeto Natura Musical.

DIREITOS IGUAIS
A Sociedade Brasileira de Urologia quer enviar ao Ministério da Saúde proposta de criação de unidades de referência de saúde do homem na rede pública.

"Não queremos a construção de um centro, mas que ele possa existir dentro de alguns hospitais", afirma o presidente da entidade, Aguinaldo Nardi, que debaterá o tema nesta quinta, no Senado.

"HEY JUDE"
Os cantores Blubell, Helio Flanders, Juliana R., Leo Cavalcanti, Mauro Motoki e Pitty participaram do show "Paul - Homenagem a McCartney", na sexta, na choperia do Sesc Pompeia. O humorista Diogo Portugal foi assistir à apresentação com canções do ex-Beatle.

"MOVES LIKE JAGGER"
A ex-modelo e designer de joias Jade Jagger, filha do roqueiro Mick Jagger, veio ao Brasil para ser DJ em uma festa na Oscar Freire. A apresentadora de TV Jana Rosa, o chef Checho Gonzales, o designer Ricardo Don e o cabeleireiro Denny Azevedo foram à inauguração da loja Chilli Beans, no sábado, ouvir o som de Jade.

DE PORTAS ABERTAS
A alameda Gabriel Monteiro da Silva recebeu a terceira edição do Avant Gabriel Chandon. O estilista Valdemar Iódice, o empresário João Doria Jr. e sua mulher, Bia, Alessandra Friedmann, dona da loja La Lampe, Eduardo Estelles, do Empório Vermeil, e Marina Auriemo circularam pelo evento de decoração no sábado.

CURTO-CIRCUITO
A Huis Clos apresenta coleção verão, assinada por Clô Orozco, a partir de hoje, no showroom Casa Moda.

A exposição de fotos "Malditos Fios", de Leão Serva, será aberta hoje, na sede do Ministério Público Federal, na Consolação.

O filme "Giovanni Improtta" terá pré-estreia, hoje, às 21h, no Cinemark Market Place. 12 anos.

O Museu de Arte Sacra abre, às 19h, mostra com 93 peças da coleção de Ruth e Paschoal Grieco.

A marca Dhuo lança coleção verão, às 21h30, no restaurante Rex, nos Jardins.

A plataforma digital Iba promove amanhã, às 20h30, bate-papo com Cristiane Correa, com transmissão pelo site.

Outsider - SONIA RACY

ESTADÃO - 14/05

Dyogo de Oliveira assume a secretaria-executiva da Fazenda, no lugar de Nelson Barbosa, por pouco tempo.
Pelo que se apurou, o novo nome escolhido por Mantega virá de fora do Ministério. E não será Arno Augustin.

Prestígio
Dilma conversou com Alessandro Teixeira, do Desenvolvimento, três dias antes de mandar sustar seu pedido de demissão. Vieram juntos, de Brasília, para a festa da Associação Comercial.

Pimentel estava em Cuba.

Reviravolta
As recentes explicações de Chalita sobre denúncias de malfeitos durante sua passagem pelo governo de São Paulo soaram bem aos ouvidos da cúpula do PMDB. Tanto assim que o partido voltou a falar no seu nome para a disputa pelo Bandeirantes em 2014.

Deixando em pé o novo cabelo de Paulo Skaf – também candidato a candidato do partido no Estado.

Plim, plim
Reação de Skaf: o presidente da Fiesp brilhou a semana passada inteira no horário nobre da TV Globo.

Tour de force
Eduardo Campos dará palestra a empresários amanhã, em Florianópolis.

A convite de Jorge Gerdau.

Mudança?
Lula, que sabidamente prefere Alexandre Padilha para o governo paulista, tem surpreendido interlocutores.

Ultimamente, vem falando bem de José Eduardo Cardozo pelas… costas.

Corra Lola, corra
Empresários coreanos visitaram em peso a unidade do Ministério do Trabalho em SP semana passada. Correram para se adaptar à lei estadual que cassa o registro no ICMS de quem usa trabalho escravo.

A regulamentação do texto – com regras mais duras – passa a valer a partir hoje.

“Inãopode”
O mundo de Iphones e Ipads sincronizados resultou, semana passada, em divórcio. Ao se comunicar com o amante por SMS, conhecida socialite esqueceu de detalhe importante: havia emprestado seu Ipad… ao marido. Resultado? Ele acompanhou toda a “conversa” ao vivo.

Tenho dito
A interlocutores, Joaquim Barbosa tem dito: se o plenário do STF aceitar os embargos infringentes, estará aceitando um novo julgamento.

Tenho dito 2
Leopold Nosek, da Sociedade Amigos da Cinemateca, dá seu veredito sobre a crise na instituição: “É legítimo que haja diferenças de opinião com a mudança no Ministério da Cultura, desde que essas diferenças não se façam por meio de boatos”.

E esclarece: uma auditoria da SAC foi pedida para ratificar outras já feitas e também para acompanhar o processo na CGU. Até meados de junho, prevê Nosek, a crise acaba.

Jet set
Foi relançado mundialmente, ontem, o site Smallworld.

Patrick Liotard-Vogt – que comprou as cotas do produtor de cinema Harvey Weinstein – promete transformá-lo em bússola indispensável para jetsetters.

Jet set 2
Agora, para juntar-se ao clube, não basta pagar os US$ 105 de anuidade. É preciso ser convidado por um sócio.

Objetivo único
Alckmin e Haddad conversam hoje, em Brasília, com Luiz Fux. Pauta? Precatórios.

Queimando a largada - VERA MAGALHÃES - PAINEL

FOLHA DE SP - 14/05

A decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, de considerar ilegais os embargos infringentes apresentados por dois réus do mensalão já era esperada por advogados que atuam no caso. Um grupo chegou a discutir a conveniência de antecipar esse recurso, que, normalmente, vem depois dos embargos de declaração, mas desistiu. Os defensores acharam que seria um erro estratégico adiantar a discussão que, acreditam, será tema de debate acalorado entre os ministros da corte.

Genérico 1 Advogados e ministros do STF criticam a Procuradoria-Geral da República por ter emitido, na semana passada, um documento único para rejeitar embargos de declaração dos condenados no mensalão.

Genérico 2 Nas palavras de um criminalista, o parecer não analisou "erros materiais" que poderiam diminuir penas de condenados. Como exemplo, citam uma lei usada para condenar José Dirceu que não vigorava na época do suposto crime.

Álgebra Caso o recurso seja aceito pelo STF, Dirceu pode ter a pena reduzida e sair do regime fechado. Os advogados acham que Gurgel deveria ter opinado especificamente sobre cada caso.

Low... Advogados que acompanham o inquérito que apura suposto elo de Lula com o mensalão afirmam que o ex-presidente desistiu de tentar obter cópia do documento na Polícia Federal.

... profile A delegada responsável pelo caso, Andréa Pinho, havia negado acesso à defesa do petista, mas Lula não recorreu porque, segundo interlocutores, quer evitar "superexposição".

Agora vai? Na reunião com Michel Temer e ministros ontem, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, aceitou sugestões ao texto feitas pelo vice e por José Eduardo Cardozo (Justiça).

Domado Cunha ficou de conversar com Paulinho da Força (PDT) para tentar um acordo e votar a matéria hoje. Antes, o governo ameaçara romper interlocução com ele.

Outro lado O presidente do PT, Rui Falcão, diz que não pediu para o deputado Luiz Sérgio (RJ) retirar emenda contrária ao governo na MP.

Placar eletrônico O QG de Marina Silva passou a atualizar diariamente o total de assinaturas de apoio recebidas pela Rede. Quer evitar a ideia de que o projeto está estacionado na entressafra das divulgações dos números, que antes eram mensais.

Climão Geraldo Alckmin (PSDB) e seu vice Guilherme Afif (PSD) sentaram em lados opostos durante fala de Dilma Rousseff no encontro Brasil-Alemanha. Foi o primeiro evento com os dois desde a chegada de Afif à Esplanada.

Mais uma chance O Legislativo paulista já tem pronto projeto de resolução para criar um novo auxílio-moradia. O texto prevê reembolso de até R$ 2.850 mensais a deputados que não tenham residência na Grande São Paulo e deve ser discutido hoje em reunião de líderes.

Fora da curva O salário médio dos servidores da Assembleia paulista lotados na creche para filhos de funcionários da Casa supera os R$ 10 mil, incluindo benefícios. A folha de pagamento responde por 80% do orçamento da unidade, que custa R$ 250 mil por mês e atende cerca de 50 crianças.

Abertura O Superior Tribunal Militar enviou 26 mil páginas de processo iniciado na ditadura militar sobre o PCB para serem digitalizadas pelo "Brasil: Nunca Mais digital", projeto do Ministério Público Federal, com apoio da Comissão da Verdade e do Arquivo Público paulista.

com ANDRÉIA SADI e PAULO GAMA

tiroteio
"Nunca antes na história deste país a base governista se pareceu tanto com o Titanic: grande, populosa e pronta para o naufrágio."
DO DEPUTADO WALTER FELDMAN (PSDB-SP), sobre recentes atritos entre partidos que sustentam o governo Dilma Rousseff na votação da MP dos Portos.

contraponto


Nos detalhes
Ao final de um evento da Comissão da Verdade, assessores do grupo se apressavam para que todos desocupassem logo o espaço dentro do prédio que abriga o gabinete da Presidência da República em São Paulo, chefiado por Rose Noronha até a eclosão da Operação Porto Seguro. Haviam prometido entregá-lo até as 18h.

No elevador, já a caminho da saída, a advogada Rosa Cardoso, integrante do grupo, concluiu em tom de brincadeira:

-- Se o final do meu nome tivesse um "e" no lugar "a", a gente não seria cobrado a sair agora!

Desfalque - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 14/05

A única governadora do DEM, Rosalba Ciarlini (RN), recusou-se a participar do programa nacional de TV do partido. Ele vai ao ar no dia 6 de junho e será acidamente crítico ao governo Dilma. Os marqueteiros do Democratas mandaram um texto por escrito sugerindo o que a governadora deveria dizer para os telespectadores. Ela não gostou do que leu e pediu para ficar fora do programa.

Adeus às ilusões
Parlamentares experientes dizem que são "pueris" as ameaças do governo ao líder Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por causa da MP dos Portos. Alegam que ele não está só e que há outros partidos aliados apoiando a emenda aglutinativa, notadamente o PSB e o PR. Quanto às ameaças de demissões, avaliam que seria um erro, pois aliados que hoje estão contra essa MP amanhã estarão a favor de outra, e vice-versa. E, se esse modelo virar regra, o "demite e nomeia" não teria fim. Baseados na experiência dos governos Fernando Henrique e Lula, explicam que, quando a oposição é frágil, os interesses conflitantes na sociedade se organizam no interior da própria base governista.



"Estar aqui não significa que venho à Câmara para dizer amém ao governo ou à Fiesp"
Beto Albuquerque
Líder do PSB (RS), sobre a mobilização para votar a MP dos Portos

A costura
Depois de não aparecer na reunião com a ministra Ideli Salvatti sobre a MP dos Portos, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), reuniu-se à tarde com o vice Michel Temer e os ministros Gleisi Hoffmann e José Eduardo Cardozo.

Tipo exportação
O presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek, está na Guatemala, onde amanhã fará exposição sobre a experiência da relação do Brasil com o Paraguai na hidrelétrica. Autoridades da Guatemala e de El Salvador estarão presentes, pois eles vão construir usina similar na fronteira. A Guatemala também planeja construir usinas com o México.

Antecipando obras
A lista de encargos da Fifa para a Copa não inclui as obras de mobilidade urbana que estão sendo tocadas pelo governo. Os governos Lula e Dilma as incluíram para que elas pudessem ser feitas pelo Regime Diferenciado de Contratação.

Royalties para a Saúde
A bancada da Saúde avisou ao presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), que a proposta de destinar 100% dos royalties do petróleo para a Educação enfrentará resistência. Ela quer que 50% fiquem com a Saúde. Alegam que faltam verbas para o setor nos municípios. "A Educação já tem uma fatia muito grande", argumenta o deputado Osmar Terra (PMDB-RS).

Dramalhão
As queixas de integrantes da base aliada com as reuniões da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) com prefeitos são minimizadas pelo Planalto. Alegam que se reunir uma vez na vida com prefeitos não tira o papel de ninguém.

Estamos conversados
Sobre candidaturas ao governo do Rio, a direção nacional do PT diz que a cúpula do PMDB "não foi taxativa", nas reuniões eleitorais, nem é cabível "ultimato". O PT trabalha com o cenário de duas candidaturas, a do PMDB e a do PT.

PARA O GOVERNO, o vice de Loterias da Caixa, Fábio Cleto, é do líder Eduardo Cunha. Para o PMDB, é do presidente da Câmara, Henrique Alves.

FLÁVIA OLIVEIRA & NEGÓCIOS & CIA

O GLOBO - 14/05

DE VOLTA À DISPUTA PELO PETRÓLEO DO BRASIL
ANP retoma leilões, após cinco anos. Foz do Amazonas deve ser área mais cobiçada. Recorde em bônus foi da 9ª Rodada

Aindústria de petróleo e gás do Brasil retoma hoje a agenda de licitações de áreas para exploração, após hiato de cinco anos. Em dois dias, a ANP vai leiloar 289 blocos em 11 bacias sedimentares. É grande a expectativa em relação às áreas da Foz do Amazonas, no mar do Amapá, uma das novas fronteiras do país. "É uma região pouco explorada, que deverá ser o carro-chefe da 11ª Rodada de Licitações", diz João Carlos de Luca, presidente do IBP. O vaivém da tramitação do novo marco regulatório, em razão da descoberta do pré-sal, não reduziu o interesse dos investidores. Há 64 empresas habilitadas para a disputa, um recorde. Até então, a 9ª Rodada registrara o maior número de candidatos (61). O leilão de 2007 também foi líder em bônus de assinatura. O governo arrecadou R$ 2,109 bilhões pelos 251 blocos arrematados de 1.134 ofertados. "O preço do petróleo hoje até justifica receita alta com bônus. Mas fundamental para o país é ter mais investidores dispostos a encontrar petróleo", diz Alfredo Renault, consultor da área. A estratégia da Petrobras também atrai curiosidade. Há quem aposte que a estatal entrará na disputa em consórcios, para diluir o volume de investimentos.

Fazenda 1
Cresceu 10,2% a arrecadação da Prefeitura do Rio com tributos próprios de janeiro a abril deste ano. ISS, IPTU, ITBI e taxas renderam R$ 3,112 bilhões, contra R$ 2,825 bi no mesmo período de 2012. A Secretaria de Fazenda atribui o resultado ao momento econômico e às ações de fiscalização.

Fazenda 2
No mês passado, o Rio recolheu R$ 585,6 milhões em receitas próprias. Foi alta de 11% sobre abril do ano passado. Só o ISS rendeu R$ 379,7 milhões. Os dados são do “Fazenda em pauta”, boletim mensal que a Fazenda lança hoje.

R$ 344 MILHÕES

Foi o valor que a OGX, de Eike Batista, pagou pelo BM-S-58, em 2007.O bloco, na Bacia de Santos, teve o maior bônus de assinatura de todos os leilões. Tem plano de avaliação de descoberta na ANP.

Rio-Campos
A Azul recebeu autorização da Anac para operar o segundo voo diário entre os aeroportos Santos Dumont, na capital, e Campos dos Goytacazes, no Norte fluminense. É resposta à alta demanda pelo trecho.

A empresa estreou a ligação há menos de dois meses.

Joaninha elétrica
A Nissan assina acordo com a PM do Rio, amanhã. Vai ceder dois carros elétricos Leaf à corporação. Serão usados de agosto a outubro pelo batalhão que patrulha áreas turísticas, na orla da Zona Sul. É projeto piloto no país. Com emissão zero de poluentes, cada carro pode economizar R$ 900 no período para a PM.

ROUPA ÍNTIMA
Neymar estrela acampanha da nova coleção de cuecas e meias sociais da Lupo. Não éa 1ª vez que o craque do Santos aparece em trajes mínimos em comercial de TV. No filme, no ar amanhã, a G2 Brasil explora a irreverência e a simpatia do jogador. Os anúncios de mídia impressa vão circularem junho. Haverá ainda peças para pontos de venda.

É VERAO
AArmadillo produziu três postais para a pré-divulgação da coleção do verão 2014. Serão distribuídos, a partirde hoje,
a jornalistas e profissionais de moda. João Dutra fotografou o modelo francês Baptiste Demay. As peças da coleção, batizada de “Beach Battalion”, serão apresentadas no Salão Bossa Nova. Agrife quer dobrar o número de pontos de venda. Podem chegara 400.

CAMPEÃO
A Raízen, licenciada da marca Shell no país, fez parceria com o InstitutoAyrton Senna. Inicia amanhã ação de marketing, que destinará à ONG, por um mês, parte da renda com a venda de produtos V-Power. Três mil postos de combustíveis de 580 cidades participam. O dinheiro vai beneficiar 67 mil crianças.

TIPO EXPORTAÇAO
ACCM, de moda fitness, éoutra que vai lançar a coleção do verão 2014 no Salão Bossa Nova, hoje. O lookbook da linha Simbiose traz a modelo Natália Zambiazi. O design é da Fábrica de Ideias. As exportações para 20 países, hoje, representam 5% das receitas da marca de Nova Friburgo. A meta deste ano é ampliar em 30%asvendas internacionais. Cerca de 10% devem vir da participação da grife no evento da moda carioca.

BAGAGEM
A Bagaggio, de acessórios e bolsas, lança campanha de Dia dos Namorados e de férias, amanhã. Investiu R$150 mil. Prevê aumento de 50% nas vendas na temporada.

Até julho, a rede pretende inaugurar mais quatro pontos de venda no país. Hoje, tem 78 lojas.

NA PRAIA
A Seal Angel & Co, de moda praia, lança dia 20 catálogo de verão para internet. De hoje a 6ª,participa do Salão Bossa Nova. Prevê faturar 30% mais. Vendida em seis multimarcas no Brasil, a grife fechou com a Enjoy Boutique, de Miami. Será
vendida pela 1ª vez fora do país. 

Dia das Mães
O BarraShopping trocou 38 mil cupons para o sorteio do Audi Q3 na ação de Dia das Mães. O valor das notas bateu R$ 21 milhões, alta de 29% sobre 2012. No Riosul, concorreram ao Citroën D5 20 mil cupons, 33% a mais que em 2012. As vendas cresceram 9%. No Botafogo Praia Shopping, o total de participantes saltou 81% e o tíquete médio, 71%. Já o Boulevard São Gonçalo vendeu 20% mais na data.

Livre Mercado
A La Estampavai expor linha de tecidos para pronta-entrega no Salão Bossa Nova, de hoje a 6ª, n Rio. Investiu R$100 mil.

A PH Praia fez aporte de R$ 80m no evento. Apresentará 127 biquínis do verão 2014.

A designer Silvia Blumberg lança ecojoias inspiradas no Rock in Rio. Quertriplicaro faturamento.

A MUVShoes investiu R$12 mil.

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

FOLHA DE SP - 15/05

BNDES encomenda estudo sobre a indústria química
O BNDES vai financiar um estudo sobre diversificação da indústria química.

O trabalho foi incluído no Plano Brasil Maior, em maio de 2012, dentro da agenda estruturante, de médio prazo.

O consórcio vencedor da licitação do banco foi o da Bain Company e da Gas Energy, que trabalhará por um ano.

"É um ponto de virada para a indústria", diz Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim (do setor).

"O objetivo é permitir um planejamento a longo prazo, ter uma boa análise de mercado e atrair investimentos."

O banco ainda não divulga o valor do estudo. Trabalhos semelhantes costumam custar entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões.

"É uma excelente oportunidade para diversificar e reduzir o deficit da indústria."

O estudo analisará oportunidades, competitividade e tecnologia nas diversas cadeias, incluindo novos produtos de valor agregado.

Uma vez pronto, deverá propor políticas exequíveis que acelerem o desenvolvimento da indústria no país.

O estudo abre possibilidades principalmente para as empresas menores, que não teriam como financiar uma pesquisa desse porte, diz.

A entidade tem cerca de 150 associados. Entre as 35 maiores, quatro são companhias brasileiras.

"O estudo é importante porque a química no Brasil é muito focada em commodities, tem valor agregado baixo", diz Gabriel Gomes, responsável pela área do BNDES.

"O setor é muito susceptível à competição de importados da Ásia e, agora, também dos Estados Unidos, pela matéria prima mais barata."

Vários setores demandantes de química crescem, mas a indústria, não. "Queremos identificar quais produtos poderiam ser feitos aqui, mas não estão sendo feitos".

UNIÃO NA ÁGUA
A consultoria de Gesner de Oliveira, ex-presidente da Sabesp e do Cade, fechou uma parceria com a israelense Miya Internacional, especializada em redução de perda de água.

A GO Associados passa a assessorar permanentemente a companhia, que faz parte do Arison, um grande grupo empresarial de Israel.

O objetivo da Miya é crescer no mercado brasileiro, no qual já atua desde a compra da BBL.

"A empresa tem apetite para aquisições de empresas que tenham expertise e possam oferecer soluções ambientais", diz Oliveira.

Há indústrias que fazem o próprio tratamento do seu afluente, lembra. "Isso não tem nada a ver com a atividade principal da companhia."

Não há concorrência ou conflito de interesse com as empresas que a GO já atende, avalia. "Eles são fornecedores de soluções ambientais. Nossos clientes, operadores."

A israelense foi uma das empresas que operaram na redução de perda de água em Maceió de 68% para 48%. "Ainda alto, mas viabilizou o fim do rodízio na cidade." A média nacional de perda é de 37%.

ALÔ
A TIM investirá aproximadamente R$ 55 milhões até o final do ano para abrir 31 lojas novas.

A operadora deve dar prioridade às regiões Sudeste e Centro-Oeste.

A expectativa da empresa é concluir 2013 com 165 unidades próprias.

A concorrente Claro informa ter cerca de 330 lojas e que planeja aumentar sua capilaridade até dezembro.

A Telefônica Vivo, por sua vez, conta com 313 pontos. A empresa está focando sua expansão no Nordeste.

A Oi não divulgou seus dados. No final do ano passado, porém, a operadora tinha cerca de 200 unidades próprias --41,5% delas no Estado de São Paulo.

RH CONFIANTE
Grandes empresas brasileiras estão, ao lado das chinesas, entre as mais interessadas em aumentar o número de funcionários nos próximos anos, aponta o CRF Institute.

A pesquisa tem como base as 750 empresas de 12 países certificadas neste ano pelo CRF como Top Employers, por terem boas políticas de RH.

O instituto, sediado na Holanda, constatou que 94% das chinesas reconhecidas com o título pensam na expansão de empregos. No Brasil, são 92%.

As empresas escolhidas foram divulgadas em março e, na próxima quinta-feira, participarão de encontro para saber outros dados da pesquisa.

A seleção anual envolve questionários e auditorias externas das candidatas.

PROTESTO EM ALTA
O número de títulos protestados na capital de São Paulo cresceu 20,6% em abril na comparação com o mês anterior, segundo uma pesquisa do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos feita em dez tabeliães da cidade.

No total, foram 73.858 papéis protestados. Em relação a abril do ano passado, a alta foi de 11%.

As promissórias tiveram a maior expansão: 36% ante março. Elas representam cerca de 6,5% do total.

As duplicatas, que correspondem a 70% dos títulos protestados, registraram alta de 18,3% --também na comparação com o mês anterior.

Houve queda nas letras de câmbio, que passaram de 18, em março, para 7, em abril.

ENTRADA PERMITIDA
No ano passado, São Paulo foi a cidade onde mais vistos para os Estados Unidos foram emitidos em todo o mundo (526,6 mil), segundo o departamento de comércio daquele país.

Na segunda posição, apareceu Pequim, com 475,3 mil. Monterrey (399,6 mil) e Cidade do México (374,9 mil) ficaram em terceiro e em quinto lugar, respectivamente.

Os cidadãos mexicanos, no entanto, só necessitam de visto para os Estados Unidos quando viajam com a intenção de trabalhar.

Para promover o destino, o departamento de comércio e a Embaixada Americana realizam o Visit USA Show hoje no Rio e na quinta feira em São Paulo.

Bola... A agência de marketing Aktuell, do empresário Rodrigo Rivellino (filho do ex-jogador Roberto Rivellino), venceu a concorrência para organizar o sorteio oficial da Copa do Mundo de 2014.

...no pé O evento será no dia 6 de dezembro na Costa do Sauípe (BA) e definirá as chaves dos jogos.

Da Etiópia O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa recebeu, na semana passada, o presidente do conselho da Câmara de Comércio da Etiópia, Ayalew Zegeye. Uma entidade de governança será criada no país africano.

Injeção... O Hospital 9 de Julho, em São Paulo, fará um aporte de cerca de R$ 10 milhões em equipamentos e instalações neste ano. O investimento faz parte de um projeto de expansão iniciado em 2012, que demandará um total de R$ 30 milhões.

...na saúde As obras devem ser entregues até dezembro. Com a conclusão do projeto de reformulação, a capacidade de atendimento ambulatorial deverá quadruplicar, passando dos atuais 5.000 pacientes por mês para aproximadamente 20 mil.

Filhos... O Ministério da Pesca e o Sebrae devem assinar hoje um acordo para incentivar a entrada de jovens empreendedores no mercado de produção de pescado. A previsão é iniciar cursos de capacitação técnica em até dois meses.

...de peixe A ideia é reunir participantes de até 29 anos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, inclusive aqueles com tradição familiar na área da pesca, para que tenham a opção de gerar renda com a aquicultura. O acordo valerá por ao menos três anos.