sábado, outubro 26, 2013

Um hackaton na Câmara - CORA RÓNAI

O GLOBO - 26/10
Casa vai receber programadores para criar soluções que ajudem na divulgação de informações
Não me lembro quando foi a última vez que falei bem da Câmara de Deputados, se é que algum dia falei. Como a maioria dos brasileiros, sou uma cidadã em constante sobressalto pelo noticiário que nos chega do Congresso Nacional.
Traumatizei. Mas não é que acabo de receber uma notícia simpática vinda de lá? Quem diria! É o seguinte: a partir da próxima terça-feira, e até sexta da semana que vem, a casa abre para uma turma de 50 programadores e desenvolvedores, que participarão da Primeira Maratona Hacker da Câmara dos Deputados, o Hackathon 2013. A ideia é que, durante esses quatro dias, eles se familiarizem com o que está acontecendo por lá, e que desenvolvam soluções web para, diz o release da Câmara, "ampliar a transparência na divulgação de informações públicas da Casa por meio de tecnologias digitais".

O Hackaton 2013 é também um concurso de aplicativos, que vai distribuir três prêmios de R$ 5 mil aos melhores projetos, e seu objetivo, novamente de acordo com o release, é "mobilizar a sociedade para a busca de melhorias do processo legislativo e do trabalho dos parlamentares".

Gostei muito dessa iniciativa! Acho que se há uma forma eficiente de comunicação entre os parlamentar es e os eleitores, ela passa hoje pela internet. Pelo menos, do ponto de vista dos eleitores; os parlamentares, pelas últimas demonstrações que têm dado, pouco estão se lixando para quem os conduziu aos seus cargos privilegiados . Mas isso é outra história --e reflexo condicionado de brasileira que, mal ouve qualquer referência ao Congresso, já sobe no caixote para manifestar a sua indignação.

O fato é que os 50 participantes do Hackaton vão ter uma boa chance de conhecer o funcionamento da Câmara. Vão participar de debates sobre o processo legislativo, e vão bater papo, informalmente, com o presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e com os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), integrante da Comissão Avaliadora do concurso, e Alessandro Molon (PT-RJ), relator da proposta que cria o Marco Civil da Internet. Na pauta, temas como Software Livre e mandato aberto.

Nos quatro dias da maratona, eles terão à sua disposição um ambiente especialmente preparado, e utilizarão informações legislativas e parlamentares já disponíveis como dados abertos no portal da Câmara. Daniela Silva, do movimento Transparência Hacker, será a moderadora do concurso e vai acompanhar a evolução dos projetos em desenvolvimento pelos participantes. Tomara que a turma não nos desaponte e se saia com bons projetos; e tomara também que esses novos aplicativos sejam de fato implementados.

Estou torcendo.

Ao ver o meu entusiasmo com o Lumia 1020, um amigo me perguntou o que eu mudaria nele, se uma fada madrinha digital me oferecesse três desejos de smartphone . Não precisei pensar muito . O primeiro seria uma câmera mais rápida. O segundo seria uma bateria de vida mais long a. Não que a bateria do 1020 seja ruim; ela é comparável à de qualquer smartphone poderoso, ou seja, chega meio sem fôlego ao fim do dia. Mas é que, com a câmera que ele tem , é muito difícil resistir à tentação de passar o tempo clicando e editando fotos . O terceiro pedido seria um sistema de notificações igual ao do Android, a meu ver imbatível.

De resto , estou cada vez mais convencida de que o meu sistema operacional móvel favorito é mesmo o Windows Phone, elegante, rápido, bem pensado. A falta de aplicativos , constantemente apontada como seu defeito mais grave, vai se resolvendo . O Instagram chega logo , mas nem vou baixar: estou muito contente com o 6T ag, um cliente muito mais prático e bonito do que o IG original.

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