sexta-feira, junho 07, 2013

Tiro ao alvo - VERA MAGALHÃES - PAINEL

FOLHA DE SP - 07/05

Os recentes episódios de violência em São Paulo, com grande exposição na TV e nos jornais, mexeram nos ponteiros das pesquisas que medem a aprovação do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Desde maio, sondagens feitas pelo Palácio dos Bandeirantes mostram queda na avaliação da administração estadual na área da segurança pública --considerada um dos focos de debate para a campanha de 2014, e já sob mira de potenciais adversários, como Gilberto Kassab (PSD).

Viral A queda na avaliação era esperada, mas aliados de Alckmin ficaram surpresos com a rapidez do efeito que tiveram nas pesquisas os casos de latrocínio e arrastões. Os auxiliares atribuem o impacto à divulgação de vídeos de câmeras de segurança com imagens dos crimes.

Vacina A segurança está na pauta dos comerciais de TV do PSDB paulista nos dias 21, 24, 26 e 28, principalmente na capital. Os spots vão mostrar ações de combate ao tráfico de drogas de Alckmin e criticar a entrada de armas pelas fronteiras, responsabilidade do governo federal.

Blindagem Tucanos de SP dizem que Alckmin não interfere nas avaliações jurídicas e políticas sobre o acúmulo de cargos de Guilherme Afif, como sugeriu o ex-governador Cláudio Lembo.

Linha de frente "O ex-governador, na tentativa de defender seu colega de partido, tenta explicar o inexplicável: um vice-governador eleito em aliança contra o PT, agora serve a um governo petista", diz o presidente do PSDB, Duarte Nogueira.

Ação... Do vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), sobre a possibilidade da Procuradoria-Geral da República contestar a criação dos novos Tribunais Regionais Federais: "Se eles quiserem aprovar a PEC 37, entrarão com a ação".

... e reação A proposta de emenda, que está na pauta de votações da Câmara para o dia 26, retira poder de investigação do Ministério Público.

Dono da casa O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), vai receber na segunda-feira os líderes partidários da Casa no Planalto, quando vai ocupar interinamente na Presidência.

Palanque 1 Um dos responsáveis pela costura de 2014 para Dilma Rousseff, Fernando Pimentel tem discutido eleições no próprio Ministério do Desenvolvimento, no horário do expediente. Anteontem, recebeu Rebecca Garcia (PP) às 17h para tratar da disputa no Amazonas.

Palanque 2 Segundo relatos, o ministro disse à candidata ao governo que a presidente vê com bons olhos novas lideranças, sobretudo mulheres, e que não haveria veto a ter dois candidatos da base no Estado. Além de Rebecca, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB), postula a vaga.

Outro lado A assessoria do ministério diz que Pimentel recebe deputados, senadores, prefeitos e governadores toda semana. Segundo a pasta, Pimentel e Rebecca, que é secretária de governo, trataram de temas ligados à Zona Franca e à Suframa.

Azarão Além de Aécio Neves (PSDB), Marina Silva e Eduardo Campos (PSB), pesquisas que chegam ao governo registram intenções de voto para Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, à Presidência.

Prévia Luís Roberto Barroso visitou ontem o STF pela primeira vez depois de indicado para a corte. Além de assistir a sessão e confraternizar com os colegas no cafezinho, visitou seu futuro gabinete para tomar pé da pilha de processos que o espera.

com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

tiroteio
"Ficou claro que, no dicionário do governo federal, a palavra acordo' significa mentira'. É desonesto firmar pacto e depois rasgá-lo."

DO DEPUTADO PAULINHO DA FORÇA (PDT-SP), criticando os vetos da presidente Dilma a artigos acordados na Medida Provisória dos Portos.

contraponto


Quem avisa amigo é
O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), se encontrou com Guido Mantega (Fazenda) na quarta-feira e pediu ampliação do crédito para a dívida agrícola.

--É melhor ampliar, pois senão pode haver problema na segunda-feira -- arrematou.

O peemedebista repetiu a advertência três vezes, até que Mantega perguntou o que aconteceria na segunda.

--Eu vou ser presidente da República, e algum ministro pode ser demitido...

--Nesse caso, melhor eu ir para Portugal com a presidente --respondeu rapidamente o titular da Fazenda.

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