sábado, abril 06, 2013

FLÁVIA OLIVEIRA - NEGÓCIOS & CIA

O GLOBO - 06/04

Empregadores e autônomos preferem se definir como comerciantes. Pacificação, para eles, só teve efeito na segurança

O Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets) mergulhou no mundo dos microempreendedores de comunidades com UPP, num estudo para o Sebrae/RJ, em 2012. A pesquisa joga luz em percepções e necessidades desses empregadores e autônomos que, para começo de conversa, rejeitam a nomenclatura vinda do asfalto. Preferem ser chamados de comerciantes ou negociantes, pontua Maurício Blanco, um dos responsáveis pelo trabalho. A equipe investigou 20 comunidades pacificadas, do Santa Marta à Cidade de Deus e à Rocinha. De cara, descobriu que, na visão do grupo, as UPPs só tiveram impacto positivo significativo na segurança (melhorou para 35% a 40%). A avaliação geral é de que não houve aumento nas vendas nem nos lucros; custos não diminuíram; a relação com fornecedores não mudou, sublinha Manuel Thedim, também do Iets. Cezar Vasquez, do Sebrae/RJ, que elabora pacote de serviços sob medida para empreendedores das comunidades, diz que a pacificação é precondição para a formalização e a reorganização dos negócios: "A experiência em áreas não pacificadas mostra que é difícil começar a trabalhar. A UPP derruba essa barreira".

4,6% têm assessoria contábil

Os empreendedores valorizam a assistência em gestão, marketing, contabilidade, mas não têm acesso aos serviços. Sebrae/RJ montará oficinas e designará "tutores" para empresas em comunidades. 

A caminho
De cada quatro empresas inscritas na ANP para a 11ª Rodada, uma (26%) é estreante em leilões no país. A agência cadastrou 71 companhias, 19 são petrolíferas de primeira viagem. Elas vêm de 13 países; três são do Brasil.

Na camisa
Os 12 maiores times de futebol do Brasil devem arrecadar R$ 240 milhões com patrocínios em camisa este ano. É queda de 30% sobre 2010, mostra estudo da Traffic Sports. A falta de habilidade dos clubes para gerir marcas será tema de curso, no Rio, mês que vem.

À luta
Rodrigo Minotauro e Wanderley Silva serão palestrantes do iPlanet, evento de TI, 4ª feira, em SP. Foram contratados pela Officer para estimular profissionais do setor a seguirem na luta. O maior cachê chega a R$ 50 mil.

Casa portuguesa
A Judice &Araujo, de imóveis de alto luxo, fechou com a imobiliária Porta da Frente, de Portugal. Vão integrar bancos de dados e atendimento.

Residencial
A Odebrecht Realizações Imobiliárias lança semana que vem residencial na Estrada dos Bandeirantes, perto da Vila dos Atletas, no Rio. O Wind terá 260 unidades e deve bater R$ 100 milhões em vendas. 

Dormentes
A Vale vai transformar dormentes da ferrovia Vitória a Minas (EFVM) em carvão vegetal para siderúrgicas. Fornecerá 72 mil toneladas a uma empresa de Aracruz (ES). O carvão produzido equivale a 200 mil pés de eucalipto. A Vale vai economizar R$ 10 milhões e ganhar R$ 180 mil.

Geradores
As receitas mundiais da Aggreko, de fornecimento temporário de energia, bateram R$ 4,839 bilhões ano passado, alta de 13% sobre 2011. Os lucros somaram R$ 1,186 bilhão, contra R$ 1,042 bi em 2011. Espera repetir a expansão de dois dígitos nos próximos cinco anos.

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