terça-feira, abril 30, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

“Separou, separou. Cada um vai para seu lado cuidar da vida”
José Guimarães (PT-CE) sobre a demissão dos indicados de Eduardo Campos (PSB)


DILMA DIZ ESTAR ‘ENGESSADA’ SOBRE TERRAS INDÍGENAS

Vaiada ontem por produtores rurais na entrega de ônibus escolares em Campo Grande (MS), a presidente Dilma pediu aos senadores Delcídio Amaral (PT) e Waldemir Moka (PMDB) para monitorar a demarcação de terras indígenas no Estado, que motivou o protesto. Em conversa reservada, Dilma disse estar “engessada” até que o STF decida sobre o caso Raposa Serra do Sol para balizar critério único às demarcações.

SÓ APÓS O MENSALÃO

Em 2009, o STF decidiu manter demarcação contínua da terra indígena Raposa Serra do Sol (RR), mas até hoje não julgou os recursos.

IMPASSE JURÍDICO

Com a indefinição, a Funai se recusa a obedecer as determinações da Suprema Corte enquanto o processo não transitar em julgado.

FOGO AMIGO

O PMDB-MS vê no PT a origem das denúncias que revelaram a troca de adesivos dos ônibus escolares para deixar só a marca estadual.

ESTADOS RIVAIS

Para piorar o clima após as vaias, Dilma cometeu gafe imperdoável aos sul-mato-grossenses. Chamou o Estado de Mato Grosso.

PF: R$ 400 MIL PARA BUSCAR PRESOS EM PORTUGAL

Habitué dos jatinhos da Polícia Federal, o traficante Fernandinho Beira-Mar vai morrer de inveja: a volta ao país de 14 brasileiros presos em Portugal custou quase R$ 400 mil aos cofres públicos, em recente operação da PF no jato ERJ-145 até Lisboa. Foram 25 horas de voo ida e volta – cerca de US$ 7 mil a hora voada – fora as diárias dos sete tripulantes e da escolta de 28 policiais, num total de US$ 200 mil.

SAUDADES DO BRASIL

Os presos sentenciados em tribunais portugueses apelaram à Convenção de Viena, que permite cumprir pena no país de origem.

NO ATACADO

Policiais receberam US$ 700 de diárias, totalizando cerca de US$ 24,5 mil. A passagem SP-Lisboa-SP custa em média R$ 3,5 mil pela TAP.

FOLGADOS

A estimativa é que apenas metade dos parlamentares deverá dar as caras hoje no Congresso. Votação, só onde houver consenso.

AMNÉSIA

O tresloucado deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), que só disputa derrota, está pendurado no site do Tribunal Superior Eleitoral com a prestação de contas da campanha ao governo, em 1994. Derrotado.

TRÂMITE FOI ‘LEGAL’

Em parecer técnico que será entregue nesta terça ao STF, o Congresso alegará que a tramitação da proposta que tenta subjugar o STF “seguiu o rito determinado pelo regimento interno”.

ESCOLHA DE SOFIA

Após meses de disputa com o senador Randolfe Rodrigues (AP) pela candidatura do PSOL ao Planalto, a ex-deputada Luciana Genro (RS) desistiu e se indicou para vice. Randolfe torce o nariz para ela e ainda não decidiu se será derrotado para presidente ou para governador.

ASSALTO NOS CÉUS

Quem viajou ontem pela Gol do Rio para Porto Seguro (BA), percurso de mil quilômetros, pagou R$ 4 mil de ida e volta. A Anac autoriza as empresas a explorar à vontade, em nome de “liberdade tarifária”.

RISOTO DE CAROÇO

O governador Tarso Genro (PT-RS) doou em Jerusalém 11,4 mil toneladas de arroz a refugiados palestinos, um dia antes da prisão de seu secretário do Meio Ambiente, Carlos Niedersberg, por corrupção.

CÓPIA DO CAXIXI...

Além de cópia deslavada do chocalho africano caxixi da capoeira, a caxirola de Carlinhos Brown custa R$ 29. ONGs africanas vendem o caxixi original por US$ 9,95 na Amazon.

...PRODUZ RUÍDO RUIM

A imprensa europeia ironizou a caxirola, transformada em artefato pela torcida baiana: “fez barulho pelas razões erradas”. E pediu que seus ouvidos sejam poupados de ruído tão desagradável, na Copa.

ABOBRINHA À ITALIANA

Em entrevista ao jornal comunista italiano L’Unità, o terrorista italiano Cesare Battisti acusou o grupo Abril de “boicotar” a distribuição de seus livros e estranhou ainda não ter o documento de imigrante no Brasil.

PENSANDO BEM...

...o primeiro artigo de Lula no New York Times deveria ser O mensalão de Lincoln.


PODER SEM PUDOR

CHEIRO DE VITÓRIA

Orestes Quércia (PMDB) contava que só 45 dias antes teve certeza de que venceria a eleição do governo de São Paulo, em 1986. Eram 5h da manhã e, de megafone em punho, ele pedia votos na porta de uma fábrica. De repente, aproximou-se um Opala Diplomata branco (o carro mais chique da época) e dele desceu um homem elegante, de sorriso confiante. Era Fernando Henrique Cardoso, candidato ao Senado pelo PMDB, que ainda não havia comparecido a um só comício dele. Quércia foi à forra, aos gritos:

- Vencemos! Vencemos! Isso é uma prova que vamos vencer! - disse, apontando em direção a FHC. Atônito diante do deboche geral, ele voltou ao Opala branco e sumiu. E jamais perdoou a desfeita de Quércia.

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