quinta-feira, fevereiro 07, 2013

De malas... - SONIA RACY

O ESTADÃO - 07/02


Multinacionais que atuam no ramo de óleo e gás decidiram “expatriar” profissionais por causa do cancelamento de contratos com a Petrobrás.
Para não perder mais dinheiro, preferem manter funcionários em unidades fora do País durante o primeiro semestre.

...prontas

A movimentação começou a ser desenhada em 2012. Destinos? Oriente Médio e Sudeste Asiático são os mais frequentes. A área de Engenharia Química é uma das mais afetadas.

Vale quanto pesa

Com patrimônio líquido de R$ 26 bilhões, ativos de R$ 400 bilhões e a discrição de sempre, o Grupo Safra - rede internacional de bancos controlada pela família Joseph Safra- divulgou, ontem à noite, seu resultado de 2012.
Destaque, no Brasil, para os ativos consolidados (R$ 111,5 bilhões) e a classificação de sua carteira de ativos, de R$ 57,3 bilhões. Na escala de risco estabelecida pelo BC, 88,2% dos papéis fecharam o ano classificados nos níveis AA e A.
Lucro? De 19,6% sobre o patrimônio líquido. Isto é, cerca de R$ 1,3 bilhão no ano.

Cooperação

José Eduardo Cardozo está em La Paz para se reunir com Carlos Romero, ministro de Governo da Bolívia. Em pauta, acordos para reforçar o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas.
Principal ponto? Permissão para que veículos aéreos não tripulados da PF sobrevoem espaço aéreo boliviano.

How much?

Prova de que o brasileiro está gastando mais lá fora: segundo números fresquinhos da Visa, cartões pré-pagos para compras bateram na casa dos US$ 800 milhões em 2012. Contra US$ 640 milhões em 2011.

Resistência

A TV Brasil lança, em março, a série Resistir É Preciso. Em dez episódios, tratará do embate entre imprensa e ditadura militar.
Aguinaldo Silva, Franklin Martins, Juca Kfouri e José Hamilton Ribeiro participam.

Eclética

Megan Fox, estrela do camarote da Brahma, quer sopas e chás - de jasmim e verde - em sua passagem pelo Brasil. A surpresa é que a musa também pediu carne vermelha, cookies, bacon e… toucinho de peru. Seria para o marido, Brian?

Folia lucrativa

Uma das pioneiras dos camarotes de carnaval em Salvador, Daniela Mercury comemora 20 anos de seu sucesso O Canto da Cidade. A diva dos trios elétricos, que contabilizou retorno de R$ 30 milhões no ano passado, já tem agenda cheia para depois da folia: quer se encontrar com ACM Neto e Marta Suplicy. Um dos objetivos da cantora é atrair os olhares do poder público para transformar a indústria cultural em negócio.

O carnaval é uma festa muito rentável para Salvador. E, no ano passado, houve uma onda de violência pré-folia…

Temos de repensar o carnaval. É uma festa que movimenta em torno de R$ 1 bilhão, com 2 milhões de pessoas, e é feito quase totalmente pela iniciativa privada. A prefeitura e o governo entram só com a infraestrutura, os banheiros, o policiamento. A festa acontece por iniciativa dos artistas, dos blocos e dos empresários.

Você afirmou que vai conversar, depois do carnaval, com o novo prefeito e também com a ministra da Cultura.

Sim, porque a prefeitura de Salvador compete, na captação de recursos, com os artistas. E nós só nos viabilizamos através de patrocínio. Acho que é preciso se enxergar de maneira profissional. Não podemos tratar a cultura e o entretenimento como algo que precisa de caridade. Odeio isso. A gente gera muito dinheiro. Meu camarote, por exemplo, que foi o primeiro institucional (há 18 anos), ano passado trouxe de retorno R$ 30 milhões para a cidade. Isso é o que o governo gasta só com a infraestrutura do carnaval. Eu, sozinha, pago em mídia o que o governo investe. Imagine todos nós juntos.

Acha que o carnaval é subestimado economicamente?

O mercado criativo nacional precisa ser levado a sério. É hora de enxergar a importância da indústria criativa brasileira. E a gente trabalha com muito pouco respaldo. Há alguns anos, pedi ao BNDES que abrisse uma linha de financiamento para o mercado cultural e consegui isso. Pedi também ao Senado que aprovasse uma lei desonerando a exportação de cultura - que já está passando nas comissões. Precisamos ser tratados como as outras indústrias, porque divulgamos o País lá fora. /MARILIA NEUSTEIN
“Maior que no Rio”

O Sebrae estima que cerca de 40 mil vendedores ambulantes, entre licenciados e não-licenciados, atuem no carnaval de Salvador - um faturamento bruto superior a R$ 125 milhões nos dias de festa. Só este pequeno quesito dá a dimensão do que é, hoje, a folia baiana. Para falar um pouco sobre a festa, a coluna entrevistou o novo prefeito da cidade, ACM Neto.

O senhor assumiu a prefeitura agora. O que mudou?

Em 30 dias, não pude alterar muita coisa. Mas, em 2014, farei mudanças. Quero, por exemplo, que nosso carnaval seja autossustentável.

Como assim?

Vamos gastar R$ 35 milhões este ano. De patrocínio, serão R$ 20 milhões. Ou seja, teremos de colocar R$ 15 milhões dos cofres baianos.

Qual a ênfase do senhor?

Estamos agindo com rigor nos serviços públicos. Limpeza, por exemplo. Tínhamos 1,4 mil sanitários no ano passado e, agora, serão 2 mil. E, com a Ambev, montamos 16 espaços climatizados - tipo contêiner - com ar-condicionado e banheiros. Para o trânsito, estamos melhorando o sistema de sinalização e fluxos.

Haverá mais segurança?

Teremos uma central de acompanhamento, câmeras de monitoramento distribuídas por toda a cidade. Vamos assistir a tudo o que acontece e agir no que for preciso.

Mais alguma novidade?

Criamos o projeto-piloto de um “Afródromo” e vamos estreá-lo com desfile de Carlinhos Brown. Pretendo ampliar isso em 2014. E mais: o Itaú investiu na Praça Castro Alves e está montando um palco para atrações locais e internacionais. Haverá trios elétricos saindo de lá. E vamos disponibilizar wi-fi gratuito para 1 milhão de pessoas.

Gosta de carnaval?

Nossa, se gosto! Comecei minha vida profissional na área, trabalhando em carro de bloco de apoio.

Pretende fazer o carnaval de Salvador maior que o do Rio?

Acho que a pergunta deveria ser: quando é que o carnaval do Rio conseguirá ser maior que o de Salvador?(risos) Eduardo Paes terá de rebolar para nos passar.

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