segunda-feira, fevereiro 18, 2013

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

Duelo Barbosa x Lewandowski continua no STF

Como ministro-revisor do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski manteve áspero duelo com o relator Joaquim Barbosa, e as rusgas continuam, embora silenciosas. Atrasos freqüentes e permanência nas sessões por pouco tempo são vistos por aliados de Barbosa como tentativas do atual vice-presidente do STF de dificultar o quorum e a agenda fixada pelo presidente Joaquim Barbosa.


Como deputado

Aliados de Joaquim Barbosa também notam que Lewandowski mantém no STF rotina comum entre parlamentares, atuando de terça a quinta.


Professor

Amigos de Lewandowski lembram que ele dá aulas em faculdade do Rio, daí sua necessidade de se ausentar de Brasília.


Trabalho grátis

A CUT se mobiliza contra o tradicional voluntariado nas Copas da Confederação e do Mundo. Alega que a Fifa é rica, pode pagar.


Caixa de maquiagem

Suspeitando de fraude no governo, o PSDB promove amanhã encontro sobre “Contabilidade criativa: a maquiagem das contas públicas”.


Projeto de lei pode inviabilizar partido de Marina

A Câmara dos Deputados deverá votar projeto de lei que aumenta de 492 mil para 1,5 milhão o número de assinaturas necessárias para a criação de um novo partido. Caso aprovada, a proposta pode inviabilizar a tentativa da ex-senadora Marina Silva, que conquistou mais de 20 milhões de votos nas eleições presidenciais, de criar uma nova legenda, pela qual disputaria a sucessão de Dilma em 2014.


Lei anti-Marina

Aliados de Marina suspeitam de dedo do governo na proposta, que tramita em caráter de urgência. Poderia eliminar adversária de Dilma.


Sobrevivência

Traumatizados após perder filiados para o PSD de Gilberto Kassab, partidos menores e de oposição a restrição a novas agremiações.


Festival

Autor da proposta, Lincoln Portela (PR-MG) diz que o objetivo é coibir o “festival de partidos” que estão sendo criados após o êxito do PSD.


Deixa pra lá

Próximos de Dilma admitem que ela poderá abrir mão da reeleição em prol do guru Lula, em 2014. Não teria sido picada pela “mosca azul” do poder e passar o bastão ao criador seria sua “missão cumprida”.


Jânio, o filme

Histórias do “Poder sem Pudor” desta coluna sobre Jânio Quadros serão dramatizadas no primeiro longa sobre o ex-presidente, que será interpretado pelo ator Reynaldo Gianecchini. Com roteiro de Nelson Valente e do ator Paulo Figueiredo, depois deve virar minissérie na TV.


Bye, Rose

A licitação para reforma do escritório de representação em São Paulo, revelada pela coluna, foi cancelada pela Presidência da República. Dilma fechou-o após o escândalo da Operação Porto Seguro.


Pizza no forno

O Itamaraty padece do mesmo cacoete das demais corporações, no serviço público brasileiro: denúncias contra diplomatas são investigadas por colegas diplomatas. Melhor receita para pizza.


Cenário dantesco

Ministérios sem dinheiro, cargos lotados, órgãos de controle fiscalizando qualquer erro e cobranças impiedosas de madame. É o que aguarda cada novo ministro. E ainda há quem queira.


Burocratas do ar

O Banco do Nordeste ignora solenemente a medida provisória, assinada por Dilma em agosto passado, que manda renegociar dívidas dos agricultores. Vinte mil entraram na justiça contra o banco. Dilma deu solução, mas os burocratas de Fortaleza não estão nem aí.


Que acordo?

O governo indiano anunciou uma Carta de Intenções com o Brasil para cooperação em mineração, após visita do ministro do Aço, Beni Prasad Verma, há dias. O governo brasileiro esqueceu de fazer o anúncio.


Alternativa

Uma ONG ambientalista do Rio propõe metade dos R$ 176,7 milhões ao governo do DF para operar aterro sanitário na capital. A licitação foi suspensa pelo Tribunal de Contas por suspeita de irregularidades.


Pensando bem...

...depois da renúncia do Papa e da queda de um meteorito na Rússia, agora só falta a assessora “Rose” abrir a boca.

Poder sem pudor

O brejo cresceu

Inveterado otimista, o então senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO) ainda acreditava nas chances de José Serra contra Lula, em 2002, prometendo “lutar até as cinco da tarde de domingo”. Mas, logo antes das eleições, um jornalista perguntou:
- O senhor não acha que a vaca já foi pro brejo?
Ele respondeu na bucha:
- Não, mas admito que deu uma paradinha. E o brejo está crescendo.

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