terça-feira, janeiro 01, 2013

Todos contra - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 01/01


A presidente Dilma avisou ao PT que não apoiará em hipótese alguma o projeto que regula os meios de comunicação e que não aceita propostas que restrinjam a liberdade de imprensa. O PMDB está em campanha contra o texto, com o aval do vice Michel Temer. O PT, que culpa a mídia pelas condenações dos mensaleiros, quer tratar do tema com prioridade este ano.

Vai empacar
A depender da bancada do Rio, o Congresso só irá apreciar o veto dos royalties no fim deste ano. Adiada para fevereiro, a votação vai sofrer forte obstrução. O deputado Alessandro Molon (PT-RJ) fez as contas: 205 projetos relativos aos 3 mil vetos têm que ser votados antes dos royalties, segundo determinou o STF. Para cada projeto, dez deputados podem discursar no plenário por seis minutos. Então, serão 2.050 oradores falando por 12 mil minutos. Dividindo esse tempo, chega-se à necessidade de 50 sessões do Congresso. Sendo otimista, calculando duas sessões por semana, e descontando recessos de janeiro e julho, estaremos em... dezembro.

“Há 12 anos o setor elétrico é gerenciado pessoalmente pela presidente Dilma e só agora vem admitir que falta manutenção”
Bruno Araújo
Deputado federal PSDB-PE

Cotado
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) pode voltar à liderança do governo na Câmara, substituindo Arlindo Chinaglia (PT-SP). Pesa na decisão do Planalto o trânsito que o gaúcho tem em todas as bancadas e as trapalhadas de Chinaglia, principalmente, na insistência em votar o veto dos royalties, enquanto Dilma era contra.

Pouca força
O Planalto cogitava para a liderança do governo na Câmara o deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Mas ele acabou perdendo força porque não conseguiu unir sua própria bancada para ser eleito vice-presidente da Câmara.

Expandindo os negócios
Os Correios começam o ano diversificando os negócios. A empresa estatal abrirá um escritório em Miami e lançará celular com sua marca. Deve ainda entrar nas licitações do trem-bala e da privatização dos correios de Portugal.

O PMDB e a reforma ministerial
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN) diz que a escolha do ministro Gastão Vieira (Turismo) foi da bancada e não do presidente do Senado, José Sarney (AP). Sobre as mudanças que a presidente Dilma vai fazer na esplanada, Alves diz que o partido perdeu ministérios importantes como Saúde e Comunicações, e que acredita que será agora melhor compensado.

Um passo para trás
O DEM vai dar um passo para trás nas eleições de 2014 para ver se consegue retomar crescimento. A ideia é lançar seus principais políticos a deputado federal, como o ex-vice presidente Marco Maciel (PE), e o ex-senador Heráclito Fortes (PI).

Maior ainda
Com as posses de prefeitos, hoje, em todo o país, o PT ampliará o número de deputados na Câmara. Entrarão três petistas que ficaram na suplência em vagas originalmente do PMDB e PSB. O PT passará de 86 para 89 deputados.

Dobradinha.
PSB ensaia aproximação com PSDB na votação de projetos relacionados ao pacto federativo. Socialistas divergem do governo.

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