terça-feira, setembro 11, 2012

CLAUDIO HUMBERTO

“Ação orquestrada com divisão de tarefas típicas de grupo criminoso”
Ministro Joaquim Barbosa (STF) sobre lavagem de dinheiro no esquema do mensalão

LULA EXIGE QUE DILMA E MARTA AJUDEM HADDAD

Foi muito dura a conversa de Lula com Marta Suplicy, semana passada, onde não faltaram até mesmo ameaças de rompimento político, caso a senadora não se integrasse imediatamente à campanha de Fernando Haddad (PT) para a prefeitura paulistana. Surtiu efeito: já no dia seguinte, Marta apareceria ao lado do petista. O tom foi parecido, embora mais respeitoso, na conversa com Dilma.

COMPENSAÇÃO

Lula anda tenso com o risco de derrota do PT na maioria das capitais, mas está feliz com a queda livre de José Serra (PSDB) em São Paulo.

NO PALANQUE

Após a longa conversa com Lula, Dilma comunicou ao PRB de Celso Russomano que não poderá mais evitar o palanque de Haddad.

BOTTOM NO PEITO

Até a conversa com Lula, Dilma planejava participações ocasionais em comícios, Brasil afora. Mas a ordem agora é engajamento total.

BOM PARA OS OUTROS

Além de São Paulo, Lula prioriza BH. E fez Dilma gravar depoimento na TV elogiando Patrus Ananias, cuja presença em seu governo ela vetou.

DF: DILMA MANDA RETIRAR PLACAS QUE NÃO CITAM PAC

Circulando na cidade sempre em helicóptero, Dilma foi de carro a um evento em Brasília, há dias, e ficou muito irritada com placas de obras espalhadas pelo governo do DF. E quando madame fica irritada, sai de baixo. Em telefonemas coléricos, ela ordenou a imediata retirada das placas para incluir o detalhe de que é federal o dinheiro que financia as obras, como as do PAC.

“FORA DO PADRÃO”

O governo do DF nega haver recebido uma bronca da presidente, mas admite que algumas placas “estão fora do padrão” e serão refeitas.

BANHO DE LOJA

O 4º Balanço do Ministério do Planejamento, saindo do forno, indica que o DF terá R$ 14,38 bilhões de obras do PAC I e II.

CASA DE FERREIRO

O berço do ex-líder já viveu dias melhores: os metalúrgicos do ABC cruzaram os braços por mais salários, culpando a sucessora de Lula.

ESPELHO MEU

A opção de Dilma pelo ministro Teori Zavascki (STJ) à vaga de Cezar Peluso, confirmada ontem, foi antecipada nesta coluna no dia 26. Será o segundo catarinense na história do Supremo Tribunal Federal.

ESCOLHA ELOGIADA

A escolha de Teori Zavascki foi bem recebida nos meios jurídicos de Brasília. É considerado um dos ministros mais bem preparados do Superior Tribunal de Justiça. É sério, estudioso, avesso a badalações.

SEM CLIMA

Alunos da Faculdade de Direito da USP ameaçam boicote e até greve, caso o ilustre professor Ricardo Lewandowski apareça para dar aulas. Desde 2004, ele é professor na USP, onde ingressou por concurso.

RIA COM MANTEGA

A revista Forbes chamou de “decepção estonteante” a redução constante do PIB do Brasil: ora 4%, após 1,62%, quem sabe 1,64%. E ironizou: o governo lembra os policiais de pastelão de filme mudo.

VEXAME EM LONDRES

Autoridades brasileiras e britânicas saíram irritadas do início solene da contagem regressiva para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, sexta (7), na Casa Brasil, em Londres. Alguns foram barrados.

S.O.S PM

Após mais um menor assassinado, a Secretaria da Infância do governo do DF fez um apelo para que a PM faça uma revista minuciosa e assuma a vigilância no Caje, uma Febem piorada.

PERSPECTIVAS

O presidente do DEM, José Agripino (RN), garante não existir “qualquer discussão sobre fusão” com o PSDB, até porque o partido lidera as pesquisas em Salvador, Aracaju, Fortaleza, Macapá e Vila Velha.

VITÓRIA HISTÓRICA

Para o deputado Fábio Ramalho (PV-MG), o “PT foi muito amador” ao recusar a vice do prefeito Márcio Lacerda por conta de chapa de vereadores: “Em Belo Horizonte, há tradição de reeleger o prefeito”.

PENSANDO BEM...

...neste ano eleitoral, palhaços e malabaristas do Circo Tihany, na Esplanada dos Ministérios, já têm mais tempo de Brasília que deputados e senadores. 


PODER SEM PUDOR

O FRACO DO JOÃO

Na campanha de 1982, João Cordeiro de Sobral disputou a Prefeitura de Salto do Céu (MT). Boa praça, querido na cidade, tinha um sério problema: era mulherengo. Certo dia, num comício, dirigiu-se aos candidatos ao governo, Júlio Campos, e ao Senado, Roberto Campos:

- Como não podem dizer que sou vagabundo ou ladrão, resolveram explorar minha fraqueza pelo sexo feminino. Só esqueceram de dizer que sou bom pai e bom marido. Não é, Adalgisa?

Sua mulher, ao lado, balançou a cabeça, concordando:

- ...e nesta praça - arrematou - as senhoras sabem que foram felizes todas as mulheres que desfilaram na passarela do meu coração!

Júlio e Roberto Campos, incrédulos, anteviram uma derrota. Mas, nas urnas, Sobral deu um banho de votos nos adversários.

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