domingo, agosto 12, 2012

À companheira Dilma - VERA MAGALHÃES - PAINEL


FOLHA DE SP - 12/08


Cinco centrais sindicais do país formalizarão apoio à greve dos servidores federais e repudiarão, em nota oficial, o que chamam de "autoritarismo" do governo nas tratativas com o funcionalismo. No texto, a ser divulgado hoje, as entidades dizem ser legítima a paralisação que afeta 30 categorias e criticam o corte do ponto dos grevistas. "É justamente a falta de negociação, postura adotada pelos governos passados, que gerou descontentamento generalizado dos servidores."

Todos por um Subscrito pela CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT, o documento apoia ainda o pleito de grevistas quanto à regulamentação, em lei, da Convenção 151 da OIT, que trata do direito de negociação coletiva para solução de conflitos.

Morde e assopra Auxiliares de Dilma avaliam que o governo deveria ter apostado em uma dobradinha entre Miriam Belchior e Gilberto Carvalho, como Lula fazia com Paulo Bernardo e Luiz Dulci, para dialogar com os grevistas. Enquanto Bernardo endurecia, Dulci amaciava.

Concreto Um dos projetos que serão entregues ao setor privado no pacote que o governo anuncia nesta semana é a construção de pistas extras da rodovia Dutra na serra das Araras (RJ), avaliado em até R$ 2,5 bilhões.

Luz Já a concessão do setor elétrico está prevista para setembro. O governo deverá prorrogar as concessões em vez de promover novo leilão, como quer Paulo Skaf (Fiesp).

Bandeira Skaf já avisou que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal e consultará três ex-ministros da corte, Ellen Gracie, Sidney Sanches e Nelson Jobim, para elaborar pareceres contra a decisão.

Marca Embora o nome de Plano Nacional de Logística drible o carimbo de privatista, há no governo quem defenda slogan mais chamativo para o pacote. Brasil Eficiente é uma das opções.

Uma mão... Na esteira da defesa de José Dirceu, outros advogados do mensalão preparam novos memoriais aos ministros do STF. Evocarão teses de colegas que já falaram para contestar crimes atribuídos a seus clientes.

... lava a outra Luciano Feldens e Antonio Almeida Castro, que defendem Duda Mendonça e Zilmar Fernandes, vão usar o argumento de Alberto Toron de que o Gilmar Mendes não aceitou o crime de lavagem de dinheiro contra João Paulo Cunha em 2007 porque o deputado mandou a própria mulher sacar dinheiro no Banco Rural.

Jurisprudência Segundo os advogados, isso não caracteriza ocultação da transação. "No nosso caso, foi a própria Zilmar que foi sacar o dinheiro'', justifica Castro.

Hora extra Após mais de cinco horas diárias de sessões do mensalão, vários ministros têm feito reuniões com as equipes nos gabinetes para organizar as informações e debater os fatos do dia.

Oremos O ministro Marcelo Crivella (Pesca) negocia com o missionário R.R. Soares e com o apóstolo Estevam Hernandez o apoio das igrejas Internacional da Graça de Deus e Renascer em Cristo à candidatura de Celso Russomanno (PRB) em São Paulo.

Comercial Preocupado em padronizar a propaganda dos 170 candidatos a vereador de sua coligação, ao QG de José Serra centralizará a produção das inserções de TV, que entram no ar dia 21.

Massificação Na tentativa de compensar a ausência de Dilma em seu palanque eletrônico, Fernando Haddad (PT) espalhou 12 mil cavaletes e seis milhões de panfletos em que aparece ao lado da presidente e de Lula.

com FÁBIO ZAMBELI e ANDRÉIA SADI

tiroteio
CPIs podem ter provas inválidas, mas quem não reclama na hora não pode reclamar depois. A Justiça não socorre a quem dorme.

DO DEPUTADO MIRO TEIXEIRA (PDT-RJ), defendendo o uso em juízo de documentos obtidos em investigações parlamentares, como no mensalão.

contraponto


Corrida maluca
A ministra Cármen Lúcia, do STF, destoa dos colegas por não utilizar carro oficial do tribunal. Certa vez, ela foi ao gabinete trabalhar num sábado e, na saída, pegou um táxi na Praça dos Três Poderes.

Ao começar uma conversa com o taxista, ele disse que era estudante de Direito e mostrou livros jurídicos, um dos quais escritos pela passageira.

-Sou ministra do Supremo e escrevi esse seu livro -, disse a atual presidente do TSE.

Incrédulo, o motorista não conteve um comentário:

-É, madame, a praça anda meio esquisita...

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