sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Queda de braço - ILIMAR FRANCO

O GLOBO - 24/02/12


 COM FERNANDA KRAKOVICS 


Os comandantes das Forças Armadas caíram em cima dos presidentes dos clubes militares por causa do manifesto com críticas à presidente Dilma. O motivo de insatisfação dos militares da reserva é com a Comissão da Verdade. Os comandantes reclamaram que o texto extrapolou o debate de ideias e foi desrespeitoso com a presidente. Uma nota de desautorização do manifesto ficou no site do Clube Militar por cerca de 20 minutos, na tarde de ontem, e depois foi retirada. O tempo foi considerado “suficiente” pelos militares da reserva.

Os pontos da discórdia
A questão urbana não será problema na votação do Código Florestal na Câmara. O governo aceita retirar do texto a exigência de 20 metros quadrados de área verde por pessoa nas expansões urbanas e a necessidade de recomposição da vegetação às margens de rios nas cidades. Essa também não é uma prioridade para os verdes.

A briga será em torno da anistia para quem desmatou ilegalmente — no caso, o resgate da emenda 164 — e da proteção dos manguezais. Outros pontos polêmicos são a proibição de pastagens em encostas e topos de morro com declive acima de 25° e a definição do que é a função estratégica da produção rural. 

“A Saúde no Brasil está se transformando, cada vez mais, em caso de polícia” — Pedro Simon, senador (PMDB-RS), sobre a morte do filho do presidente da Embratur, Flávio Dino, em um hospital em Brasília 

BOMBEIRO. O vice-presidente Michel Temer, na foto, está agindo como mediador nas negociações do Código Florestal. Ele tenta evitar uma radicalização do PMDB, já que o relator do projeto, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), é da bancada ruralista. O governo quer manter o texto aprovado no Senado. Na primeira votação do Código na Câmara, ano passado, Temer bateu boca com o então ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.

Sem espaço
Um integrante do PR ironiza a sondagem feita pela ministra Ideli Salvatti para saber se o partido se contentaria com outro cargo sem ser o de ministro dos Transportes.“Iam nos oferecer o quê? O Ministério da Cultura?”, questiona ele.

Pressa
Preocupado com o atraso na tramitação da Lei Geral da Copa na Câmara, o governo quer jogar para o Senado a discussão de pontos em que há divergência com a Fifa, como a responsabilidade civil da União por danos ocorridos no torneio.

Fashion Câmara
A Câmara havia encomendado um novo modelo de bottom para diferenciar os deputados de primeiro mandato. O objetivo seria evitar problemas com os seguranças. Mas o novo modelo não agradou aos deputados, e a Câmara teve que voltar ao modelo antigo, mais parecido com uma joia, para todos. Os dois mil novos bottons custaram R$ 4.380. Como não agradaram, a Câmara teve que gastar mais R$ 2.980.

Climão
O Congresso retoma os trabalhos na semana que vem com um clima de insatisfação na base aliada. Deputados continuam reclamando por terem demandas por cargos não atendidas e do bloqueio das emendas ao Orçamento.

Mantra
Autor do requerimento de audiência pública sobre a reintegração de posse de Pinheirinho, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) aproveitou a presença de moradores do local para distribuir seu livro sobre o Renda Mínima.

OUTROS VOOS. O carnavalesco Paulo Barros, da vitoriosa Unidos da Tijuca, filiou-se ao PSDB. Pretende disputar uma vaga de vereador.

INSURREIÇÃO. Presidente do PSDB da Bahia, Sérgio Passos não reconhece acordo feito pelo presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, para apoiar ACM Neto (DEM) em Salvador. Diz que o candidato será o deputado Antonio Imbassahy (PSDB).

RESCALDO. O deputado Chico D’Ângelo (PT-RJ) teve o celular furtado no Bola Preta sábado.


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