quarta-feira, novembro 30, 2011

Caiu a ficha - ILIMAR FRANCO



O GLOBO - 30/11/11

Aressionado pelos prazos para aprovar a DRU, o Planalto pediu à área econômica que avalie aumentar recursos para a Saúde. A ideia tem o apoio da oposição e o aval do PT e do PMDB. Não serão os 10% da emenda Tião Viana, mas um valor superior aos 7% em vigor. O governo já trabalha com o cenário de convocação extraordinária do Congresso entre o Natal e o Ano Novo. A indefinição joga para o ano que vem a votação do Orçamento.

Assinaturas para emendar a DRU
O foco do governo é impedir que a oposição apresente emendas à proposta de prorrogação da DRU. Se isso acontecer, a matéria volta para a Comissão de Constituição e Justiça. Para apresentar emendas, é preciso ter 27 assinaturas. A oposição chegou a ter 36 assinaturas numa emenda à DRU. Mas ela foi feita na proposta errada, a do líder do governo Romero Jucá (PMDB-RR), e não ao texto aprovado na Câmara. A oposição corre para coletar de novo estas assinaturas.

"Se o governo puder aumentar o orçamento da Saúde, tudo fica mais fácil, até um acordo com a oposição” — Humberto Costa, líder do PT no Senado (PE)

MORDAÇA. O presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), foi enquadrado pelo partido. Ele chegou a defender, no momento mais agudo de denúncias e críticas contra o ministro Carlos Lupi (Trabalho), que ele deixasse o cargo. Mas os trabalhistas fizeram a opção de sustentar Lupi na pasta, em uma estratégia para evitar que a sigla perca o comando do ministério. Paulinho saiu de cena.

Cobrança
A cúpula do PT se reuniu ontem com ministros do partido, com exceção de Alexandre Padilha (Saúde), e cobrou que eles recebam os parlamentares petistas. Também foram discutidas estratégias para as eleições do ano que vem.

Só as grandes
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) apresenta hoje, na Comissão de Seguridade, proposta criando a Contribuição Sobre Fortunas. 56 mil pessoas com patrimônio superior a R$ 4 milhões teriam de pagá-la. A receita iria para a Saúde.

Os ratos: uma saga do PT ao PSDB
Os ratos roendo a Bandeira Nacional, exibidos na TV pelo PT em maio de 2002 para atacar o governo Fernando Henrique, foram ressuscitados ontem na propaganda do PSDB, para atacar o governo Dilma. Naquela época, o ex-presidente Fernando Henrique classificou a peça de "nazista". Se era antes, é agora. A então presidente do PT mineiro, deputada Maria do Carmo Lara, afirmou que a propaganda petista não era "desrespeitosa". Não era lá, não é aqui. A disputa entre o PT e o PSDB é uma espécie de vale-tudo. E como diria o comunicador José Abelardo Barbosa, o Chacrinha: na propaganda política "nada se cria, tudo se copia".

Pulando fora
O ministro Garibaldi Alves (Previdência) agradece, mas diz que não é candidato a presidir o Senado. "Dois Alves não passam", explicou, referindo-se à candidatura do primo, o líder do PMDB, Henrique Alves (RN), na Câmara.

Tirando o time
O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), lisonjeado, afirma que não cogita ser candidato à presidência do Senado. Acrescenta, com ironia, que isso não será um problema, pois "há muitos pretendentes ao cargo" no PMDB e também no PT.

CÓDIGO FLORESTAL. O líder do PMDB, deputado Henrique Alves (RN), tenta emplacar o nome de Paulo Piau (PMDB-MG) ou de Edinho Araújo (PMDB-SP) na relatoria do Código Florestal na Câmara.

OS PETISTAS planejam convidar para depor, na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, o integrante do Conselho Fiscal do PSDB João Faustino.

MESMO 
não sendo mais do PV, a ex-senadora Marina Silva vai pedir votos para os candidatos a prefeito do PV no Rio, a vereadora Aspásia Camargo; em Nova Iguaçu, o deputado estadual Xandrinho; e em Macaé, o deputado federal Dr. Aluizio.

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