sexta-feira, agosto 26, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


Fundo imobiliário oscila menos que ações do setor
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 26/08/11

Os fundos imobiliários oscilaram bem menos do que as ações de companhias do setor da construção civil na Bolsa de Valores do Estado de São Paulo nesses dias de alta volatilidade e queda nos mercados financeiros.
Muitos fundos ficaram com cotas estáveis e alguns chegaram a ter valorização no pior dia da crise, apesar da queda de papéis das empresas no mercado à vista.
"O fundo imobiliário é mais resiliente, o que mostra que o investidor nessa aplicação é diferente. Ele quer diversificação e olha mais para o longo prazo", afirma Fábio Nogueira, diretor e sócio-fundador da Brazilian Finance Real Estate.
De acordo com Nogueira, a valorização do BC Fund I foi de 19% desde o início deste mês até ontem.
Os fundos imobiliários continuam a crescer. Em janeiro, havia 109. Em julho, eram 122. Pedro Junqueira, da Unqbar, empresa especializada em finanças, diz que o incremento nesse mercado se deve ao bom momento do setor imobiliário e ao fato de não se pagar imposto de renda sobre o rendimento.
Hoje, a CVM analisa mais sete pedidos para constituição de fundo. Em julho, dois foram aprovados (o Mercantil do Brasil e o BM Cenesp, também da Brazilian Finance Real Estate).
O vice-presidente do Banco Mercantil, André Brasil, diz que o fundo foi criado para transformar capital imobilizado em capital de giro.

COMPRAM-SE QUARTOS
A BHG (Brazil Hospitality Group) fechou ontem a compra de cinco hotéis em Belém (PA) do Grupo MB Capital.
Dois deles já estão prontos. Os outros estão em obras. Em 2013, quando o último ficar pronto, a empresa terá 1.010 apartamentos a mais na carteira. Hoje são 34 hotéis com quase 7.000 quartos no país.
"Com isso teremos sete empreendimentos em Belém", afirma Pieter van Voorst Vader, presidente da empresa.
A BHG compra, administra e constrói hotéis. A MB Capital é uma holding de negócios com foco em incorporação imobiliária, turismo e outros.
A entrada da BHG no Norte começou em 2010 com a compra de dois hotéis também em Belém. Vader não descarta mais negócios na região.
"Não vamos ficar parados. Mas tudo depende de negociações. O que procuramos são áreas em perfil de crescimento para turismo de negócios. Não procuramos resorts", afirma.

Mercosul terá maior inflação do mundo em 2011, diz estudo

Os países do Mercosul apresentarão a maior taxa de inflação do mundo neste ano, de acordo com levantamento da consultoria EIU (Economist Intelligence Unit).
A média do índice de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, que ainda depende da aprovação do congresso paraguaio para ser membro pleno do bloco, será de 9,3% em 2011, segundo a entidade britânica.
A forte demanda interna é um dos principais motivos para a alta da inflação, de acordo com a EIU.
"A taxa está elevada devido à Argentina e à Venezuela", diz o professor de comércio exterior da FGV-SP Evaldo Alves, que destaca o grande deficit fiscal desses países.
A inflação no setor de serviços, impulsionada pela alta da renda média no bloco, é uma das variáveis que está acima das outras regiões do mundo, segundo Paulo Tigre, economista da UFRJ.
"Houve aumento da demanda, mas o número de profissionais disponíveis não cresce na mesma velocidade, o que influencia diretamente no preço pago pelo consumidor", afirma Tigre.

PÉ NO ASFALTO
A Petrobras fechou acordo de cooperação tecnológica com a concessionária Rota das Bandeiras para o estudo de tipos de pavimentos que sejam mais eficientes.
Nos próximos três anos, serão realizados testes nas estradas controladas pela concessionária, que administra o Corredor Dom Pedro, que passa pelas cidades paulistas de Atibaia, Campinas, Jundiaí, Jarinu, entre outras.
Os profissionais que desenvolverão os testes de fórmulas de asfalto serão cedidos pela Petrobras. A Rota das Bandeiras, do grupo Odebrecht, disponibilizará técnicos para a medição e manutenção do trecho sob pesquisa.

Balanço... A Cyrela mantém hoje 1.400 homens em uma obra na Zona Sul de São Paulo, em um projeto que ocupa terreno de mais de 70 mil m2 ao lado da Ponte Transamérica. Com entrega da primeira fase para 2012, o empreendimento recebe por dia cerca de 60 caminhões para levar a matéria prima das 1.744 unidades em condomínios residenciais, torre comercial e escritórios.

...da obra Agora a empresa se prepara para iniciar um canteiro de obras na Zona Leste, com área total a ser construída de 132 mil m2 em torres comerciais e residenciais. Atualmente em fase de escavação, 250 caminhões por dia irão retirar mais de 190 mil m3 de terra no terreno onde cerca de 900 homens erguerão mais de 2 milhões de blocos de concreto e três toneladas de aço.

PACIENTE CORPORATIVO
No topo da lista das doenças que mais abalam os executivos brasileiros está a rinite, que atinge cerca de 28% dos profissionais analisados em levantamento da operadora de saúde Omint.
Também são graves as dores no pescoço e nos ombros (20,5%), causadas por má postura e tensões musculares devido a estresse.
Os que sofrem de obesidade são 18,5%. Cerca de 17% têm sintomas de ansiedade.
Entre os fatores de risco para doenças cardiovasculares, o colesterol é o mais comum, atinge 11,6% deles.
Muitos casos podem ser tratados com prevenção.
"Para as empresas, é bom investir em prevenção, pois, além de motivar o colaborador, permite melhor gestão do custo com saúde", diz André Coutinho, diretor-geral da Omint no país.
O estudo abordou 15 mil executivos de alta gerência e direção das empresas da carteira da Omint.

com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ

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