segunda-feira, junho 13, 2011

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO


Superavit comercial cresce 58,5%
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 13/06/11

O superavit comercial brasileiro cresceu 58,5%, no acumulado do ano, até o dia 9, e atingiu US$ 10,3 bilhões.
No ano passado, o saldo comercial nessa mesma data foi de US$ 6,5 bilhões.
O superavit resulta de exportações acumuladas de US$ 100 bilhões.
Apesar do aumento no número de importações, o Brasil mantém um registro de 30% nas vendas externas, enquanto as importações avançam 28%, em média.
A meta de exportação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior é atingir US$ 245 bilhões (cerca de R$ 386 bilhões) até dezembro de 2011.
Entre as razões para o avanço do superavit estão a manutenção da alta das commodities e, de outro lado, a queda de preços de produtos que o país importa, em razão do arrefecimento da economia nos países desenvolvidos. Sem contar a redução da demanda por importados por conta do freio na economia.

JUROS PARA FACULDADES

A Ideal Invest e o banco Itaú Unibanco fecharam parceria para o setor de crédito universitário. A empresa, gestora do programa Pravaler, espera absorver as faculdades clientes do banco.
"Atuaremos em mais sete Estados", diz o presidente da empresa, Oliver Mizne.
Desde o início do ano, os alunos não pagam juros sobre as mensalidades de algumas faculdades. Os juros, segundo Mizne, são pagos pelas próprias entidades.
O índice de inadimplência é de 3% e os alunos pagam, em média, juros de 5% ao ano, incluindo aqueles que ingressaram em 2011.
Os estudantes pagam metade do valor da faculdade durante o curso, com desembolso médio de R$ 400 por mês. O restante é pago após a formatura, em período de mesma duração do curso. "Com o financiamento, os alunos fazem cursos melhores e mais caros."
No Fies (Financiamento Estudantil do governo), os juros são de 7,5% ao ano para alunos que não fazem pedagogia ou cursos de tecnologia, e o tempo para pagamento é mais extenso.

OS MILIONÁRIOS

O Brasil tem quase 5.000 milionários com patrimônio superior a US$ 30 milhões, segundo levantamento da consultoria e empresa de pesquisas Wealth-X.
Esse número coloca o Brasil no topo do ranking dos ultramilionários da América Latina, com 31% de participação na região.
A consultoria estima que 15.125 latino-americanos possuem riqueza de ao menos US$ 30 milhões.
Somadas, as fortunas desses ultramilionários da América Latina atingem aproximadamente US$ 2,3 trilhões.
O México está em segundo lugar do ranking, com 19%, seguido pela Argentina (7%).
As informações para o cálculo do patrimônio incluem imóveis, ações de empresas, coleções de arte, aviões, dinheiro em banco, entre outros ativos.

ESCRITÓRIOS LOCADOS

A taxa de vacância dos escritórios em São Paulo é a mais baixa do continente americano, de acordo com estudo da consultoria Jones Lang LaSalle.
O índice da capital paulista foi o único que ficou abaixo de 7% no primeiro trimestre deste ano.
Com poucas unidades disponíveis na cidade, o preço dos aluguéis aumentou quase 30% no mesmo período.
A inauguração de novos empreendimentos nos próximos meses deve desacelerar o crescimento dos aluguéis, segundo a consultoria.
A média de vacância nas oito cidades do continente americano analisadas na pesquisa ficou em 17,5% nos três primeiros meses de 2011.
Na Europa e no Pacífico-Asiático, a taxa de vacância é menor, de 10,3% e 10,9%, respectivamente.

CHURRASCO PRÉ-CRISE
Após um ano sem abrir restaurantes, a rede de churrascarias Fogo de Chão retoma os planos de expansão.
A empresa vai inaugurar até o final deste mês a sua primeira unidade no Rio de Janeiro e, até março de 2012, mais duas no território norte-americano.
A unidade carioca, que recebeu investimentos de R$ 12 milhões, ficará sob o Mourisco Mar, um complexo de esportes aquáticos do clube Botafogo.
"Restauramos o prédio, sem modificar o projeto original, datado de 1962", diz Arri Coser, sócio-fundador da rede, que tem como sócia a GP Investimentos, com 35% de participação.
Os restaurantes nos EUA serão em Las Vegas e em Orlando, com inaugurações previstas para novembro próximo e março do ano que vem, respectivamente.
Essas unidades receberam investimentos de US$ 10 milhões (cerca de R$ 16 milhões). "Com a recuperação econômica do país, voltamos aos números de 2007, pré-crise", diz Coser.
Com as inaugurações previstas, a rede passará a ter sete restaurantes no Brasil e 18 nos Estados Unidos.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ

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