domingo, junho 05, 2011

ILIMAR FRANCO - O diagnóstico


O diagnóstico 
ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 05/06/11

Além do caso Palocci, o que mais preocupa a presidente Dilma é a crise interna do PT. Seus líderes estão em guerra na Câmara. Quando o episódio Palocci for ultrapassado, a presidente Dilma vai chamá- los ao Planalto para colocar ordem na casa. Agora que baixou a temperatura, muitos auxiliares da presidente Dilma começam a dizer que, na votação do Código Florestal, o governo perdeu uma emenda, fato esse que foi superdimensionado.

Governo é contra supercomissão
O governo não quer nem ouvir falar da criação de uma comissão com o objetivo de avaliar a constitucionalidade das medidas provisórias. A proposta consta no texto do senador Aécio Neves (PSDBMG), aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O líder do PT, Humberto Costa (PE), diz que a bancada não aceita acordo, em hipótese alguma, sobre o aprovado pela CCJ: “Esta comissão vai criar um ambiente de barganha. Extrapola qualquer poder, porque não cabe recurso. Nenhuma comissão tem esse caráter terminativo.” O ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) diz que “esse é o problema”.

"Nós somos a nação que mais produz alimentos de forma sustentável; a nação que produz grandes quantidades de alimentos e preserva seu patrimônio ambiental” — Waldemir Moka, senador (PMDB-MS)

ME ENGANA. A ministra argentina Débora Giorgi (Indústria) e o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, firmaram um acordo informal de convivência e tolerância. Cada país fará o que tem que fazer, e ninguém reclama. O Brasil vai manter os licenciamentos não automáticos, que atingem os argentinos, mas têm por objetivo, sobretudo, reduzir o passo das importações de carros de outros países. E os argentinos manterão a operaçãopadrão na fronteira para tentar garantir sua competitividade.

Na corrida
A avaliação do PMDB é que o adversário do partido na disputa pela presidência da Câmara, na sucessão de Marco Maia (PT-RS), não são os petistas, mas o relator do Código Florestal, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

Guerra judicial
A oposição não vai refazer a votação na Comissão de Agricultura que convocou o ministro Antonio Palocci para depor. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), terá de assumir o ônus de impedi-la. A oposição vai ao STF.

Almoço privê

O governo brasileiro resolveu esconder o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, no almoço que vai lhe oferecer no Itamaraty. Diferentemente do que ocorre nessas solenidades, ele não será recebido na Sala Brasília, que pode receber mais de 200 convidados. A refeição será servida na Sala Rio de Janeiro, usada para convescotes de 30 pessoas. O Itamaraty está providenciando rampas para
que Chávez, com o joelho machucado, desloque-se. 

Então ‘tá’
Já há irritação no PMDB com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Contam que o novo filiado acha que deveria ser o presidente regional. E que teria dito que ele é quem deveria disputar a prefeitura de São Paulo ao deputado Gabriel Chalita.

Guerra anunciada
O esperado julgamento da fusão Sadia-Perdigão no Cade, esta semana, é o maior desafio da gestão de Fernando Furlan. Já está sendo chamado de novo Nestlé-Garoto, que, após ter seu casamento negado, foram parar na Justiça. 

 O LÍDER do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), discorda da avaliação que a sua tendência, a Mensagem, está sub-representada no governo Dilma. Ele diz que a Mensagem esta sobrerrepresentada, ocupando os ministérios da Justiça e da Educação.
 ESTILO. Os petistas garantem que o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) não deixa o governo por sua própria conta. Se ele vier a sair, terá sido porque a presidente Dilma Rousseff determinou.
● OS ALIADOS avaliam que o ministro Antonio Palocci cometeu um erro ao dar sua primeira entrevista sobre a denúncia 19 dias depois de ela ter sido feita.

Nenhum comentário: