quinta-feira, dezembro 16, 2010

ILIMAR FRANCO

Negromonte 
 Ilimar Franco 

 O Globo - 16/12/2010

Depois de ter feito escolhas que desagradaram às bancadas do PMDB e do PT, ontem a presidente eleita, Dilma Rousseff, atendeu a bancada do PP e definiu que o deputado Mário Negromonte (BA) será o ministro das Cidades. Sua decisão foi comunicada ao presidente do partido, senador Francisco Dornelles (RJ), e o convite a Negromonte será feito nos próximos dias. O atual ministro, Márcio Fortes, será aproveitado em outra função.

Maomé vai à montanha
Está elevada a autoestima da Polícia Federal. Ontem de manhã, numa atitude incomum, o futuro ministro José Eduardo Cardozo foi à sede da PF e por três horas reuniuse com o diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, e demais diretores. Cardozo queria conhecer a distribuição dos efetivos da polícia e os projetos de cada uma das diretorias. À tarde, recebeu da Federação dos Delegados uma lista de indicações obtida pelo voto da categoria. Na transição, diz-se que o nome mais forte é o do superintendente no RS, Ildo Gasparetto. Na cúpula da PF, a torcida é pelo diretor de Combate ao Crime Organizado, Roberto Troncon.

Depois da posse
A criação efetiva do Ministério das Micro e Pequenas Empresas e a escolha do futuro ministro deve ficar para depois da posse, em janeiro. A presidente eleita, Dilma Rousseff, só vai fechar seu Ministério na próxima terça-feira (21).

Sondagem
O deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), que não se reelegeu, está para ocupar um cargo no Ministério da Justiça. Ontem à tarde, ele participou de uma longa reunião com o futuro ministro José Eduardo Cardozo. Depois disso sumiu.

A candidatura Aldo Rebelo
O Bloquinho, formado por PSB-PDT-PCdoB, vai se reunir na terça-feira para decidir se disputará as eleições para a presidência da Câmara. O DEM e o PRB têm simpatia pelo lançamento do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) para o cargo. Até lá, o PSDB, que decidiu reexaminar sua posição diante da escolha de Marco Maia pelo PT, anuncia se apóia ou não uma segunda candidatura dos partidos da base do governo Dilma.

Dilma: entre dois nomes na Saúde
O nome do futuro ministro da Saúde ainda não foi definido pela presidente eleita, Dilma Rousseff. Ontem, seus auxiliares diretos diziam que os nomes mais fortes para o cargo eram: o superintendente do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, Gonzalo Vecina; e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Vecina tem o aval da senadora Marta Suplicy (PT-SP). Padilha tem apoio no Congresso e dos funcionários da pasta. Ele é servidor de carreira da Funasa.

DERROTADO oculto na disputa interna do PT: o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (SP) também viu fecharem a porta à sua pretensão de voltar a comandar a Casa.

O FUTURO ministro da Previdência, Garibaldi Alves, convidou, ontem, e o atual ministro, Carlos Eduardo Gabas, vai voltar para a Secretaria-Executiva da pasta.

POMPOSO. Ontem, na solenidade dos oito anos do governo Lula, o ex-ministro José Dirceu respondeu para um repórter: “Eu não vou falar nada, porque tudo que eu falo vira manchete.”

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