quinta-feira, setembro 30, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Por maior retorno, eólica busca equipamento chinês 
Maria Cristina Frias 

Folha de S.Paulo - 30/09/2010

Preocupado com a queda cada vez maior do preço final do megawatt nos leilões de energia eólica, Otávio Silveira, presidente da Galvão Energia, pretende pesquisar na China equipamentos necessários para suas usinas.
A empresa, que arrematou a concessão de quatro usinas de geração de energia eólica a serem implantadas no Rio Grande do Norte, no mês passado, tem de investir R$ 1,5 bilhão em equipamentos, segundo Silveira.
"Na China, o valor da compra cairia de 15% a 20%, mas seria R$ 1,5 bilhão que poderia estar investido no Brasil e vai para fora, gerando emprego para chineses", diz.
"Diferentemente de americanos e europeus, não trazem a fábrica para o Brasil. O emprego fica lá e eles vendem com uma solução de financiamento acoplada", afirma Silveira.
"Ficamos entre pensar no país e na sobrevivência da empresa."
A Galvão Energia vendeu cada MW pouco acima dos R$ 134,50, dentro do preço médio atingido no primeiro leilão de 26 de agosto, o LFA (Leilão de Fontes Alternativas), enquanto as empresas que participaram do segundo leilão ocorrido no mesmo dia, o LER (Leilão de Energia de Reserva), venderam a mesma energia por cerca de R$ 122,00 em média.
A queda de quase 10% sobre os preços médios do primeiro leilão- que já representaram um patamar inferior ao leilão feito em 2009 e à expectativa do mercado- provocada pela forte concorrência no setor, começa a inviabilizar empreendimentos.
"Não acreditamos que esse preço vá se sustentar, mas, como empreendedores, não podemos esperar", afirma.

"O governo produz tanta competição na geração de energia eólica que isso começa a comprometer a saúde do setor"

"Com 2.000 MW por ano comercializados pelas empresas, R$ 6 bilhões em equipamentos podem deixar de ser comprados no Brasil"
OTÁVIO SILVEIRA
presidente da Galvão Energia

Cartão de crédito lidera reclamações de produto não solicitado no Procon

Os Procons de todo o país receberam 2.304 reclamações por envio de serviço ou produto não solicitado entre julho de 2009 e junho deste ano, segundo o Sindec (Sistema de Informações de Defesa do Consumidor), do Ministério da Justiça.
Os cartões de crédito estão no topo da lista, com 1.323 reclamações, seguidos pelos bancos, com 367.
O envio de cartões não pedidos não é o único problema, segundo Renata Reis, técnica do Procon-SP.
"Consumidores que nem receberam os cartões entram em sistemas de proteção ao crédito por dívidas. Se possuem cartão, recebem fatura com seguro e título de capitalização não contratados."
Apesar dos números altos, as demandas da área parecem cair no Procon-SP. No primeiro semestre, o órgão recebeu 285 reclamações do tipo, ante 779 em todo o ano anterior, segundo o órgão.

Saúde Os planos exclusivamente odontológicos cresceram 1,8% no segundo trimestre, informa o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar. O aumento é de 242 mil beneficiários. A modalidade avançou menos que os planos médicos. Os planos por adesão caíram 0,6%. Houve alta de 3,8% na faixa acima de 59 anos.

Construção O projeto de revitalização do Largo da Batata, em São Paulo, vai receber o empreendimento DNA Pinheiros, que está sendo desenvolvido pela Lucio Engenharia. A incorporadora prevê investimentos de cerca de R$ 30 milhões no projeto, voltado ao público solteiro de poder aquisitivo elevado.

REUNIÃO DE CONDÔMINOS

O Bradesco lança nesta semana uma linha de crédito voltada para reformas de condomínios residenciais e comerciais no país.
O Secovi-SP (Sindicato da Habitação) afirma que o projeto de financiamento corresponde a um antigo pleito dos condomínios de São Paulo.
Os recursos serão usados para financiar obras como reformas de fachadas, modernização de elevadores, individualização de água, entre outros, segundo o Secovi, que se reuniu com banco para discutir o projeto.
Para ter o empréstimo, o condomínio deve ser correntista do banco e representado legalmente pelo síndico.

PILHADO

Depois do Nordeste e do Estado de São Paulo, as pilhas alcalinas Red Force chegam ao Sul. A empresa, com sede em Campinas (SP), abriu neste mês uma filial em Santa Catarina.
A meta é atingir 25 mil pontos de venda nos três Estados até o fim do ano.
O próximo passo, para o início de 2011, é começar a distribuição nos demais Estados do Sudeste.
"Vamos entrar forte na região com a expansão da nossa linha, para pilhas comuns, baterias e lanternas", diz Renato Maudonnet Jr., sócio da empresa.
As pilhas Red Force são fabricadas na China. "O país produz 90% do produto comercializado no mundo. O custo lá é menor. Há incentivos governamentais e mão de obra mais barata."
A empresa planeja abrir até o final do ano uma filial em Recife. "O Nordeste representa 60% das nossas vendas. Só Pernambuco é responsável por 35%", diz.
A tendência do mercado é crescer, segundo o empresário. "Com o aumento da renda das classes C e D, um número maior de pessoas tem acesso a aparelhos de TV, de som e DVD, todos com controle remoto que usam pilhas."

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