terça-feira, julho 20, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Após venda para Carlyle, CVC se prepara para abertura de capital 
Maria Cristina Frias

Folha de S.Paulo - 20/07/2010

Após ter sido comprada em janeiro pelo fundo americano Carlyle, a CVC se prepara para a abertura de capital.
A operadora de turismo acaba de criar uma vice-presidência de administração e finanças, guiada para implementar práticas de governança corporativa, reestruturar custos e controles.
O executivo nomeado para tocar a área é Luiz Fernando Fogaça, que ocupou posição de diretoria no Grupo Femsa.
"Estamos unindo em uma vice-presidência as duas áreas que já existiam como diretorias separadas. O objetivo é suportar o crescimento da empresa, tornar os processos mais previsíveis e implementar alguns controles que seriam necessários para abrir capital", diz Fogaça.
A ideia é deixar a empresa pronta para o IPO em 2011. "Dependerá das circunstâncias do mercado, mas a previsão é colocar a companhia pronta no final do ano que vem", afirma o executivo.
O fundo americano de "private equity" impulsionou a decisão, segundo Valter Patriani, presidente da operadora. "É evidente que a chegada do Carlyle nos dá suporte para isso. Ele tem grande experiência em administração financeira e abertura de capital. A CVC já tinha planos, mas o Carlyle suporta isso de forma forte."
Nesta semana, a CVC abre a loja própria de número 500. Até 2013, a meta é ter mil unidades. "Queremos aproveitar o crescimento da nova classe média", diz Patriani.

O objetivo é suportar o crescimento da empresa, tornar os processos mais previsíveis e implementar alguns controles para abrir capital
LUIZ FERNANDO FOGAÇA
novo vice-presidente de administração e finanças da CVC Brasil

É evidente que a chegada do Carlyle nos dá suporte. Ele tem experiência em administração financeira e abertura de capital
VALTER PATRIANI
presidente da operadora

IMÓVEL RESIDENCIAL MAIS CARO
Com um baixo nível de estoque de imóveis disponíveis para locação na capital paulista, a demanda permanece superior à oferta, o que mantém as taxas de reajustes acima da inflação, segundo estudo do Secovi-SP.
No entanto, o ritmo de aumento da procura por imóveis está se desacelerando na cidade de São Paulo.
Os valores de contratos novos de locação residencial assinados em junho na cidade aumentaram em média 0,3% na comparação com o mês anterior, de acordo com levantamento mensal realizado pela entidade.
O índice registrado no mês passado foi o mais baixo desde o apurado em janeiro, quando os preços de locação de imóveis residenciais haviam subido 0,2%.
"Isso mostra que a corrida por imóvel para alugar está diminuindo", afirma Francisco Virgílio Crestana, do Secovi-SP.
No acumulado dos últimos 12 meses, até junho, o aumento dos valores locatícios é de 11% -percentual superior ao da variação média de preços apontada pelos indicadores de inflação.

Chave... A modalidade garantia com fiador foi a mais usada nos contratos de locação residencial, sendo a opção de 49% dos imóveis alugados no mês passado na capital paulista, segundo o Secovi-SP. O depósito, de até três meses, ou caução foi usado em 31% dos contratos e o seguro-fiança, em 20% deles.

...de casa As casas e os sobrados foram os tipos de imóveis locados mais rapidamente no mês passado na cidade de São Paulo. Tais moradias demoraram de 11 a 27 dias para serem alugadas. Os apartamentos escoaram mais lentamente, com Índice de Velocidade de Locação de 17 a 35 dias, segundo o Secovi-SP.

Ficha... Cerca de 7% dos executivos brasileiros consideram a corrupção o fator mais problemático para os negócios no país, segundo pesquisa do Fórum Econômico Mundial. O Brasil ocupa a 121ª posição entre 133 economias no quesito desvio de fundos públicos, segundo o fórum.

...suja Para discutir o tema, Michael Pedersen, diretor da iniciativa anticorrupção do fórum, participa, na sexta-feira, da Conferência Latino Americana Anticorrupção, em São Paulo. A iniciativa, criada em 2004, reúne 155 empresas, das quais 98% adotam programas contra a corrupção.

Consumo... A desaceleração da economia brasileira esperada para o segundo semestre deste ano tem de ser relativizada. Os segmentos de consumo devem continuar em forte expansão, de acordo com Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

...em expansão A consultoria estima entrada de quase R$ 100 bilhões de consumo a mais em 2010. Para o ano que vem, a expectativa é de R$ 75 bilhões. "Móveis e eletrodomésticos devem voltar à trajetória de expansão mais acelerada do que supermercados e farmacêutica, por exemplo", afirma Vale.

PALAVRA CRUZADA
A editora Ediouro vai entrar no mercado de passatempo educacional, para alunos do Ensino Médio.
A empresa vai lançar no início do mês que vem uma publicação com jogos de palavras cruzadas, exercícios de lógica e sudoku, cujo conteúdo é voltado para preparação para provas de vestibular e Enem.
O produto vai trazer também capítulos específicos sobre carreiras.
"Passatempos sempre foram voltados para o conhecimento geral, mas não com conteúdo editorial para matérias específicas. Isso nunca tinha sido feito. Essa será uma publicação lúdica", afirma Vânia Tavares, diretora da Ediouro.
O mercado editorial espera mudanças no setor. Na última semana, a Abril Educação fechou a aquisição do Anglo, empresa de educação que envolve o Anglo Sistema de Ensino, o Anglo Vestibulares e a Siga, de preparação para concursos públicos.

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