quarta-feira, junho 23, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Intenção de consumo de bens duráveis volta a subir 
Maria Cristina Frias

Folha de S.Paulo - 23/06/2010

Após o fim das desonerações de IPI, que arrefeceu a intenção de consumo do brasileiro, os índices voltam a subir e apontar alta em 2010.

Em maio, o percentual de brasileiros com intenção de adquirir algum bem durável nos três meses seguintes atingiu 17%, patamar superior ao pico de fevereiro, segundo a Fecomércio-RJ.

"O índice vinha em ascensão desde o começo do ano, mas tivemos um ajuste em razão do fim do IPI reduzido", diz Christian Travassos, economista da entidade.

Mesmo os produtos que contaram com desonerações do IPI, já retiradas, registram intenção de compra em patamar elevado, como geladeira, fogão e veículos. O destaque da TV deve-se à Copa.

É possível que ocorra aceleração, mas não tão forte, segundo Francisco Pessoa, da LCA Consultores, que alerta para a reação do BC em caso de crescimento elevado.

A pesquisa aponta que cresceu a parcela dos consumidores com algum financiamento e diminuiu a dos que estão em atraso. O percentual de brasileiros que respondeu que vai sobrar dinheiro depois de todas as despesas pagas ficou em 37%, contra 30% em abril.

"O ambiente geral favorável torna o consumidor propenso a buscar compras de bens que envolvem crediário", diz Marcel Solimeo, da Associação Comercial de SP.

O levantamento abordou mil domicílios em nove regiões metropolitanas.
Borracha Verde
A Pirelli vai iniciar a produção em escala de pneus verdes para carros e caminhões no ano que vem. "A meta da empresa é que 40% da produção mundial de 2011 seja de pneus verdes", diz Guillermo Kelly, presidente da Pirelli para a América Latina.

No Brasil, o produto está sendo desenvolvido no centro tecnológico de pesquisas de Santo André (SP), em parceria com a Itália, e será produzido nas principais fábricas do país.

O pneu verde é feito com menos material não renovável, como petróleo, e oferece menor resistência na rodagem, o que diminui o consumo de gasolina e a emissão de gás carbônico.

A empresa mudou o foco das exportações neste ano. Com a melhora da qualidade e da performance dos produtos, a filial brasileira mira os Estados Unidos e a Europa. "Vamos duplicar as exportações para o mercado norte-americano neste ano", diz Kelly.
Brasil cai em lista de ricos
O crescimento no número de milionários no Brasil não acompanhou a média mundial no ano passado e o país perdeu uma posição no ranking dos que têm mais ricos.

O total de milionários no país aumentou 12% sobre 2008. São 147 mil pessoas com ativos de ao menos US$ 1 milhão, segundo estudo de Capgemini e Merrill Lynch.

O país foi ultrapassado pela Austrália, que tinha 174 mil milionários em 2009, 45 mil a mais que em 2008.

Entre os 12 países com mais milionários, o crescimento brasileiro só foi maior que os de Alemanha e Itália. Na média, o número de milionários no mundo avançou 17% no ano passado.

Ainda de acordo com o estudo, 87% da riqueza dos milionários no Brasil está concentrada nas mãos dos ultramilionários (aqueles que têm ao menos US$ 30 milhões).

Na média global, os ultramilionários concentram 35,5% da riqueza.
ZeladorO número de ações de cobrança por falta de pagamento da taxa de condomínios cresceu mais de 25%, segundo levantamento do sindicato de habitação Secovi-SP, realizado em São Paulo em maio. Foram registrados 1.199 casos, contra 891 ações ajuizadas no mês anterior.
Torcida 1Empresas de bebidas projetam aumento de vendas durante os jogos da Copa do Mundo. A Cereser, que produz vinhos, filtrados e destilados, prevê crescimento de 6% em junho e julho sobre igual período do ano passado.
Torcida 2A Vinícola Perini estima alta de 10% na venda de vinhos finos durante o Mundial. "A Copa cria novas situações de consumo, em casa e bares. Aliada à chegada do frio, acaba gerando mais vendas", diz Franco Perini.
Torcida 3O ritmo de compras de lojas e supermercados se acelerou no início deste mês, segundo Oscar Ló, presidente da Vinícola Garibaldi. "Com a Copa, as pessoas bebem vinho em dias e horários que normalmente não haveria consumo", diz Ló, que prevê aumento de 20% nas vendas.
Cachê alto 1A Vallua Consultoria e Gestão abre uma nova unidade independente de negócios -a Naxentia- para projetos de reestruturação com foco em empresas com faturamento anual entre R$ 50 milhões e R$ 500 milhões.
Cachê alto 2Hoje, a companhia fatura R$ 7 milhões ao ano e espera arrecadar R$ 3 milhões com o novo setor. A empresa nasce com quatro clientes do segmento de serviços na carteira.
Móveis no exteriorO setor moveleiro gaúcho e de outros cinco Estados brasileiros quer ganhar mercado na América Latina, Central e África do Sul. O objetivo é crescer as exportações em 5% neste ano e em 15% até o fim de 2011, segundo o Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves).

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