sexta-feira, fevereiro 19, 2010

CLÁUDIO HUMBERTO

“Paulo Octávio praticamente assina sua ficha de desfiliação”
DEP. PAULO BORNHAUSEN (DEM-SC), APÓS O GOVERNADOR INTERINO DO DF FICAR NO CARGO

PAULO OCTAVIO DEIXARÁ O DEM POR ‘JUSTA CAUSA’
Após a decisão de permanecer no cargo, o governador interino do Distrito Federal, Paulo Octavio, selou sua saída do DEM. E para ficar livre da acusação de infidelidade partidária, evitando represálias legais como a perda de mandato, ele deverá alegar que é vítima de “grave discriminação pessoal”. Essa alegação é prevista na Resolução 22.610, do Tribunal Superior Eleitoral, para desfiliação por “justa causa”.
RITO SUMÁRIO
Paulo Octavio afirma que é inocente, não há provas contra ele, mas “apenas suspeitas, insuficientes para perda de mandato ou desfiliação”.
OPÇÃO Paulo Octavio disse ter sido obrigado a escolher entre Brasília e o DEM, seu partido: “Não tive dúvida em optar pela cidade que amo”.
REBORDOSA
Em 2006, Paulo Octavio foi forçado pelo DEM a ser vice de Arruda, com quem não se dava bem. Agora o DEM o ameaça de expulsão.
PARA QUÊ?
Perguntaram a Arruda, já preso, se ele renunciaria ao governo do DF. “Para quê? Já estou preso, afastado, constrangido...”, afirmou.
GOVERNADOR RECUOU A CAMINHO DA RENÚNCIA
Há dois dias decidido a renunciar, o governador interino do DF, Paulo Octavio, recuou a caminho do Salão Branco, do Palácio do Buriti (sede do governo), onde jornalistas e secretários aguardavam o anúncio. Ele concluiu que deveria ficar e insistir na formação de um governo de coalizão após conversar com os amigos e confidentes Cláudia Pereira, sua irmã, e o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
PRIMEIRA A SABER
Paulo Octavio comunicou primeiro sua decisão do “fico” a quem mais se opunha à renúncia: sua mulher, Ana Christina, neta de JK.
APELOS
Também influenciaram a decisão de “P.O.” apelos de políticos como o ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen, ainda influente no partido.
PENSANDO BEM...
...Brasília tem um governador em exercício e outro sem exercícios na sede da PF.
COM TESTEMUNHAS
Lula foi simpático, ao receber Paulo Octavio ontem, mas se cercou de testemunhas: o assessor Gilberto Carvalho e os ministros Luiz Barreto (Justiça), Alexandre Padilha e Franklin Martins (Propaganda).
RATO, NÃO
O deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), secretário de Transportes do DF, explicou sua visita a Arruda: “Nestas horas, os ratos são os primeiros a abandonar o barco. E eu não sou rato”.
O AMOR É LINDO
Divulgou-se que ele atende a um pedido de Lula, mas o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) não será candidato para não atrapalhar a mulher, Geise Hoffman. Ela perdeu várias eleições no Paraná, mas tem chances para deputada federal. Desde que o maridão não dispute.
SORTE AMERICANA
O Congresso dos EUA terá a maior renovação de sua História, diz o Washington Post. Pelo menos 32 deputados e 11 senadores vão se aposentar ou buscar outros postos. E não se tem notícia de mensalão...
MASSAGEM DOLOROSA
Visita a família no Rio a jovem que teria massageado o chefe da Defesa Civil da Itália, Guido Bertolaso, num spa em Roma. Com o premiê Berlusconi, Bertolaso está envolvido num escândalo cabeludo de corrupção e sexo.
BOM EXEMPLO
Após 167 dias na cadeia por calúnia e difamação, Luiz Butier – ex-sócio de dois irmãos do ex-governador gaúcho Germano Rigotto – criou a ONG Fui Preso, para reinserir apenados na sociedade.
ATENTADO AO PUDOR
A ministra-candidata Dilma Rousseff disse ontem, na abertura do 4º Congresso Nacional do PT, que o partido “ainda tem muito o que mostrar”. Não! Mais do que já mostrou, é cana na certa.
‘JAEROPORTO’
Em reunião no México, o Brasil se comprometeu com os EUA e outros seis países a reforçar a cooperação e a vigilância nos aeroportos contra o terrorismo. Primeiro precisaria ter aeroportos dignos do nome.
TÔ FRACO
Para Bento 16, não se justifica roubar e mentir com “fraqueza”. Se ele soubesse como tem político no Brasil definhando na honestidade...

PODER SEM PUDOR
MENSAGEM PARA VOCÊ!
Foi um jogo de empurra: o mensageiro dos revolucionários comunistas de 1935 entregou a ordem para o levante num quartel do Rio, comunicando ao destinatário que lhe passava a tarefa de distribuir cópias aos demais quartéis.
Avisou ter mais o que fazer e ainda desafiou: “Se puder, encaminhe; senão pior para vocês!”.

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