quinta-feira, janeiro 07, 2010

MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO

Atividade dos emergentes é a maior em 2 anos

FOLHA DE SÃO PAULO - 07/01/10


A atividade econômica dos países emergentes está em forte recuperação. A produção dos setores industrial e de serviços aumentou no último trimestre de 2009, de acordo com os dados do EMI (Índice de Mercados Emergentes, na sigla em inglês) do HSBC.
O índice subiu de 55,3 pontos no terceiro trimestre para 56,1 pontos no quarto trimestre -esse é o maior nível desde o final de 2007. O EMI mede o ritmo da atividade econômica dos setores industrial e de serviços em 14 países emergentes. Acima de 50 pontos indica que a economia está em expansão; abaixo, indica contração.
Entre os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), o melhor desempenho no quarto trimestre foi o da China, seguida por Índia e depois pelo Brasil.
Apesar de a China apresentar a maior expansão da atividade nos últimos três meses do ano passado, o ritmo de crescimento diminuiu em relação ao terceiro trimestre, diferentemente do que ocorreu com o Brasil.
O país apresentou uma aceleração maior no último trimestre do ano passado.
O nível de emprego na China, porém, atingiu recorde de alta, seguido de perto pelo Brasil, que se destacou pela velocidade de aumento no volume de novos pedidos das indústrias. Na Índia, a taxa de emprego cresceu modestamente equanto que na Rússia, caiu.
Os fatores de impulso na economia continuam, entretanto, a se deslocar para a Ásia.
O salto na produção no quarto trimestre do ano passado, impulsionado pelas exportações e pelo aumento da demanda, coloca as nações emergentes em posição de liderança na recuperação econômica global, segundo Stephen King, economista-chefe global do HSBC.
"Estamos observando as nações emergentes se tornando cada vez mais dependentes umas das outras", diz. Seus mercados deixam de depender tanto das economias de países desenvolvidos.
A contínua demanda da China tem sido importante para a recuperação global ao manter os preços em alta, o que reforça exportações de emergentes.

"Os dados mostram que as nações emergentes estão cada vez mais fortes e seus mercados estão propensos a liderar a recuperação global. Os fatores de impulso na economia continuam a se deslocar para a Ásia, e estamos observando as nações emergentes se tornando cada vez mais dependentes umas das outras"

A JATO
O Nexus One, o celular do Google que navega pela internet e concorre com o iPhone, da Apple, foi lançado há dois dias e, oficialmente, ainda não está à venda pelo site do Google no Brasil. Mas no Mercado Livre, site que abriga vendedores on-line, já existem cinco ofertas em leilão. O preço: R$ 2.000. Dependendo do vendedor, a entrega ocorre entre 9 e 21 dias após o pagamento.

DE OLHO NAS AÇÕES
Consumo e infraestrutura são apontados como destaques para a Bovespa neste ano. Pedro Gaudi, da SLW Corretora, aposta nas ações de empresas de alimentos, bebidas, commodities, construção, mineração e siderurgia. Para Ricardo Martins, da Planner, o foco também deve ser nos papéis de empresas ligadas a portos, rodovias e aviação comercial.

ARMÍNIO FRAGA
Ex-presidente do Banco Central, hoje sócio da Gávea Investimentos; o livro do jornalista da "New Yorker" Ken Auletta fala sobre o trabalho dos executivos-chefes do Google

SEGURO IMOBILIÁRIO

Um seguro contra problemas preexistentes nas matrículas de imóveis, que podem dar muita dor de cabeça a compradores. Este é um dos produtos que serão lançados no mercado brasileiro ainda no primeiro trimestre deste ano pela empresa norte-americana Fidelity National Financial. "No Brasil há muitos casos de imóveis com matrículas falsas ou outros tipos de pendências ou dívidas, o que representa riscos para quem compra", diz Renato Mandaliti, sócio do escritório Mandaliti Advogados, que auxiliou a Fidelity no desenvolvimento dos produtos no Brasil, em parceria com uma seguradora nacional, cujo nome o advogado ainda não divulga.
A companhia vai lançar outro produto que oferece garantia à carteira de empréstimos imobiliários, destinado a instituições financeiras. "Isso pode diminuir o custo do empréstimo no país, pois proporciona uma redução do risco envolvido", afirma. A Fidelity possui 45% de participação de mercado nos Estados Unidos.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e JULIO WIZIACK

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