quarta-feira, janeiro 27, 2010

ARI CUNHA

Despesas nas eleições


Correio Braziliense - 27/01/2010



De julho a novembro, o país terá que suportar o aperto das eleições. O governo sofrerá com a pasmaceira. A cada dia que precisa de verbas, é assinado um ato pelo qual o Tesouro e ministérios concorrem com as finanças. O fundo financeiro está grande. Não se pode aferir a quantidade de dinheiro necessária. Ocorre que o governo tem alternativas disponíveis. Para saúde, segurança e IBGE, há verbas que podem ser usadas a qualquer instante. Isso, sem contar com as reservas e disponibilidades em mãos das estatais, como Caixa Econômica, Banco do Brasil, Petrobras e outras que controlam patrocínios nacionais e internacionais. Vê-se, pois, que o governo Lula terá sempre dinheiro para quando precisar. As eleições são devoradoras implacáveis.

A frase que foi pronunciada

“Ordem para os de baixo e progresso para os de cima.”
Deputado Chico Alencar, em 2000.

Profissionais do Brasil
Dentre os exércitos que ocupam o Haiti, a tradição fica por conta do Brasil. Nossos soldados são bem recebidos e o povo lhes presta obediência pela simpatia que os brasileiros recebem da população. Os Estados Unidos viram que o assunto era rápido. Ocuparam tudo com navios, hospitais e transporte pesado. A força ficou por conta dos americanos e a simpatia para nossos militares, que estão há muito tempo no Haiti.

São Paulo
Seleta coletiva de lixo, asfalto melhor, ruas transitáveis. Esses são os objetos de estudos que o povo solicita do estado de São Paulo, para providências em benefício da população. Faz quase três meses que cidades paulistas enfrentam quedas de barreiras, chuvas acima do normal e alagamento de avenidas.

Prisioneiros
Cabe ao Ministério da Justiça equilibrar o controle dos condenados. Medidas humanas fazem parte da recuperação dos presos. A sociedade sabe disso. Entretanto, se nega a concordar com a realidade. Aplicam medidas paliativas como alternativa para que voltem à prisão os que têm folga nos dias de glória. O sistema penitenciário brasileiro, para funcionar, teria que ser totalmente reformulado. É inumano.

Combustíveis
São altos os estoques de álcool, que não funcionam por intermédio da Bovespa. Estão sempre migrando em busca de mais preços. O álcool, a partir de hoje, será vendido a R$ 2,30. Aparecerão mais baratos. A investigação é a necessidade em favor dos consumidores.

Censura
Coronel Hugo Chávez, da Venezuela, suspendeu sete canais de televisão. Não aceita oposição e deseja para si o mando eterno, sem interferência da população. O Brasil poderá mudar de opinião diante da falta de cumprimento do que tem prometido Hugo Chávez.

Hora de agir
Todos os exemplos de ditadores no mundo foram encarados da mesma maneira. O mundo cruza os braços e vê a banda passar. Uma das exigências para aceitar a Venezuela no Mercosul é a garantia da democracia. O governo Hugo Chávez acaba de desmerecer o crédito. Tirar do ar seis canais, por não transmitirem seu discurso, é clara tirania.

Passividadev
Não se considera como funcionário de Estado o atual chanceler Amorim. Fiel ao presidente Lula, adota posições não de assessor, mas de companheiro sem compromisso. Diante da proposta de Estados nacionais de um Plano Marshall para o Haiti, sugeriu atualizar fato político: melhor seria o Plano Lula, que hoje é conhecido em todo o mundo.

Sofrimentos
Habitantes de estados e municípios destruídos pela queda de barreiras, degradação do asfalto e alagamento de ruas reclamam da situação. Começam a levantar a voz contra o Estado, que assiste a tudo, lamenta e não resolve os problemas. A coisa está fervendo e a paciência chegou ao fim.

Refil
Tanto preconceito contra o saco plástico desvia a atenção para o tamanho do lixo produzido pela indústria. O descarte nas casas depois do Natal é uma evidência. Refil é uma solução prática para alimentos em pó, material de limpeza, sucos. Faltam contêineres para a população poder jogar pilhas, vidros, plásticos, alumínios, papéis. O máximo que se vê são depósitos tímidos e coloridos que não comportam a quantidade descartada.

História de Brasília

Para evitar a inundação do Bloco 10, a administração da superquadra do IAPB construiu uma valeta, que escoaria a água para a área verde da SQ. Na hora da chuva, encheu valeta, encheu tudo, e a inundação foi total. Serviço malfeito custa o dobro e serve pela metade. (Publicado em 23/2/1961)

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