sábado, fevereiro 07, 2009

GOSTOSA


COMIDA PORTUGUESA

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AGORA É OFICIAL: GOVÊRNO VAI BOTAR NO CU DO BRASILEIRO

Governo compra gel lubrificante para reduzir risco de transmissão do HIV por sexo anal
O Ministério da Saúde adquiriu no fim do ano passado 15 milhões de saches de gel lubrificante. O produto é indicado para ser usado nas relações anais por grupos mais vulneráveis às infecções de HIV, como homossexuais, travestis e profissionais do sexo. O lote foi comprado por R$ 1,1 milhão. 

Segundo o MS, o gel começou a ser comprado pelo Programa Nacional de AIDS, em caráter experimental, em 2001. No fim do ano passado o ministério decidiu ampliar a distribuição do produto no país. 

AGORA FUDEU DE VEZ

Poema da FODA !!


Neste Brasil imenso
Quando chega o verão,
Não há um ser humano
Que não fique com tesão.

Uma terra danada,
Um paraíso perdido.
Onde todo mundo fode,
Onde todo mundo é fodido.

Fodem velhos, fodem velhas,
Fode cão, fodem cadelas.
E pra ficar com cabaço,
Fodem o cu das donzelas.

Fodem moscas e mosquitos,
Fode aranha e escorpião,
Fodem pulgas e carrapatos,
Fodem empregadas com patrão

Os brancos fodem os negros
Com grande consentimento,
Os noivos fodem as noivas
Muito antes do casamento.

General fode Tenente,
Coronel fode Capitão.
E o Presidente da República
Vive fudendo toda a nação.

Os freis fodem as freiras,
O padre fode o sacristão,
Até na igreja de crente
O Pastor fode o irmão.

Todos fodem neste mundo
Num capricho derradeiro.
E o danado do Dentista
Fode a mulher do Padeiro.

Parece que a natureza
Vem a todos nos dizer,
Que vivemos neste mundo
Somente para fuder.

E você, meu nobre amigo 
Que agora esta a se entreter,
Se não gostou da poesia
Levante e vá se fuder!

colaboração de Apolo             

REIEIRA



VILLAS-BÔAS CORRÊA

Lula desconfia do esquema que armou

JORNAL DO BRASIL- 07/02/09

As imagens do presidente Lula transpirando por todos os poros, a camisa amarfanhada e com manchas de suor, cabelos desgrenhados clamando pelo barbeiro e suspirando pelo pente e os exageros da indignação e da eloqüência, na safra de improvisos que assinala a retomada da campanha na hora certa ou precipitada, como a inauguração da primeira obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Manguinhos, no Rio, passou pela TV a impressão de insegurança, das primeiras dúvidas de quem nunca erra e sabe tudo. Convenhamos que não faltam motivos para justificar as suas apreensões.

Lula aposta as suas fichas no otimismo, embalado pela sua surpreendente biografia e com o arremate dos êxitos setoriais dos seus dois mandatos. E se as coisas deslizavam nos trilhos oficiais, na velocidade registrada pelas pesquisas, que acabam de bater o recorde de aprovação com o fantástico índice de 84%, o fantasma da crise econômica que varre o mundo arranha a nossa porta. Para o presidente é como um insulto pessoal. E é como quem aceita o desafio e provoca o adversário no centro do ringue, o tom da sua eloqüência. Insiste sempre na ciranda do velho realejo: para derrubar a crise é preciso enfrentá-la e não fugir dela.

Na seqüência, Lula repete a fórmula mágica da reinvenção do moto-contínuo: ricos, classe média e mesmo pobres não devem ter medo de dívidas, desde que não façam bobagens. Mas, se as lojas estão oferecendo preços remarcados, com reduções consideráveis nas vendas a prazo, com juros sedutores, a população deve comprar o que precisa ou apenas sonha. Pois é assim que gira a roda: o povo compra, o comércio precisa renovar o estoque e compra nas fábricas e a crise foge, com o rabo entre as pernas. O presidente não descarta, mas estimula a compra do carro novo, com prestações que passam de uma geração a outra, como herança duvidosa. Na troca, por pior que seja o calhambeque, sempre vale alguma coisa.

E prestações em até 90 meses, desde que caiba no salário, acaba não doendo no bolso. Mas, se a crise econômica encosta o governo contra a parede, exigindo cortes de verbas, controle da gastança, não é esta a imagem do governo vista do alto da arquibancada. E ou o governo está escondendo dinheiro debaixo do colchão ou a farra de desperdício nos três poderes sugere um descontrole que vai além do tolerável. Ao assumir pela terceira vez a presidência da Câmara, o elegante deputado Michel Temer, flor do PMDB-SP, anunciou como a sua prioritária preocupação provar como os deputados trabalham em suas bases. Ora, a TV-Câmara transmite todas as sessões da Câmara, não perdendo um aparte.

E mais comissões, CPIs e tudo que tenha um mínimo de suposto interesse para o público. Não basta para o exigente presidente da Casa. É preciso levá-la para todo o país, usando a rede pública de televisão, ou as das assembléias legislativas espalhadas por todos os estados. Tudo em defesa da operosidade dos deputados, que se esbofam nas folgas da semana de três dias úteis, atendendo às demandas dos seus eleitores, das prefeituras e dos estados. Ora, é difícil imaginar que flagrante de deputados pode ter o mínimo interesse para os milhões de telespectadores de todo o país. Festinhas em casas de família? Cochichos com eleitores pedintes, candidatos a uma assessoria na Câmara? Debates com vereadores, inaugurações de obras municipais? Francamente, o Congresso perdeu a noção do ridículo.

Entre outras coisas. Mas é velho o truque de desviar a atenção do que interessa, puxando conversa sobre trivialidades. O Congresso desconversa para não enfrentar a crise verdadeira que corrói a sua autoridade e esvazia as suas desculpas. A decadência do Congresso começou com a mudança para Brasília, em 21 de abril de 1960, uma cidade em obras, sem as mínimas condições de hospedar um governo. Para vencer a resistência de ministros, magistrados, senadores e deputados, além de especialistas, o presidente Juscelino Kubitschek apelou para a simpatia e para o irresistível argumento das mordomias, vantagens, benefícios. Aberta a tranqueira, nunca mais foi possível fechá-la ou simplesmente reduzir a voracidade dos pretendentes empistolados. Não se pode exigir do presidente da Câmara, deputado Michel Temer, que queime o seu cacife eleitoral fechando a porta de acesso ao cofre da Viúva.

DORA KRAMER

 (In) cultura do brasil

 O ESTADO DE SÃO PAULO-07/02/09

Uma das formas mais perversas e cínicas do conformismo mora na ideia de que no Brasil "há uma cultura" que interdita qualquer possibilidade de mudança de hábitos. Aplica-se à lei de Gerson, às pequenas negociatas do cotidiano e às instituições.

Mais correto e revelador de disposição à evolução seria dizer que no Brasil prevalece uma incultura do povo esperto que, mediante alguma tomada de consciência, esforço e consideração a exemplos melhores, pode perfeitamente ser alterada.

O caso do novo corregedor da Câmara, deputado Edmar Moreira - o primeiro vexame patrocinado pelo Congresso já na abertura dos trabalhos de 2009 -, ilustra bem o enunciado.

Ele defende a retirada de mais uma das prerrogativas do Poder Legislativo, de julgar infrações ao decoro parlamentar, e sua transferência para o Poder Judiciário referindo-se ao "vício da amizade" que prepondera e impede o Parlamento de promover processos isentos.

Com uma única frase o deputado Moreira fez o serviço completo: imprimiu à Câmara a pecha de valhacouto de viciados, apresentou suas credenciais de inaptidão para o posto, deformou o conceito de amizade em ato falho explícito e considerou a situação "absolutamente insanável" e, portanto, deixou patente que o mundo é mesmo assim.

E é, mas quando se quer e se aceita que seja. Como os deputados que, a propósito de solução, propõem um jeitinho: mudar o regimento de forma a que o 2º secretário (cargo de Moreira) não acumule mais a corregedoria. Assim, o deputado pode continuar tranquilamente na Mesa Diretora e ainda é poupado do constrangimento de renunciar.

Fantástico. A Câmara é moralmente aniquilada por um dos seus e corrobora o aniquilamento, protegendo-o. Se tivesse algum pudor às faces (atributo grosseiramente traduzido como vergonha na cara), o deputado tomaria a iniciativa de se retirar de cena. Como não tem, reafirma a disposição de continuar e ainda conta com o beneplácito dos colegas.

De partido, inclusive. O DEM divulgou nota oficial pedindo a renúncia de Moreira e anunciando que mandará seu caso para o conselho de ética. É um ato meramente formal, em face da decisão do Supremo Tribunal Federal de que a Constituição dá a posse dos mandatos aos partidos, às pessoas por eles eleitas.

Se isso serve para a legenda reivindicar a devolução de vagas no Parlamento quando o eleito muda de partido sem uma justa causa, serve também para dar à legenda total responsabilidade sobre a conduta de seus parlamentares.

Entre os deveres do responsável estaria, por exemplo, o cuidado de não indicar para um cargo que acumularia a corregedoria um deputado conhecido por absolver seus pares como princípio, sem cotejo das acusações, conforme demonstram o histórico e as declarações do deputado em questão.

O DEM pode dizer o que quiser, menos que a cigana o enganou. Portanto, cabe-lhe mais do que simplesmente um protesto no papel, até como forma de conferir efetividade àquela sentença do STF, muito mais ampla que a simples autorização para perda de mandato em caso de infidelidade por motivo fútil.

Tal entendimento, entretanto, não tem aceitação, é considerado rigoroso, draconiano, quando não farisaico. Uma interpretação das coisas que só prevalece porque, em larguíssima medida, é respaldada pela sociedade.

Seja por preguiça cívica - travestida de proposital indiferença em relação ao que acontece na "ilha da fantasia" - ou por aquela maneira cínica de expressar o conformismo com a "cultura" arraigada aos meios e modos brasileiros.

As sucessivas renúncias de auxiliares nomeados pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, por sonegação de impostos de variadas naturezas, mostra como um "outro mundo" é perfeitamente possível.

Caíram antes de assumir porque suas condutas são socialmente inaceitáveis. O presidente Obama pediu desculpas por uma das nomeações, porque se considera devedor de satisfações ao povo de seu País. Se isso é fruto do puritanismo norte-americano, antes puritanos mentalmente soberanos que permissivos espiritualmente subalternos.

Aqui, as dívidas para com o Estado sequer seriam motivo de escândalo. Ainda mais se as contas fossem acertadas a posteriori como se dispuseram a fazer os americanos flagrados em delito.

No máximo, seriam vistos como equívocos de segunda linha, insuficientes para impedir uma pessoa de "servir ao País".

Benevolência originária de uma visão distorcida do que seja o agente público. Lá, quem em algum momento da vida achou por bem ignorar o cumprimento de seus deveres não está apto a prestar serviço que preste.

Aqui é o oposto. Quem não presta faz qualquer serviço, não presta contas ao público, é defendido da perseguição insidiosa dos moralistas e ainda exibe com orgulho o dístico de legítimo representante da cultura do Brasil.

A propósito: o deputado Moreira chocou por causa do castelo e nada mais

GOSTOSA


COMIDA CHINESA

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PARA....INFORMAÇÃO


Aprendam os plurais:

** 1 advogado = um doutor**
** 2 advogados = um escritório**
** 3 advogados = uma reunião**
** 4 advogados = uma quadrilha**

** 1 arquiteto = uma bicha**
** 2 arquitetos = uma bicha e um carnavalesco**
** 3 arquitetos = uma bicha, um carnavalesco e um cabeleireiro**
** 4 arquitetos = uma festa gay**

** 1 carioca = 1 surfista**
** 2 cariocas = 2 surfistas**
** 3 cariocas = 1 boca de fumo**
** 4 cariocas = um arrastão**

** 1 gaúcho = um cabra macho, tchê !**
** 2 gaúchos = uma briga de faca**
** 3 gaúchos = um rodeio**
** 4 gaúchos = uma parada gay**

** 1 baiano = um escritor famoso**
** 2 baianos = uma luta de capoeira **
** 3 baianos = um grupo de axé**
** 4 baianos = um terreiro de macumba**

** 1 petista = um idealista**
** 2 petistas = dois camaradas**
** 3 petistas = bando de terroristas**
** 4 petistas = turma do mensalão*

WODEN MADRUGA

O novo Centro Administrativo


Tribuna do Norte-RN-07/02/09


Uma pergunta que nenhum repórter fez (a imprensa hoje gosta mais de ouvir do que de perguntar e se for na área da especulação política, deixa o resto com o assessor; o assessor sempre brilha), mas vou fazer agora: Para onde irão os milhares de servidores públicos estaduais que superlotam os prédios (são mais de vinte) do Centro Adminstrativo, se tudo aquilo for implodido caso essa ideia absurda se materialize para que ali se construa um “complexo de não sei o que” para  sediar duas peladas da Copa do Mundo?

Para onde  serão transferidas as secretarias, as diretorias, as coordenadorias, as companhias, as fundações, os birôs, os computadores, os telefones, os armários,os arquivos, as geladeiras, os fogões, os aparelhos de ar condicionado, os ventiladores, a sala de massagem (sim, a sala de massagem), o som, o colchão de reserva? Onde será localizado, gente,  o novo Centro Adminstrativo? Quanto custará aos cofres da viúva a construção de tantos novos prédios?

Claro que isso interessa à opinião pública e  à construção civil. Principalmente. Para onde irá, meus senhores e minhas senhoras, o posto de combustível no qual se abastecem todas as viaturas oficiais, inclusive da Polícia e do Corpo de Bombeiros, que é uma das coisas mais curiosas do Centro Adminstrativo, acho até com jeito de atração turística. Tem viatura da Polícia que vem lá dos cafundós de judas da Zona Norte para abastecer ali. Ida e volta (quando volta) lá se vão vinte, trinta quilômetros. Se for pela Ponte da Redinha, fica no meio do caminho, sem gás.  Há casos registrados, sim.

Copa do Mundo

Está surgindo uma favela no final da Beira Canal, logo depois da sede da Cosern, na junção com a avenida do Contorno, em cima mesmo do sinal luminoso de trânsito. Os carros param no vermelho e os caras te cercam. Vem assim derna do ano passado, aumentando cada semana, acompanhando o nível de desenvolvimento desta adorável cidade do Natal.

É uma maloca considerável. Contando, assim de passagem,  acho que passa de cincoenta pessoas. Dormem debaixo das árvores, deitam nas calçadas marginais, usam o riacho do Baldo para experiências fisiológicas, adubando a  paisagem. A comunidade vai aos poucos subindo na direção da antiga Salgadeira. Do outro lado, reina o Passo da  Pátria.

O Poder Público, através de seus orgãos sociais, não toma nenhuma providência. A nova favela já tem nome: Copa do Mundo.

 A fumaça do PAC 

Ouço Mírian Leitão, na CBN, falando sobre o maravilhoso mundo da economia:

- Mais uma semana intensa e de indicadores ruins. Na segunda-feira, houve a divulgação de déficit na balança comercial em janeiro. Há muito tempo isso não aconteceia na economia brasileira.

- Na terça-feira, o indicador da vez mostrou o tombo de 12,4% na produção industrial em dezembro. Número muito ruim e que deu um susto geral. O esperado era queda de 10%.

- Depois tivemos o balanço do PAC, com o governo inflando números. Há muita fumaça e pouca substância.

Na agricultura

A coisa também anda cinza pras bandas da produção agrícola brasileira. Veja o que o Estadão deu ontem: 

- As novas estimativas para a safra agrícola brasileira este ano apontam para uma queda maior do que a que vinha sendo projetada. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que previa uma queda de 5,9%, já trabalha agora com uma perspectiva de redução de 7,6%, com uma colheita de 134,7 milhões de toneladas.

- Em outro cálculo, a Companhia Nacional de Abastecimen to (Conab), que estimava uma redução de 4,9%, prevê agora uma queda de 6,5%. Já o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, tem uma posição ainda mais pessimista. “A quebra pode ficar entre 6% e 8%, resultado que ainda depende das condições climáticas”, afirmou.

Pixinguinha e Villa-Lobos Mas nem tudo está perdido, nem tudo é notícia ruim.  Estou lendo, agora, na Internet, que um duo de violão e flauta está se apresentado em São Paulo interpretando Villa-Lobos e Pixinguinha. No repertório tem ainda Chiquinha Gonzaga e Camargo Guarnieri.

A dupla é formada por  Bebel Ribeiro (flauta) e Rafel Cardoso (violão).


Da chuva 

As chuvas de quinta-feira para o amanhecer de ontem foram mais na região do Seridó. O boletim da Emparn mostra São Vicente com 36 milímetros, Jardim de Piranhas, 22, Timbaúba dos Batistas, 17 e Caicó, 17.


Haja pressão 

A prefeita Micarla de Sousa, estou lendo nas colunas especializadas, teve uma crise de hipertensão. Antigamente chamava-se isso de “pressão alta”. 

A prefeita, que tomou posse coisa de trinta e seis dias apenas, passa bem, depois de atendida na Casa de Saúde São Lucas.

Escabriada, a prefeita não procurou nenhum posto de saúde do município nem, tampouco, foi ao Walfredo Gurgel ou a outro qulquer pronto socorro da rede de saúde pública do Estado.

Seguro morreu de velho.


Garibaldi

O senador Garibaldi Filho passa o final de semana na terrinha, depois dos dias agitados que antecederam e se seguiram à eleição da Mesa do Senado. Volta segunda-feira à Brasilia. Na terça-feira vamos ter novas emoções cívicas, pois haverá a eleição para as comissões técnicas da Casa. Garibaldi é candidato à presidente da Comissão de Estudos Econômicos.

DIOGO MAINARDI

REVISTA VEJA

Diogo Mainardi
¡Uuu, aaa, Diego no se va!

"Para celebrar seus dez anos no poder, Hugo Chávez decidiu decretar um feriado nacional. Para celebrar meus dez anos de colunismo, tentei coagir o gerente
da Drogasmil a fechar suas portas. Nada feito"

Hugo Chávez, na última segunda-feira, comemorou dez anos no poder. Eu, no mesmo dia, comemorei dez anos de coluna em VEJA. Botei minha camisa vermelha, abotoada nos punhos, e entoei a rumba adesista do Grupo Madera, dedicada ao caudilho venezuelano.

No original:
¡Uuu, aaa, Chávez no se va!

Adaptei-a:
¡Uuu, aaa, Diego no se va!

E emendei, inserindo "editorialista" no lugar de "presidente":
Es un editorialista bueno
por eso se quedará
El pueblo está contento
lleno de felicidad.

A rumba bolivariana defende animadamente que Hugo Chávez possa se eternizar no poder. A matéria será votada no referendo do próximo dia 15. Eu toco minha conga para me eternizar num canto de página de VEJA. E para que ninguém, em momento algum, possa me arrancar daqui.

Para celebrar seus dez anos no poder, Hugo Chávez decidiu decretar um feriado nacional. Os comerciantes foram coagidos a fechar suas lojas. É o que acontece nos morros cariocas, quando morre um narcotraficante: a homenagem é imposta pelas armas. Hugo Chávez é o Comando Vermelho do Caribe. Para celebrar meus dez anos de colunismo, tentei coagir o gerente da Drogasmil a fechar suas portas. Nada feito. Ele se recusou. Onde está a Guarda Nacional?

A TV estatal venezuelana comemorou a data histórica transmitindo, ao vivo, o jogo de softball entre o time Sí Va – formado por membros do bando chavista – e a seleção olímpica feminina, vitaminada por ele próprio, Hugo Chávez, na primeira base. A seleção olímpica feminina venceu pelo placar de 4 a 1, e Hugo Chávez ergueu o troféu. Eu? Eu disputei uma partida de taco com Tito, meu maiorzinho, e Nico, meu menorzinho. Isso mesmo: Tito e Nico, uma dupla de rumbeiros. O resultado: venci por 12 a 0.

À tarde, depois de dedicar uma respeitosa soneca a Simon Bolívar, "El Libertador", escancarei as janelas de meu apartamento, no 3º andar, e pronunciei um discurso sobre esses dez anos de colunismo, parafraseando Hugo Chávez:

– Hoje começa o terceiro ciclo de meu trabalho e me atrevo a prognosticar quanto ele vai durar: de 2 de fevereiro de 2009 a 2 de fevereiro de 2019. A coluna chegou para estabelecer-se, para crescer, para ficar para sempre, para ser vitoriosa sempre. Há dez anos, a América Latina e o Caribe estavam praticamente ajoelhados aos mandos do império norte-americano. Prometo não descansar nem um segundo até que isso ocorra novamente. Viva meu canto de página.

O vendedor de cuscuz, que ia passando na rua, parou para me aplaudir. Fui até ele, cumprimentei-o e pedi-lhe duas fatias de doce, com abundante coco ralado e só um pinguinho de leite condensado. Ele cantou comigo:

¡Uuu, aaa, Diego no se va!

PANORAMA

REVISTA VEJA

Panorama
Holofote

Felipe Patury

O nome do PT

Celso Junior/AE


O candidato do PT ao governo de São Paulo deverá ser definido neste semestre. O preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o deputado Antonio Palocci, mas ele só assumirá essa condição se o Supremo Tribunal Federal o absolver da acusação de violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. A corte fez chegar a Palocci que ele tem boas chances de ser inocentado e prometeu julgá-lo rapidamente. Caso contrário, Palocci apoiará o prefeito de Osasco, Emidio de Souza. Eles firmaram um pacto de apoio recíproco em janeiro. O deputado Arlindo Chinaglia e o ministro da Educação, Fernando Haddad, também sonham com o Palácio dos Bandeirantes.

 

As veias abertas da Receita

Marcello Casal Jr/ABR


A secretária da Receita Federal, Lina Vieira, enviou um texto aos auditores fiscais para explicar por que desistiu de instituir eleições para delegado da repartição. Em tom de desabafo, chamou-os de "queridos" e culpou a crise econômica pelo fracasso do projeto – "fatos imprevistos e horizontes imponderáveis", justifica, em um estilo que revela certa veia literária. Lina abandonou as eleições, mas permitirá aos fiscais que peçam para ser delegados. Eis outra mostra do seu estilo: "Peço a todos que meditem um pouco e possam compreender a importância histórica deste pequeno e singelo passo no rumo da democratização das relações funcionais de trabalho".

 

Uma vice para Serra

Elza Fiúza/ABR


O DEM garantiu ao governador de São Paulo, José Serra, que o apoiará incondicionalmente na campanha presidencial de 2010, abdicando da prerrogativa de indicar seu vice. Mas muita gente no partido ainda sonha com esse cargo. Vez por outra, aparece um pretendente. Alguns tucanos falaram até no nome da senadora Kátia Abreu, do Tocantins. De fato, ela não pensa em outra coisa.

 

Sindicato para quê?

Alexia Santi/Folha Imagem


Uma pesquisa encomendada pelo presidente da Fiesp,Paulo Skaf, mostra que os industriários consideram seus sindicatos a instituição menos confiável para mitigar os efeitos da crise. Só 35% deles aprovam o desempenho de suas associações. Para 24%, a atuação dos sindicatos junto ao patronato é ruim ou péssima. Confiam mais no governo federal, nos seus próprios patrões e no governo paulista.

 

A casa das beldades

Thiago Bernardes


É impossível ouvir o empresário Eli Hadid descrever seu próximo negócio e não pensar em um reality show de beldades. Hadid, que já teve no portfólio de sua Mega Model Ana Hickmann, Isabeli Fontana e Letícia Birkheuer, instalou dezesseis jovens modelos em um casarão paulistano de quatro andares. Elas são as finalistas do concurso Menina Fantástica, que, desde setembro, avaliou mais de 1 milhão de moças no país. As moradoras da casa chegaram às finais e já têm contratos internacionais. Morarão lá enquanto esperam a próxima temporada de desfile. Não, elas não serão monitoradas por câmeras e suas mães poderão acompanhá-las nesse período.

 

Para onde vai Ratinho?

Francisco Carlos Inacio/SBT


Emperraram na semana passada as negociações entre o apresentadorRatinho e a Band. Desempregado desde dezembro, quando acabou seu contrato com o SBT, Ratinho pretendia comandar um programa semanal no canal paulista. Deparou com a oposição de parte da diretoria da empresa, que argumenta que ele traz muita audiência, mas pouca publicidade, já que seus programas são dirigidos a um público menos endinheirado. O plano B de Ratinho, a RedeTV!, também patina. Como os diretores da Band, os donos da RedeTV! temem que o programa de Ratinho espante os espectadores e os anunciantes das classes A e B.

MAILSON DA NÓBREGA

REVISTA VEJA

Maílson da Nóbrega
Um argentino na diretoria do Banco Central

"Vale a competência, e não a nacionalidade. 
Os povos anglo-saxônicos se convenceram de 
que é imprudente deixar o governo cuidar da moeda"

O título é uma mera provocação. Pela lei, somente brasileiros natos ou naturalizados podem ser diretores do BC. Além disso, ainda não amadurecemos a ponto de aceitar que um argentino da gema participe de decisões sobre os juros (Selic).

Não é assim na Inglaterra. Está em curso a escolha de um diretor externo para o Comitê de Política Monetária do banco central (equivalente ao nosso Copom, embora este não tenha diretores externos). A seleção caberá a uma consultoria privada, e não ao governo. O edital, publicado na The Economist (10/1/2009), diz que o candidato não precisa ser britânico. Pode ser, portanto, um francês.

Desde o século XIX, os servidores públicos britânicos são escolhidos basicamente por mérito. As indicações políticas, incluindo secretários e ministros de estado, somam pouco mais de 100. Nessa cultura, cuidar da estabilidade da moeda é tarefa de profissionais independentes. Vale a competência, e não a nacionalidade. Os povos anglo-saxônicos se convenceram de que é imprudente deixar o governo cuidar da moeda.

Quando a moeda era de ouro e prata, havia rei que raspava as bordas para dispor de mais recursos. Uma fraude. Por isso as moedas passaram a ter ranhuras, que hoje continuam por mera tradição. Na era do papel-moeda, a fraude é emitir dinheiro sem controle. A inflação resultante é um tributo ilegítimo e nefasto.

Os britânicos foram pioneiros em imaginar freios institucionais ao poder de emitir dinheiro. Em um texto publicado em 1824, o economista David Ricardo já alertava para o risco de abuso. Propôs que a prerrogativa coubesse a funcionários que só poderiam ser demitidos pelo Parlamento. Eles não poderiam "emprestar dinheiro ao governo nem estar, em nenhuma circunstância, sob seu controle ou sua influência".

Em 1913, John Maynard Keynes disse algo parecido perante a comissão que estudava a criação de um banco central na Índia. Para ele, o ideal seria que o banco "combinasse a responsabilidade máxima de governo com um elevado grau de independência".

A ideia vingou nos países desenvolvidos. No início, não havia lei garantindo a independência, a qual decorria da percepção, pelos governantes, de que a inflação reduzia sua popularidade. Eram poucos os casos de lei, como na Alemanha e nos Estados Unidos, mas virou regra no Tratado de Maastricht, de 1992, para os países que desejassem adotar o euro. Nos anos 90, a Inglaterra e muitas outras nações aprovaram leis específicas.

Estudo recente de Daron Acemoglu e outros (www.nber.org/papers/w14033) confirma que a independência do banco central decorre das instituições do país, incluídas as crenças da sociedade, e não do ordenamento jurídico. A lei vem para reforçar a credibilidade da política monetária, estabelecer regras de prestação de contas do banco central à sociedade e reforçar sua transparência e previsibilidade.

De fato, nos países em que as instituições são débeis, a independência legal não assegura a estabilidade de preços. O banco central de Zimbábue é independente por lei desde 1995, o que não evitou a hiperinflação que ora flagela a nação. O governo interfere e se financia com emissões de moeda. Até recentemente, o banco central venezuelano era independente. De nada adiantou. Há muitos outros exemplos na América Latina.

Boas instituições criam incentivos para que os governos apoiem políticas monetárias responsáveis conduzidas pelo banco central. A lei é importante para evitar a tentação de uso do banco em prol de ações "desenvolvimentistas" socialmente danosas. Essa realidade institucional chegou ao Brasil, como prova a preservação da autonomia do BC no governo Lula. Precisamos agora dar o passo final, o da lei.

Infelizmente, nem todos os políticos e líderes do setor privado entenderam a relevância da autonomia do BC para a estabilidade e o desenvolvimento. Ainda pedem ao presidente da República para mandar baixar a Selic. Tampouco se dão conta de que a lei criaria a obrigação de o banco prestar contas, hoje inexistente. Apesar das lições da história, muitos intelectuais defendem a subordinação do banco ao governo. Mesmo assim, a lógica, o debate e novas lideranças tendem a viabilizar a lei, cedo ou tarde.

LYA LUFT

REVISTA VEJA

Lya Luft
Como administramos crises?

"Houve um tempo em que Davos era algo 
solene e definitivo. Agora, os grandes saem
de lá dizendo-se confusos. E nós, como ficamos?"

"A crise" é desculpa para muita loucura, nossa e dos que chamamos líderes. Como administramos crises? Crises se administram ou se sofrem... ou simplesmente se desenrolam e nós rolamos feito marisco solto no mar? O que fazer com as crises pessoais e financeiras? As da vida pessoal podem ser mortais, mas quase sempre encontramos um caminho, no que depende de nós. As econômicas regionais, nacionais ou, pior, mundiais, como a atual, nos são alheias. A parte mínima que cabe a cada um é apertar o cinto e rezar (ou torcer) para que os responsáveis não façam besteira demais.

Ilustração Atômica Studio


Houve um tempo em que Davos era algo solene e definitivo. Agora, os grandes saem de lá dizendo-se confusos. E nós, como ficamos? Líderes perplexos e nós, mortais comuns, feito formiguinhas no campo de batalha dos grandes, nós que vivemos de salário e pagamos a conta com impostos, ficamos encolhidos diante da onda de desastres nascidos da trágica irresponsabilidade na economia mundial, que não dependeu de nós. A mim dão tristeza os desempregados. Publicam-se todo dia números mascarados, sabemos que são muito maiores e mais dramáticos do que aparecem. Um operário de uns 40 anos, casado, cinco filhos, relata que no café-da-manhã recebeu uma cartinha: demitido. "O que vou fazer agora?", indagou com lágrimas nos olhos. Na Europa e nos Estados Unidos, e também no Japão e na China, os números são espantosos, e todos indagam: "E agora, e agora?". O seguro-desemprego não é grande coisa nem é permanente. A crise, se tirarmos a cínica máscara do otimismo, que aliás está caindo por quase toda parte, deverá durar vários anos. Depois dela, o que virá? Quanto tempo até levarmos uma vida menos aflitiva? Ou os despossuídos, antigos e novos, ficarão comendo, como já se faz no Brasil há tantas décadas, farinha com água e, com sorte, um pouco de sal?

Um fantasma intrometido espia sobre meu ombro: "Pô, que artigo mais negativo! Os escritores devem dar esperança aos leitores". Não. Os escritores falam por todos os que não têm acesso nem voz. Por que tratar os leitores como idiotas? O que escutamos sobre a crise é tão contraditório que daria para encher muitos consultórios e clínicas de psiquiatria: "Gastem tranquilamente, comprem, isso aí não é nada. Não gastem, tomem cuidado, o apocalipse está chegando. Os governos estão controlando gastos. Os governos estão aumentando gastos. Os governos estão abrindo milhares de vagas; os governos não têm dinheiro para pesquisa, cultura, educação. Os governos sabem tudo, os governos não sabem nada". E nós, jogados de mão em mão ou de conselho em conselho, de uma explicação a outra, em quem devemos acreditar? Talvez no próprio bolso. Ou no vizinho demitido. No outro vizinho, desempregado, na vizinha de despensa vazia. Nos assaltos que aumentam, nos pedintes que se multiplicam, e se o mundo inteiro, unido, não tomar providências eles serão multidões, e nós estaremos entre eles. Dificilmente haverá união entre os países: queremos pisar uns nos outros, se possível nos matamos mutuamente. A crise, que já é um tsunami, vai nos transformar a pau em gente mais racional, mais sensata. Mais humildes os poderosos, mais confortados os despossuídos, porque nos aproximaremos na aflição. Será?

A primeira vez em que hospedei uma amiga da Europa, ela se espantou ao almoçar em minha casa, classe mediazinha: "Dois bifes para cada filho? Bifes desse tamanho? Todo mundo podendo repetir?". Só faltou vasculhar nosso lixo, para dizer que na então poderosa Europa muita gente comeria dali. Impressionada, nunca me esqueci. Não pedi para meus filhos adolescentes roerem perna de mesa, mas fui ainda mais severa quanto ao desperdício. Desde sempre, se podia lhes dar três pares de tênis, dava-lhes dois. Três pares de jeans, dava dois. Fiquei mais cautelosa, talvez assustada com a insegurança que, tantos e tantos anos depois, bateria à nossa porta. Que os deuses da riqueza e da miséria, da fome e da abundância, da ganância e da decência façam seus congressos celestiais e nos deem uma mãozinha por aqui.

ROBERTO POMPEU DE TOLEDO

REVISTA VEJA

Roberto Pompeu de Toledo
O conservador liberalão

"Disse a mulher ao marido: ‘Você estava com eles, 
como a gente está num baile, onde não é preciso ter
as mesmas ideias para dançar a mesma quadrilha’"

Batista, grande Batista! Quem não conhece o Batista não conhece o Brasil. Batista é personagem do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis. Ele tem a ambição política no sangue, e vive impaciente por um bom cargo. No passado foi aquinhoado com uma presidência de província. Bons tempos – era cercado de atenções, além de contemplado com boas oportunidades de negócios, como uma certa concessão de águas, em que operou em parceria com o cunhado. Seguiu-se um período de ostracismo. Agora – estamos no Brasil de dom Pedro II, em que os presidentes de província, cargo equivalente ao dos atuais governadores, eram nomeados pelo governo central – já está tudo articulado para, de novo, ele ganhar uma presidência. Nada mais natural. Governa o Partido Conservador, e Batista, conservador de quatro costados, não haveria de ser esquecido.

Eis que, bem na iminência da nomeação, cai o gabinete, e sobem os liberais. Era assim que funcionava a gangorra do poder no parlamentarismo do período imperial: caíam os conservadores, subiam os liberais; caíam os liberais, subiam os conservadores. Batista andava de um lado para outro, as mãos às costas, a extravasar sua frustração numa conversa íntima com a mulher, dona Cláudia. "Era negócio só de esperar um mês ou dois", explicava. Dona Cláudia, cuja vontade de ferro servia de impulso à carreira do marido, ouviu, refletiu, sopesou, e enfim: "Mas, Batista, você o que é que espera mais dos conservadores?". O desterro conservador poderia durar oito, dez anos, calculou a mulher; e, quando voltassem ao poder, lembrariam dele? Dona Cláudia "olhou fixa para ele" e proclamou: "Batista, você nunca foi conservador!".

O marido espantou-se. Como, não era conservador?! Nesse partido esteve desde sempre, nele estava sua turma, nele mandavam os chefes que o estimavam. Mas dona Cláudia tinha um ponto: "Você estava com eles, como a gente está num baile, onde não é preciso ter as mesmas ideias para dançar a mesma quadrilha". Batista, por mais que se esforçasse, não conseguiria identificar as ideias liberais que a mulher lhe atribuía, mas ela insistia: "Você é liberal". E, para encerrar a conversa: "Um liberalão, nunca foi outra coisa". A ideia era chocante, mas aos poucos Batista foi se acomodando a ela. Passou a procurar um contato liberal aqui, a frequentar uma festinha dos antigos adversários ali e… de novo uma presidência de província surgiu em seu horizonte.

Azar. Estamos em 1889, e sabe-se o que aconteceu em novembro daquele ano: foi proclamada a República. Lá se foi o imperador, e com ele o governo liberal, e de quebra a oposição conservadora, todos feitos relíquias da história. Batista e dona Cláudia caem de novo em depressão, mas, como para tudo há remédio nesta vida, mesmo para a morte – quando se trata da morte de governos ou de regimes –, logo estão frequentando os bailes da República, e Batista acaba obtendo um cargo do marechal Deodoro. Deodoro por sua vez vai cair, em 1891, e ser substituído pelo vice, Floriano Peixoto. Toca a fazer uma visita ao novo presidente aqui, um agrado ali. Ganhou um naco também no novo governo.

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A lembrança do Batista é aqui invocada em homenagem aos vencedores das eleições da mesa da Câmara e do Senado. São todos, os presidentes de uma e outra casa, e boa parte dos eleitos para os demais cargos – sem esquecer o corregedor-geral da Câmara, possuidor de um castelo medieval não declarado à receita e posto à venda por 57 milhões de reais –, lídimos sucessores do marido de dona Cláudia. Eles apanharam a tocha lá onde ele a deixou, junto à espada do marechal Floriano, e a vêm trazendo, sempre acesa, não importa que acidentes encontrem na história brasileira, um golpe aqui, uma brusca vitória da oposição ali, uma ditadura acolá, uma restauração democrática em seguida. Alguns, nesse passo, construíram carreira bem mais afortunada que a de Batista. Hoje estão reunidos nesse prodigioso partido chamado PMDB, ao mesmo tempo liberal e conservador, de esquerda e de direita, e, se vier ao caso, monarquista e republicano. É o partido que veio para superar todos os partidos. Nele, os filiados se acomodam a salvo de ideias e doutrinas, projetos ou programas, tão saudavelmente acima de velhos entraves que nem agir em conjunto precisam, pode ser cada um por si, e geralmente o é. Salve eles. Salve o Batista. Salve o Brasil.

P.S.: Esse último "salve o" é no sentido de "alguém venha em salvação do".

CONTO DE FADAS



SÁBADO NOS JORNAIS

Globo: Desemprego nos EUA sobe mais e é o pior em 34 anos

 

Estadão: EUA têm maior corte de vagas em 34 anos

 

JB: Brasil vai à OMC contra o protecionismo de Obama

 

Correio: R$ 284 milhões para condomínios

 

Valor: Governo coloca em xeque juro alto de banco público

 

Gazeta Mercantil: BC vai gastar US$ 36 bi para ajudar empresas

 

Estado de Minas: Álcool brasileiro aposta alto nos EUA

 

Jornal do Commercio: Inflação quase dobra em janeiro