terça-feira, dezembro 08, 2009

CLÁUDIO HUMBERTO

“Ainda é cedo [para comemorar]”
GOVERNADOR PAULISTA, JOSÉ SERRA, SOBRE A LIDERANÇA NAS PESQUISAS DA SUCESSÃO DE LULA

VÍDEOS OFUSCARAM ACUSAÇÕES À FAMÍLIA LULA
A Operação Caixa de Pandora e seus vídeos devastadores ofuscaram duas graves acusações envolvendo familiares do presidente Lula. Quatro dias antes, o jornal Folha de S. Paulo havia revelado a “farra” de Lulinha e quinze amigos em avião da FAB. A Operação também foi realizada na véspera da denúncia da revista Veja sobre os negócios nebulosos de um lobista com Marcelo Sato, marido de Lurian, filha do presidente.
OPERAÇÃO INFLUENZA
Veja revelou que o genro de Lula foi flagrado pela PF negociando o recebimento de grana do lobista João Quimio Nojiri, sob investigação.
EM ESPERA
O deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) ainda aguarda resposta aos três pedidos de informação sobre a farra de Lulinha com avião da FAB.
DIVERGÊNCIAS
Azedou o relacionamento entre o governador José Roberto Arruda e seu vice, Paulo Octávio, ambos do DEM. Mal se cumprimentam.
GESTÃO DA CRISE
Arruda passa todo o tempo reunido com o seu “gabinete de crise”. Nem mesmo recebe ex-auxiliares que o procuram para entregar os cargos.
EM UM MÊS, GOVERNO TORRA R$ 12 MI COM CARTÕES
O governo Lula torrou quase R$ 12 milhões no mês de novembro com cartões corporativos. Ou seja, em média foram gastos R$ 400 mil por dia. Em 2009, a Presidência e o Ministério da Justiça são responsáveis por quase metade das despesas com cartões corporativos: R$ 25,8 milhões, dos quais mais de R$ 21 milhões são considerados “sigilosos”, com a desculpa de “garantir a segurança da sociedade e do Estado”.
AUMENTO
As despesas com cartões corporativos do governo Lula em 2009 já ultrapassaram em R$ 3 milhões os R$ 55 milhões gastos em 2008.
ACHADOS E PERDIDOS
Antes, nossos dentistas não serviam. Agora, a Universidade de Aveiro (Portugal) procura reitor brasileiro, em anúncio num jornalão paulista.
REJEITADA
A rejeição da petista Dilma Rousseff sofreu variação de 40 para 41%, segundo o Ibope. É a maior entre os principais candidatos a presidente.
LOTT DE SUTIÃ
O fraco desempenho de Dilma Rousseff (PT) para presidente, atestado ontem na pesquisa CNI/Ibope, fez um ministro aposentado de tribunal superior, ex-parlamentar, chamar a ministra de “Marechal Lott de sutiã”.
PRODUÇÃO EM SÉRIE
O ex-policial Marcos Toledo, que aparece em vídeo de Durval Barbosa retirando grana da bolsa, também teria uma coleção de DVDs. Ele era cotado para a suplência de Augusto Carvalho (PPS), no Senado.
DIFERENÇAS
A imagem de políticos do DF recebendo dinheiro fez José Sarney lembrar que a candidatura da filha Roseana a presidente foi destruída apenas pela foto do dinheiro que depois a Justiça atestou não ser dela.
ACUSAÇÕES FRÁGEIS
O próprio Ministério Público desqualificou a maioria das acusações contra o governador de Roraima, Anchieta Júnior, cuja cassação deve ser julgada pelo TSE, quinta. E as que restam são frágeis, por isso o ex-ministro Fernando Neves, um dos advogados, crê em absolvição.
CARAVANA ROLIDEI
Deve ser um programa especial sobre as estradas brasileiras: um funcionário da Empresa Brasil de Comunicação, a da TV do Lula que ninguém vê, gastou sozinho R$ 77 mil em gasolina este ano.
SEM DECORO
Ciro Gomes contou em Cuiabá, há dias, o comentário que ouviu de um deputado, no início do seu namoro com a atriz Patrícia Pillar, enquanto os dois assistiam a uma novela: “Que mulher gostosa!”. Ao perceber a gafe, o deputado pediu desculpas “pela falta de decoro”.
OS FILHOS DO BRASIL
O site da União Nacional dos Estudantes está mais atrasado que reajuste de aposentado acima do piso: comemora os 30 anos da anistia e lembra os “três meses sob golpe de Estado” em Honduras.
TEMPOS PERIGOSOS
O vice-governador catarinense Leonel Pavan (PSDB) acha que “é fogo amigo” do governador Luiz Henrique (PMDB): a PF interceptou-o, há dias, no avião do governo, obrigando-o a duas horas de depoimento sobre suposta venda irregular de combustíveis, sob segredo de justiça.

PODER SEM PUDOR
O DONO DA VOZ
– Preciso que venha à minha residência, urgente, clama Jânio Quadros ao então assessor Nelson Valente.
Quer um artigo de apoio à sua filha, Dirce “Tutu” Quadros.
Nelson escreve e liga de volta. O presidente atende e deixa no viva-voz:
– É o dr. Jânio??
– No momento ele não se encontra. Ligue mais tarde.
– Mas sua voz é inconfudível, dr. Jânio!, responde o assessor.
Sem perda de tempo nem de bom humor, o presidente dispara:
– Por favor, não insista senão vou acabar acreditando.
E desligou.

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